Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 15 de Dezembro de 2025

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Licitações vencidas pelas empreiteiras de filho de deputado são investigadas no MP



O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou quatro inquéritos civis para apurar suposta improbidade administrativa envolvendo licitações realizadas pela Prefeitura de Rondonópolis. Os certames foram vencidos por empresas ligadas ao deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD).

Os inquéritos civis foram abertos pelo promotor Wagner Antônio Camilo. As portarias foram publicadas no último dia 03 de julho.

Segundo as portarias, denúncias indicam que empresas ligadas à família de Nininho venceram, em apenas seis dias, as quatro licitações. O valor das obras ultrapassa R$ 72 milhões.

As empresas contempladas são Tripolo Ltda. e a Deterra Ltda. As construtoras têm como sócio administrador o empresário Fausto Presotto Bortolini,  filho do deputado.

Três licitações, nos valores de R$ 19 milhões, R$ 7,6 milhões e R$ 27,7 milhões, foram vencidas pela Tripolo. A quarta licitação, no valor de R$ 24,2 milhões, contemplou a Deterra. As quatro são para pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais em diversas ruas e avenidas de Rondonópolis.

O promotor citou ser “oportuno e conveniente investigar se pode ter ocorrido alguma espécie de fraude à licitação e/ou ao contrato com dano ao erário infração aos princípios regentes da administração pública, que possa tipificar ato de improbidade administrativa”.

A Prefeitura de Rondonópolis deve ser notificada e encaminhar ao MPE cópia integral dos processos licitatórios relativos às concorrências públicas, bem como os respectivos contratos administrativos. O prazo de 10 dias venceu nesta segunda (13).

Outro lado

Pela assessoria, Nininho afirmou que se desligou da direção das empresas em 2015. Por isso, esclarece não responde pelas licitações que a Tripolo e a Deterra participam.

RD News



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Zambelli renuncia após decisão do STF, e Câmara convoca suplente para assumir mandato


A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário

A Câmara dos Deputados oficializou neste domingo (14) a saída de Carla Zambelli (PL-SP) do Parlamento. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou que a deputada apresentou renúncia ao mandato, o que levou à convocação imediata do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga.

A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário que havia mantido Zambelli no cargo. O entendimento de Moraes, posteriormente confirmado por unanimidade pela Primeira Turma do STF, reafirmou a cassação do mandato, conforme já havia sido decidido anteriormente pela Corte.

Em nota oficial, a Câmara informou que a deputada comunicou formalmente sua renúncia à Secretaria-Geral da Mesa neste domingo. Diante disso, Hugo Motta determinou os trâmites administrativos para a posse do suplente.

Ao justificar sua decisão, Alexandre de Moraes classificou a deliberação do plenário da Câmara como inconstitucional, afirmando que houve violação aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, além de desvio de finalidade. Para o ministro, a Constituição é clara ao atribuir ao Poder Judiciário a competência para decretar a perda de mandato de parlamentares condenados criminalmente com trânsito em julgado.

Segundo o magistrado, nesses casos, cabe à Mesa Diretora apenas formalizar a perda do mandato, sem margem para decisão política. Moraes também ressaltou que o STF mantém esse entendimento há mais de uma década, desde o julgamento do mensalão, em 2012.


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