Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 16 de Setembro de 2025

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Audiência Pública discute a concessão da rodovia MT-130 no trecho que liga Primavera a Paranatinga



Foi realizada pela Secretária Estadual de Infraestrutura (SINFRA-MT) uma audiência pública, no plenário da Câmara Municipal, na manhã desta segunda-feira (16) para discutir a concessão da rodovia MT-130, trecho de 140,6 quilômetros que liga Primavera do Leste a Paranatinga. Na oportunidade, um estudo técnico elaborado pela empresa ‘Planos Engenharia’ foi apresentado aos participantes, que eram por sua maioria produtores rurais. O objetivo do Governo é implantar um sistema de privatização em que a cobrança do pedágio só comece após a empresa que ganhar a licitação realizar a completa recuperação da rodovia.

Durante a discussão, representantes de instituições e vereadores se posicionaram contrário à privatização nos moldes proposto pela Secretaria de Infraestrutura. Segundo o presidente do Legislativo primaverense, Paulo Márcio (DEM) a audiência pública alcançou o objetivo de ouvir e dialogar com a população. “Porém, os primaverenses se manifestariam contrário a essa modalidade de concessão apresentada e, é esse o intuito de uma audiência, buscar entender os anseios da comunidade e juntos encontrar alternativas”, afirmou.

Na ocasião, a vereadora Carmen Betti (PSC) ressaltou que a audiência pública é um mecanismo da democracia e tem poder de decisão. Nesta ótica, o Governo precisará respeitar a opinião dos mato-grossenses quanto pedagear a rodovia.  “Sou contra jogar o ônus mais uma vez para a população. Penso que um verdadeiro administrador público chama a responsabilidade para si, invés de terceirizar e realizar concessões, assim se isentando de sua responsabilidade e trazendo mais tributos para a população”, salientou.

O representante da Sinfra, Hugo Watson, comentou que o governo não tem condição de manter toda a malha rodoviária. “Mato Grosso tem mais de 20 mil quilômetros de rodovias não pavimentadas e 180 mil quilômetros de estradas vicinais que também não são pavimentadas. Além disso, temos 8 mil quilômetros de rodovia pavimentada, desses 4 mil quilômetros se encontram intransitável, e 2 mil quilômetros praticamente acabadas. Nosso foco é buscar alternativas para melhorar a infraestrutura e trafegabilidade e, é dessa forma (pedágio) que podemos amenizar o sofrimento dos produtores e sociedade em geral”, comentou.

O vereador Manoel Mazzutti (MDB) rebateu a explanação de Hugo. Segundo o parlamentar, “as rodovias, que existem no estado, em condições intransitáveis não estão assim por culpa dos produtores e transportadores que já pagam diversos impostos como; Fethab, CID de combustível, IPVA, entre outros impostos. Eles pagam muitos tributos e não está faltando empenho de quem produz e transporta. Acredito que seja necessário moderar o discurso. Precisamos sim de uma solução para rodovia MT-130, mas não a mesma aplicada no trecho que liga Primavera a Rondonópolis, que é um modelo cheio de penduricários e de valor absurdo”, disse.

O parlamentar Luis Costa (PR) também se posicionou contrário ao modelo de concessão. “Fui o primeiro a denunciar o pedágio cobrado pela Morro da Mesa. Já pagamos tantos impostos, cumprindo com o nosso papel, e o governo? O governo precisa começar a utilizar de forma eficiente o nosso dinheiro e reverter em melhor infraestrutura nas rodovias”.

Conforme o vereador Miley Alves (PV) discutir essa temática não é do agrado da maioria da população da região. “Posso dizer que tive a oportunidade de trafegar na rodovia MT-130 em boas qualidades sem pagar nada além dos impostos. Sou contra a privatização e acho que nem deveríamos estar falando sobre a concessão, mas sim em como o Governo pode fazer para melhorar a qualidade de trafegabilidade da rodovia, visto que foi uma promessa da atual gestão estadual”. O parlamentar também criticou o fato da audiência ter sido pouco divulgada pela Sinfra e o horário marcado é de difícil acesso de participação.

O vereador Antônio Marcos, o Piru (PP) demonstrou sua preocupação em relação a como o Governo do estado tem conduzido a resolução de algumas situações. “Afetando os produtores que auxiliam diariamente na melhoria do estado, porque vejo em muitas situações nosso prefeito firmando parcerias com eles para recuperar estradas. Sou contrário porque essa modalidade afeta todos nós”.

O vereador Carlos Instrutor (PSD) parabenizou os prefeitos e produtores que por anos mantém a manutenção de diversas rodovias e propôs que o governo faça uma audiência pública com os produtores para debater uma parceria que mantenha as rodovias em boas condições. “Tenho que Morro da Mesa perderia para esses guerreiros que são os agricultores de nossa região. Eles que há muito tempo tem tirado dinheiro do bolso e investido em infraestrutura”. A vereadora Iva Viana (PDT)  também se posicionou contra a tercerização. “Sou agricultora e moro em Primavera do Leste há 34 anos. Sei da dificuldade do agricultor e dos desafios. Sou contra o pedágio, porque não acho justo que a conta sempre recaia sobre os nossos ombros”.

