Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 02 de Dezembro de 2025

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Júlio diz que leilão foi precipitado e defende Neri e Fávaro



Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Júlio Campos (União), não acredita que o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), e o ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller (PP), tenham envolvimento no suposto esquema para compra de arroz importado governo Federal. Geller deixou o cargo na terça-feira (11).

Ao reagir à polêmica nesta quarta-feira (12), Júlio, que já foi deputado federal por 3 mandatos, disse que a União se precipitou ao decidir pela importação. “Eu lamento profundamente, mas não creio no envolvimento do ministro Carlos Fávaro, como também do Neri Geller, nesse caso… O governo agiu de pronto, anulou a concorrência e vai investigar se houve alguma coisa estranha. Espero que agora o governo reflita e pare com essa história de querer importar arroz”, disse em entrevista à imprensa, no Salão Negro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

O governo decidiu importar arroz poucos dias depois da enchente que devastou o Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações.

Contudo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que havia indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras e decidiu anular o leilão realizado para importar o arroz. Um ex-assessor de Geller, que também é sócio do filho do então secretário em uma empresa, foi um dos negociadores do leilão. Isso fez com que a oposição e associações de produtores alegassem um suposto favorecimento.

Em razão da polêmica em torno do procedimento, o ministro da Agricultura anunciou a saída de Neri Geller do cargo de secretário de Política Agrícola, nesta tarça-feira (11). Segundo o ministro, Neri Geller colocou o cargo à disposição do governo e foi demitido.

No entanto, nos bastidores, informações dão conta que Neri não pediu demissão e sequer foi atendido por Fávaro após a notícia da exoneração. Júlio, por sua vez, avalia que todo escândalo poderia ter sido evitado, já que especialistas já tinham alertado que o estoque de arroz seria suficiente para atender a população.

“Talvez numa jogada política, demagógica ou para atender interesses econômicos escusos, o governo Federal resolveu mandar importar arroz de qualidade até duvidosa. Foi feita uma concorrência de forma precipitada e ocorreram algumas coisas estranhas”, finalizou.

GD



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O Vale Verde e o Povo de Poxoréu


Crônica: O Vale Verde e o Povo de Poxoréu

Quando o asfalto de acesso ao Vale Verde finalmente for concluído, quem sabe o Ratinho vai ter que vir até aqui fazer um teste de DNA. Não para descobrir quem é o pai da criança, mas para ver se ele vai ter coragem de dizer ao povo a verdade que tanto querem ouvir: “quem é que realmente faz as coisas acontecerem?” Parece piada, mas é o tipo de situação que nos faz pensar se as coisas não poderiam ser mais claras, mais simples.

Hoje em Poxoréu, é um tal de vereador medindo rua e fazendo questão de aparecer para mostrar que está lutando pela comunidade. Esquecem, no entanto, que não é um só, mas toda a Câmara Municipal quem vota, quem decide e quem faz a diferença. E mais importante ainda, que o trabalho não é só das figuras públicas que batem no peito e se acham os donos das vitórias. Não se pode esquecer o prefeito, que também tem seu papel fundamental, e os vereadores da própria cidade, que são os responsáveis pelas suas bases, e não quem vem de fora para fazer graça.

É até engraçado ver alguns deles se jogando no TikTok, tentando mostrar serviço. É como se estivessem dizendo: “Olhem, estou aqui, trabalhando pelo povo!”, enquanto tudo o que fazem é tentar agradar a câmera. O mais curioso é que, no final das contas, quem acaba sendo exposto como verdadeiramente ignorante nessa história não é o povo de Poxoréu, que já cansou de ser enganado por sorrisos falsos e promessas vazias. O povo, esse sim, não é bobo e sabe que não se resolve tudo com vídeos para as redes sociais.

É por isso que, quando o asfalto finalmente chegar, e os sonhos de muitas famílias de Poxoréu começarem a se concretizar, será a hora de fazer um exame de verdade. E talvez o Ratinho, tão visível nas campanhas, seja quem precise vir aqui dar as respostas que o povo merece ouvir. Até lá, ele e tantos outros seguirão no caminho da vaidade, mas a verdade é que quem não tem compromisso com o povo logo se verá distante de suas promessas.

Enquanto isso, a população de Poxoréu vai continuar observando, com olhos abertos. Eles não são ignorantes, não. O que falta, na verdade, é saber se quem tenta enganar realmente percebe que não há mentira que dure para sempre.

Fico por aqui, observando, aguardando o próximo movimento dessa novela, mas com a certeza de que o povo de Poxoréu não será facilmente enganado.


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