Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025

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Licitações vencidas pelas empreiteiras de filho de deputado são investigadas no MP



O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou quatro inquéritos civis para apurar suposta improbidade administrativa envolvendo licitações realizadas pela Prefeitura de Rondonópolis. Os certames foram vencidos por empresas ligadas ao deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD).

Os inquéritos civis foram abertos pelo promotor Wagner Antônio Camilo. As portarias foram publicadas no último dia 03 de julho.

Segundo as portarias, denúncias indicam que empresas ligadas à família de Nininho venceram, em apenas seis dias, as quatro licitações. O valor das obras ultrapassa R$ 72 milhões.

As empresas contempladas são Tripolo Ltda. e a Deterra Ltda. As construtoras têm como sócio administrador o empresário Fausto Presotto Bortolini,  filho do deputado.

Três licitações, nos valores de R$ 19 milhões, R$ 7,6 milhões e R$ 27,7 milhões, foram vencidas pela Tripolo. A quarta licitação, no valor de R$ 24,2 milhões, contemplou a Deterra. As quatro são para pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais em diversas ruas e avenidas de Rondonópolis.

O promotor citou ser “oportuno e conveniente investigar se pode ter ocorrido alguma espécie de fraude à licitação e/ou ao contrato com dano ao erário infração aos princípios regentes da administração pública, que possa tipificar ato de improbidade administrativa”.

A Prefeitura de Rondonópolis deve ser notificada e encaminhar ao MPE cópia integral dos processos licitatórios relativos às concorrências públicas, bem como os respectivos contratos administrativos. O prazo de 10 dias venceu nesta segunda (13).

Outro lado

Pela assessoria, Nininho afirmou que se desligou da direção das empresas em 2015. Por isso, esclarece não responde pelas licitações que a Tripolo e a Deterra participam.

RD News



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A Palavra - Opinião

Crônica Política – por Luis Costa: E a pré-candidata Yamashita


Crônica Política – por Luis Costa

Charge politica. Fotos Internet

A candidatura de Gislaine Yamashita continua patinando. Não decola, não empolga e, ao que tudo indica, não vai além do ensaio. E quando a situação já parecia difícil, aparece mais um na pista: o advogado Edmar de Jesus Rodrigues, ex-presidente da OAB de Primavera do Leste, decidiu se lançar pré-candidato a deputado federal. E, para surpresa geral, pelo MDB.

Edmar é amigo do prefeito Sérgio Machinic (PL). Se tivesse escolhido o PL, seria recebido de braços abertos. Mas não: preferiu o MDB e, com isso, senta à mesa ao lado de Léo Bortolin. A política, afinal, é feita dessas ironias — quem poderia estar no time do prefeito, acabou indo reforçar o adversário.

Enquanto isso, Yamashita insiste em acreditar que a proximidade com os Bolsonaro bastaria para garantir votos. Como se o eleitor fosse obrigado a apertar o número dela só porque ela tira foto sorridente ao lado da família presidencial. A realidade, porém, é cruel: o povo não engole discurso vazio. E a candidatura, que já nasceu frágil, agora patina sem freio.

Nos bastidores, comenta-se que ela teria o apoio do pastor Ary. Mas até aí, nada é tão certo: nem os fiéis parecem dispostos a obedecer dessa vez. A paciência anda curta, e a fé política, ainda menor. Yamashita coleciona mágoas dentro do próprio partido, atropela correligionários e desconsidera nomes de peso, como o deputado estadual Cattani. Resultado? Uma política de portas fechadas, alianças quebradas e promessas furadas.

No fim das contas, a cena lembra um baile mal organizado: a orquestra toca, mas a pista está vazia. Gislaine dança sozinha, sem par e sem aplausos. E como diz a velha máxima da política: quem dança sem companhia, dança para fora.

Segue o baile.


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