A vereadora Edna Mahnic (PT) afirmou ser contra qualquer tipo de privatização. “Mas caso seja optado pela concessão da rodovia, precisamos discutir a compensação de impostos, como IPVA, Fetabh, entre outros. Mas antes disso, temos que continuar a debater essa temática, de forma consciente, pois afeta a nossa sociedade”.



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Indígenas denunciam negligência e discriminação em UPA de Primavera; 3 já morreram, segundo eles


Aldeia estaria se mobilizando para exigir providências da Prefeitura, para que resolva o problema de atendimento na UPA

Indígenas da aldeia Sangradouro, da etnia Xavante, localizada em Primavera do Leste estão denunciando as equipes médicas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade por negligência e discriminação no atendimento oferecido a eles. Três pacientes já morreram neste ano, entre eles uma criança de 3 anos, em decorrência do descaso no atendimento.

De acordo com Elinaldo Tsereaube Tsereomorate, a UPA fica a cerca de 40 minutos de carro da aldeia deles. Ele contou que a aldeia já recebe atendimento médico de uma equipe do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xavante, contudo, quando há algum caso mais grave há a necessidade de buscar atendimento na UPA. Elinaldo contou que a situação piorou na atual gestão da Prefeitura. Além do bebê, apenas neste ano já morreram outras duas pessoas, um jovem chamado Dirceu Tsaire e Ermelinda Tsinho, uma mulher de 32 anos, cunhada de Elinaldo.

“A minha cunhada tinha um caso muito sério de cirrose hepática. Já chegou na UPA com a barriga cheia de água, olho azul, ficou quatro horas aguardando sentada o atendimento. Podiam muito bem ter encaminhado ela para uma cama, para receber atendimento do jeito que tinha que ser. Chamou todo mundo que estava ali, menos ela, que era um caso mais grave. Ela faleceu já no Hospital São Lucas. Teve essa falha também, atendem mal, veem que está complicando e jogaram pra outro”, contou.

Conforme o relato, quando chegavam à UPA, já em situação de emergência, a equipe que os atendia os encaminhava para a fila comum, ao invés de encaminhá-los ao atendimento de emergência. Elinaldo contou que os indígenas percebiam que recebiam um tratamento diferenciado, mas por dificuldades com a língua portuguesa ou por medo de não receberem qualquer atendimento, muitas vezes ficavam calados. Contudo, com os três casos de morte, que foram presenciados por uma enfermeira do DSEI, tiveram certeza que o atendimento que recebiam não era o devido.

“Pelo que a gente está vendo, esta sequência, repetindo as coisas, não é normal. A equipe em si, está trabalhando de uma forma discriminatória, está discriminando o meu povo. Vamos falar direto, é um preconceito. Porque a gente percebe isso, a gente chega lá com paciente, passa na triagem e demora para chamar. E quando vamos para a UPA já é situação de emergência”, disse o indígena.

Ele afirmou que sua aldeia está se mobilizando para exigir providências da Prefeitura, para que resolva o problema de atendimento na UPA. Além disso, também devem formalizar uma denúncia junto ao Ministério Público Federal.

“Tem esse caso da própria enfermeira do DSEI ser barrada e mandada para a recepção com o bebê. É porque era uma criança indígena sendo carregada. Acredito que se fosse uma criança branca, estaria passando na frente (…). Tem gente que olha para pobreza e para raça, aí acaba desconsiderando e fazendo uma desumanidade. A gente sente essa desigualdade”, afirmou.

Os casos
O primeiro episódio de negligência deste ano ocorreu quando uma criança indígena foi levada à UPA por um técnico de enfermagem da equipe que atua na aldeia. O estado dela era grave, sofria com diarreia e outros sintomas. Segundo os relatos, ela foi avaliada por um médico e então foi deixada por horas aguardando o resultado de exames e reavaliação. Neste caso a vítima não morreu.

O primeiro caso de morte foi o de uma criança com neuropatia que foi levada à UPA pela enfermeira do DSEI após ficar com os sinais vitais instáveis. A enfermeira teria tentado levar a criança para receber atendimento diretamente no box de emergência da unidade, mas foi barrada pela equipe da UPA e levada à recepção para que realizasse os procedimentos comuns e aguardasse na fila pelo atendimento médico. Ela tentou alertar que o caso da criança era grave, que estava tendo convulsões, mas foi ignorada.

Enquanto a ficha era feita a criança entrou em convulsão, mas o enfermeiro da UPA teria dito que era normal. A criança acabou morrendo nos braços da enfermeira do DSEI, na UPA. Só então o enfermeiro que fazia a ficha aceitou levá-la ao box de emergência, onde tentaram fazer a reanimação, mas sem sucesso.

Em um outro episódio a enfermeira do DSEI acompanhou a paciente Ermelinda Tsinho, a cunhada de Elinaldo, à UPA. De acordo com os relatos, elas passaram cerca de cinco horas aguardando a reavaliação, já após realizarem os exames, e segundo Elinaldo, a equipe da UPA teria olhado todos os resultados dos exames dos outros pacientes, brancos, primeiro, apesar da gravidade do caso da indígena. Após a reavaliação pelo médico, foi constatado que o caso, de fato, era grave e então houve a internação e depois encaminhamento para o outro hospital, onde ela morreu.

