Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025

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“Melhor em Casa” proporciona atendimento humanizado no próprio lar dos pacientes



O programa é essencial para melhorar a qualidade de vida de pessoas com limitações físicas, seja devido a Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), acidentes de trânsito ou outras condições de saúde

Melhor em casa primavera

Na busca por um atendimento mais humanizado e eficaz, o programa “Melhor em Casa”, lançado pelo Ministério da Saúde em 2018, tem se destacado por proporcionar cuidados domiciliares a pacientes que não possuem condições para se deslocar até unidades de saúde. O programa é essencial para melhorar a qualidade de vida de pessoas com limitações físicas, seja devido a Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), acidentes de trânsito ou outras condições de saúde.

 

 

 

Para a secretária Municipal de Saúde Laura Leandra, o programa é uma das prioridades da sua pasta por conta de proporcionar um atendimento humanizado a muitos pacientes sem a necessidade da internação hospitalar. “Um dos grandes objetivos da atual gestão municipal é proporcionar o melhor atendimento possível para as pessoas que estão enfrentando algum problema de saúde que necessite de acompanhamento de algum profissional da saúde. O prefeito Sérgio Machnic é muito firme nesse sentido e o Melhor em Casa é uma das nossas prioridades”, afirmou.

 

 

 

A coordenadora do programa e enfermeira de formação Vanessa Graciela Oliveira Silva explicou a importância da iniciativa. “O programa é voltado para atender pacientes domiciliados que necessitam de cuidados médicos em suas casas. Nossa equipe é composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e fonoaudiólogos, formando uma equipe multiprofissional”, relatou.

 

 

 

Segundo ela, a atuação dessa equipe vai além do básico e os fisioterapeutas, por exemplo, têm um papel fundamental na reabilitação dos pacientes, assegurando que não permaneçam apenas acamados. “Nossa missão é oferecer reabilitação e conforto. É gratificante ver pacientes que, recebendo esse cuidado, podem até voltar a andar”, afirma Vanessa.

 

 

 

O tratamento envolve cuidados com feridas, administração de medicamentos e acompanhamento psicológico, assegurando que os pacientes não sintam os efeitos do isolamento em suas condições de saúde emocional.

 

 

 

As vantagens do programa são claras, pois ele evita hospitalizações desnecessárias e o risco de infecções que podem ocorrer em ambientes hospitalares, especialmente para pacientes crônicos ou paliativos. “Muitos pacientes em tratamento em casa têm uma melhor qualidade de vida e, em diversas ocasiões, passam os seus últimos momentos com dignidade em seus lares, cercados por seus familiares”, explica a coordenadora.

 

 

 

O “Melhor em Casa” se reafirma como um modelo de cuidado que prioriza a saúde e o bem-estar do paciente, promovendo um atendimento que respeita a individualidade de cada um. Enquanto o Brasil enfrenta desafios na área da saúde, iniciativas como essa demonstram que é possível oferecer um cuidado humanizado e efetivo, valorizando a vida e a saúde em seu ambiente mais acolhedor: o lar.

 



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TCE fará auditoria para saber se “emendas pix” foram benéficas à população de Mato Grosso


Presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, em reunião com o vice-presidente do TCU, ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira [Foto – Tony Ribeiro]
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai auditar os repasses federais feitos ao estado por meio das emendas parlamentares individuais de transferência especial, as chamadas “emendas pix”. A auditoria foi anunciada pelo presidente da instituição, conselheiro Sérgio Ricardo, durante a visita do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira (25), e integra uma força-tarefa nacional articulada com o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Sérgio Ricardo, em Mato Grosso, são 75 emendas que totalizam R$ 209 milhões. A apuração começa por três delas. “O TCU pediu ao TCE-MT que audite as emendas Pix e vamos fazer isso com independência e responsabilidade, porque a sociedade tem o direito de saber onde foi parar esse dinheiro. Nesse primeiro momento vamos apurar três transferências estimadas em R$ 33,2 milhões.”

Os recursos das emendas Pix, que somam bilhões de reais em todo o país, estão no centro de uma investigação nacional determinada pelo STF, que aponta a falta de critérios transparentes na destinação e aplicação das verbas. “As emendas têm valores significativos. Vamos saber para onde foram e o que resultou lá de benefício para a sociedade”, acrescentou o presidente.

Na ocasião, o vice-presidente do TCU destacou a importância da fiscalização em rede e da adaptação dos tribunais ao novo fluxo de tramitação das emendas. “Já é um trabalho feito pelos tribunais de contas, que continuarão exercendo seu papel de controle, se adaptando a esse novo fluxo de tramitação de recursos públicos, quer seja da esfera da União ou quando transferidos para os estados e municípios”, disse Jorge de Oliveira.

Transparência em foco

Sérgio Ricardo lembrou que desde 2024 o Tribunal já acompanha os debates sobre a transparência desses repasses por meio de iniciativas nacionais voltadas ao aprimoramento do controle externo. O órgão integra o Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), que avalia a publicação e a rastreabilidade das emendas parlamentares em todo o país, incluindo as chamadas transferências especiais.

“A decisão do Supremo reforça uma preocupação que já era nossa: garantir que a sociedade consiga acompanhar a destinação de cada centavo das emendas. A transparência não pode ser opcional quando se trata do poder público”, pontuou.

A expectativa é que os resultados da auditoria sejam encaminhados ao TCU nos próximos meses. A Controladoria-Geral da União (CGU) também foi acionada para auditar R$ 469 milhões em emendas parlamentares liberadas em 2024, e a Procuradoria-Geral da República deve apurar eventuais responsabilidades em caso de omissões, como a falta de cadastro dos planos de trabalho.

Emendas Pix

Em agosto de 2024, o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu a execução de emendas parlamentares, buscando sanar a falta de transparência e garantir a rastreabilidade no repasse dos recursos. O ministro é relator de quatro ações referentes à falta de transparência nas emendas (ADPF 854, ADIs 7688, 7695 e 7697).

Em fevereiro deste ano, um relatório do TCU apontou que, em todo o país, 81% das transferências feitas por meio das emendas Pix não permitem identificar com precisão o autor e o beneficiário final dos recursos. Diante disso, Dino determinou ao TCU uma nova rodada de auditorias sobre as transferências entre 2020 e 2024.

Uma das principais falhas identificadas é a ausência de cadastro dos planos de trabalho, condição básica para a liberação dos recursos. Mais de 6 mil emendas foram liberadas sem que estados e municípios registrassem o uso pretendido do dinheiro na plataforma Transfere.gov.br, o que compromete a transparência e a responsabilização dos gestores. Em abril, foi anunciado prazo de 90 dias para que municípios e estados prestem contas.

 


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