Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Delação de Riva assusta ex e atuais deputados, a deleção revela que Riva pagou mais de R$ 100 milhões em propina para deputados em MT



O ex-deputado estadual José Riva revelou em sua delação premiada que pagou mais de R$ 100 milhões em propina durante os 20 anos em que comandou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A informação é da coluna Radar, do site da Revista Veja.

O ex-deputado estadual ainda está em negociação de sua colaboração com a Procuradoria Geral da República. Porém, tem prestado depoimentos relevantes que podem culminar com a homologação do acordo. Além disso, Riva teria fornecido documentos e vídeos para comprar aquilo que está dizendo.

De acordo com a revista Veja, o esquema comandado por Riva no Estado seria um dos maiores do país em se tratando de políticos de pouca expressão nacional. “Com sua delação na reta final, ele admitirá à PGR que pagou mais de 100 milhões de reais de suborno ao longo dos 20 anos em que se manteve no poder”, diz a coluna Radar.

O dinheiro, em quase sua totalidade, teria ficado com deputados estaduais ao longo dos últimos 20 anos. Ele seria utilizado para, entre outras coisas, “comprar” eleição da Mesa Diretora e evitar a fiscalização sobre seus atos a frente do poder legislativo.

A revista “comemora” o fato do ex-presidente da Assembleia não buscar cargos de maior relevância, como de deputado federal ou senador. “Sorte do Brasil que Riva não sonhou mais alto”, finaliza.

José Riva comandou a Assembleia Legislativa entre os anos de 1994 e 2014. Depois que deixou o mandato, foi preso por três vezes acusado de desviar recursos do parlamento estadual.

Desde o ano passado, o ex-deputado tem adotado uma postura mais colaborativa. Além de assumir os crimes imputados pelo Ministério Público, passou a colaborar com as investigações e revelar “novos atores” às fraudes. Em um dos seus depoimentos, listou 33 deputados e ex-deputados que receberam uma “mesada” durante o período em que comandou o legislativo.

Ele também passou a articular um acordo de colaboração premiada com a PGR. A delação ganhou força após o ex-governador Silval Barbosa, que já teve acordo homologado pelo STF, colocá-lo em diversos cenários criminosos.

Folha max



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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