A última morte foi de um paciente, o jovem Dirceu Tsaire, que se queixava de dores abdominais e fraqueza. A equipe do DSEI então o encaminhou à UPA, pois ele já apresentava palidez. Horas depois a enfermeira foi à UPA com outra paciente, em situação também grave, acreditando que o outro indígena já teria recebido o devido atendimento médico.

Ao entrar na sala de soroterapia ela encontrou o indígena sentado, em estado cianótico, com a pele e lábios com coloração azulada/acinzentada. Ela verificou que ele já estava morto há algumas horas e outros pacientes da UPA confirmaram que ele estava naquela posição há bastante tempo. Disseram também que o indígena reclamava de dores para as enfermeiras, mas ninguém lhe prestava assistência. A enfermeira do DSEI então chamou a equipe da UPA para que tentassem reanimá-lo, mas o óbito apenas foi confirmado. A situação teria gerado revolta, inclusive, de outros pacientes que presenciaram o caso.

Fonte: OlharDireto

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Secretaria de Infraestrutura de Primavera do Leste conclui obra de asfalto na região da Chácara do Japonês


A obra foi executada com mão de obra da própria Sinfra e trará mais conforto e qualidade de vida para a população da região

Fonte: Coordenadoria de Comunicação  Autor: Denilson Paredes

“A obra ficou 100% e a prefeitura tem uma equipe qualificada para fazer esse tipo de serviço”, afirmou o prefeito Sérgio Machnic, que aparece na foto ao lado do secretário Vítor Diniz
A Prefeitura de Primavera do Leste, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Sinfra), concluiu a obra de asfaltamento da principal via de acesso da localidade rural conhecida como Chácara do Japonês. A obra foi executada com mão de obra da própria Sinfra e trará mais conforto e qualidade de vida para a população da região.

 

O prefeito Sérgio Machnic comemorou a entrega da obra para os moradores e ressaltou que a mesma foi executada pela própria prefeitura, por meio da Sinfra, dispensando a necessidade de contratar uma empresa privada para executar o asfaltamento. “A obra ficou 100% e a prefeitura tem uma equipe qualificada para fazer esse tipo de serviço. Essa é uma indicação da vereadora Maria do Super Compras e estamos felizes por poder atendê-la e aos moradores daqui, que são muitos. E temos como meta fazer tudo bem feito para não precisar refazer, pois se trata de dinheiro do povo e nós temos o maior cuidado na hora de usar esse recurso, pois é um dinheiro que não é nosso, é da população e precisa ser bem investido em obras que melhorem a  vida da população”, afirmou.

 

O secretário Vítor Diniz, titular da Sinfra, explicou que foram cerca de 500 metros de asfaltamento e que a obra foi executada por trabalhadores da própria secretaria que comanda. “É importante ressaltar que essa obra foi feita com mão de obra própria, o que diminuiu muito os custos. Hoje nós temos na Sinfra uma mão de obra qualificada para executar esse tipo de serviço e podemos ver aqui a qualidade do serviço. Era um trecho que na época da seca tinha muita poeira e na chuva era muita lama, prejudicando as pessoas que moram aqui”, expôs.

 

Diniz explicou ainda que por conta de se tratar de um trecho bastante plano, não houve a necessidade de obras de drenagem, mas já há estudos para a implantação de tubos de drenagem das águas da chuva ao final do pavimento, para evitar os estragos que a água provoca no asfalto. “A água é a principal inimiga do asfalto e essa obra de drenagem vai evitar problemas futuros. Estamos fazendo uma obra com toda a estrutura justamente para evitar esses problemas futuros”, concluiu.


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política

Presidente da Câmara pede lupa nas contas da prefeitura


O presidente da Câmara, vereador Marco Aurélio Salles (PRD), resolveu ligar o farol alto sobre as finanças da prefeitura. Durante a sessão desta segunda-feira (15), ele anunciou ter solicitado ao Executivo um relatório detalhado de todas as despesas, empenhos e arrecadação do município.

Segundo o vereador, o Legislativo nunca travou projetos do Executivo — pelo contrário, até sessões extraordinárias foram feitas para aprovar tudo em tempo recorde. Mas, ao espiar o Portal da Transparência, Marco Aurélio diz ter encontrado algo que tirou seu sono: R$ 110 milhões empenhados a mais.

“Preciso saber se até os salários dos servidores estão garantidos”, alertou. Para ele, não se trata de briga política, e sim de preocupação com o desenvolvimento da cidade.

Na metáfora do trânsito, o presidente se colocou como motorista principal:
“Se for hora de puxar o freio de mão, puxo primeiro. Se for para acelerar, também sou o primeiro a pisar fundo.”

Nos bastidores, o clima já é de tensão. Vereadores descontente com  alguns secretários não escondem o descontentamento com a gestão. Oficialmente, Marco Aurélio não fala em embate, mas o discurso abre espaço para uma possível disputa política à vista.

Redação Antenado News


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