Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 2025

HOME / NOTÍCIAS

geral

Doença comum na infância, a dermatite atópica atinge 2 em cada 10 crianças com menos de 5 anos



Pele irritada, seca, vermelha, hipersensibilidade e coceira são os primeiros sinais e sintomas da dermatite atópica, condição inflamatória crônica que afeta cerca de 20% de crianças, destas, 60% manifestam a doença no primeiro ano de idade, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). A doença não é contagiosa e persiste geralmente até a idade escolar, alternando entre períodos de melhora e piora. O Prof. Dr. Persio Roxo Junior, médico pediatra e alergo-imunologista, professor e chefe da Divisão de Imunologia e Alergia Pediátrica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, alerta que durante essa fase as lesões avermelhadas e descamativas podem aparecer no rosto, tronco, pernas e braços, enquanto em crianças mais velhas as lesões tendem a ser mais secas, escuras e localizadas nas dobras do corpo.

 

A dermatite atópica é causada por alterações genéticas que comprometem a camada de proteção da pele, tornando-a mais suscetível à penetração de substâncias potencialmente sensibilizantes e irritantes, que desencadeiam a inflamação. “A própria pele seca provoca a coceira e, quando a criança coça, permite a entrada de substâncias irritantes e sensibilizantes, aumentando ainda mais a coceira e a inflamação. Esse ciclo vicioso é contínuo e pode se estender por um longo período, prejudicando significativamente a qualidade de vida, causando distúrbios do sono, irritabilidade e baixa autoestima”, explica o Prof. Persio.

 

O pediatra imunologista complementa que essa inflamação pode se manifestar de forma ininterrupta e, em longo prazo, as crises podem ser espontâneas ou desencadeadas por fatores externos, como alérgenos (inalantes e/ou alimentares) e substâncias irritantes, incluindo roupas de lã e fibra sintética. Infecções, estresse emocional e fatores ambientais, como poluição, variações bruscas de temperatura e banhos prolongados e com água quente também podem contribuir com o surgimento das crises. As altas temperaturas causam aumento da transpiração e os banhos se tornam mais frequentes, intensificando o aparecimento de focos de irritação. Já no inverno, a maior frequência de banhos quentes e a baixa umidade contribuem para o ressecamento cutâneo. Por isso, a recomendação do especialista é optar por banhos mornos e rápidos.

 

Durante esse período, a pele tende a ficar mais sensível e ressecada e o professor orienta que se faça hidratação vigorosa da pele, ingestão frequente de líquidos e evitar o uso de buchas durante o banho. “Em crianças é preferível a utilização dos sabonetes líquidos, pois ajudam a prevenir a infecção bacteriana, o que é bastante frequente na criança com dermatite atópica. Para a restauração da barreira cutânea é recomendado o uso de hidratantes suaves, com formulações ricas em emolientes, que aumentam a retenção da água na pele e que, preferencialmente, não contenham conservantes, parabenos e fragrâncias. Formulações contendo bisabolol e alantoína auxiliam nos processos de cicatrização da pele, renovação celular e regeneração tecidual. Essa hidratação deve ser realizada diariamente, de 3 a 4 vezes em todo o corpo”, enfatiza o especialista.

 

O professor explica que a alantoína forma um filme sobre a pele, impedindo a evaporação de água e, consequentemente, a desidratação. O bisabolol atua como anti-inflamatório, repelindo as moléculas responsáveis pela inflamação, acalmando a pele e reduzindo a irritação cutânea. O uso contínuo melhora a sensibilidade, a vermelhidão e a ardência.

 

Para o sucesso do tratamento, outras recomendações devem ser associadas ao uso de hidratantes. Por exemplo, durante a lavagem de roupas dar preferência ao sabão de coco, evitando-se o uso de amaciantes. No entanto, o especialista alerta para a necessidade de investigar as possíveis causas de sensibilização do paciente. “É importante considerar a possibilidade de alergia à proteína do leite, especialmente nos lactentes, já que pode ser na fase de introdução deste alimento que os primeiros sintomas aparecem”.

 

A dermatite atópica infantil é uma condição desafiadora. Mas com o tratamento adequado e os cuidados dermatológicos especiais, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. “A orientação dos pais e cuidadores e o acompanhamento médico adequado são fundamentais nessa fase, assim como seguir as recomendações dos especialistas e manter a hidratação da pele sempre em dia”, finaliza o professor da USP, Persio Roxo Junior.

Fonte: https://asbai.org.br/dos-20-das-criancas-com-dermatite-atopica-5-apresentam-a-forma-mais-grave-da-doenca-2/#:~:text=Cerca%20de%2020%25%20das%20crian%C3%A7as,aparece%20em%203%25%20dos%20adultos

 



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

Brasil

Em vídeo, turistas agredidos refutam ambulantes; ‘merecem cadeia’


Os turistas Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, agredidos na praia de Porto de Galinhas, retornaram a Cuiabá nesta terça-feira (30) e negaram todas as acusações feitas por donos de barracas suspeitos de envolvimento na violência. Em vídeo gravado ainda no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, o casal mostrou o comprovante de pagamento pelo aluguel dos acessórios praianos e disseram que os empreendedores merecem “cadeia”.

O espancamento ocorreu no último fim de semana, enquanto os mato-grossenses estavam de férias na praia pernambucana. Segundo eles, o desentendimento ocorreu por conta do valor divergente cobrado pela locação.

Por outro lado, ambulantes alegaram que ambos estavam alterados, se negaram a pagar pelo serviço e teriam agredido um dos comerciantes. 14 envolvidos foram identificados pela polícia da cidade e as barracas interditadas por uma semana.
Diante da repercussão de mais um capítulo do caso, o personal trainer, com rosto machucado, fez o vídeo desmentindo as acusações.

“Nós não chegamos alterados, não estávamos bêbados, não levados dois litros de whisky para a barraca de vocês. Sim, nós levamos meio livro de whisky porque não iríamos consumir a caipirinha de vocês porque estavam muito caras”, explicou a vítima.

Ele ainda diz que bebeu duas doses da bebida e foi para a água, logo em seguida houve a briga generalizada.

“Não nos negamos pagar, tanto é que está aqui o comprovante. Pagamos R$ 80 que nos cobraram e mais duas águas de coco, no valor de R$ 94”, descreve e expõe o comprovante de transferência. “Todos têm que ir para a cadeia, que é o lugar de vocês”, finalizou ao lado do companheiro, que reforçou o que foi dito.

 

A situação ganhou notoriedade nacional e muitos turistas relataram ter sofrido o mesmo abuso por parte dos ambulantes. O casal já anunciou que irá acionar a Justiça contra os envolvidos.

O caso
Os mato-grossenses Johnny Andrade e Cleiton Zanatta passavam férias em Porto de Galinhas quando houve o desentendimento na praia, uma das mais famosas do país.

 

Ambos chegaram ao local onde passariam o dia e logo foram abordados por trabalhadores das barracas de locação de cadeiras, mesas e guarda-sol. Foi acertado um valor, mas, segundo as vítimas, na hora de pagar o preço cobrado foi outro.

Ambos se sentiram lesados e disseram que não era aquele o combinado e que não pagariam o montante extra. Neste momento, foram agredidos por um grupo de ambulantes.

 

Os turistas só conseguiram sair da briga generalizada ao serem socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, os suspeitos avançaram sobre eles e foram contidos pelos militares. O boletim de ocorrência foi lavrado e as vítimas passaram por exames para dar prosseguimento à investigação.

Diante da violência, ambos encerraram as férias antes e retornam a Cuiabá.

GD


Antenado News