Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 23 de Dezembro de 2025

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Oficina de GO que fez modificação em BMW onde 4 jovens morreram diz que terceirizou o serviço



O dono de uma oficina mecânica de Aparecida de Goiânia é investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina por suspeita de modificar uma BMW e, por consequência, causar a morte de quatro jovens por intoxicação, em Balneário Camboriú (SC).  A defesa dele afirmou que a peça automotiva foi desenvolvida por uma empresa terceirizada, assim como sua instalação.

O advogado não soube informar o nome da empresa terceirizada para que o g1 pudesse pedir um posicionamento. A oficina em questão foi inaugurada há 11 anos e atualmente está instalada na Vila Brasília. De acordo com o advogado, funcionários sempre passam as orientações de uso aos proprietários dos veículos após os serviços prestados.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, a BMW passou por outras customizações além da que foi feita em Aparecida de Goiânia. Elas teriam sido feitas em Minas Gerais.

A polícia catarinense intimou, pela segunda vez, o dono da oficina goiana para prestar depoimento. O interrogatório está marcado para segunda-feira (15), por videochamada. Da primeira vez, ele foi ouvido como testemunha, mas agora estará na condição de “interrogado”, segundo a defesa.

O advogado de defesa tenta adiar o depoimento, pois afirma que ainda não teve acesso ao inquérito e nem aos laudos periciais, já realizados. “Estamos com a expectativa positiva, o trabalho prestado foi feito com muita experiência e há mais de 7 meses. Por que daria problema só agora? Temos que ter acesso a perícia e entender os fatos, nossa intenção é a elucidação dos fatos”, afirmou o advogado.

A polícia catarinense diz que também quer ouvir os mecânicos que trabalharam no serviço. Segundo o delegado Vicente Soares, os responsáveis pelas mudanças no veículo poderão responder por homicídio culposo.

As mortes aconteceram no dia 1º de janeiro, em Balneário Camboriú. Os jovens foram encontrados desmaiados na BMW, estacionada dentro da rodoviária da cidade. Eles chegaram a ser socorridos, mas as mortes foram confirmadas ainda no local.

As vítimas são: Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos; Karla Aparecida dos Santos, de 19; Tiago de Lima Ribeiro, de 21; e Nicolas Kovaleski, de 16. Na sexta-feira (12), as forças de segurança de Santa Catarina fizeram uma coletiva para dar algumas explicações do caso. Uma das confirmações, obtidas com os resultados de laudos da perícia, foi que os quatro jovens morreram por conta de uma intoxicação causada por monóxido de carbono.

A suspeita é de que houve um vazamento do gás tóxico dentro do veículo e, como ele não tem cheiro, as vítimas inalaram até morrerem.

O vazamento só teria acontecido porque a BMW passou por três customizações, sendo uma delas na oficina de Aparecida de Goiânia, entre o escapamento e o catalisador (que funciona como um filtro), com o intuito de aumentar o barulho de ronco do motor. “A partir dos depoimentos conseguimos identificar que esse veículo passou por algumas customizações, não foi apenas uma. Em julho ele faz a segunda modificação, em uma oficina da cidade de Aparecida de Goiânia, onde foi realizada essa modificação do escapamento, trocando a parte do catalisador por um downpipe, assim como realizando outras modificações no escapamento”, afirmou o delegado do caso, Vicente Soares.

O monóxido de carbono deveria sair pelo escapamento do carro, mas segundo acredita a polícia, por conta das modificações, o gás não conseguiu sair completamente, ficando preso dentro do veículo. A perita criminal Bruna de Souza Boff chegou a explicar que, quando o carro estava em movimento, o gás tóxico ficava em concentração menor, pois entrava em contato com o oxigênio, pelo vento.

Mas, nesse caso, os jovens estavam dentro do carro estacionado, com o veículo ligado, e o monóxido de carbono ficou circulando no ambiente fechado. “O problema da intoxicação é quando a gente tem ambientes fechados, confinados, em que o monóxido de carbono atinge uma concentração superior a do oxigênio […] O resultado que a gente obteve de três das vítimas foi acima de 50% de saturação de monóxido de carbono e na outra entre 49 e 50%, o que é praticamente a mesma coisa. Normalmente, esse índice acima de 40% já causa morte”, afirmou.

Primeiro depoimento

O dono da oficina mecânica de Aparecida de Goiânia já prestou depoimento à Polícia Civil de Santa Catarina no início das investigações. Naquela época, ele estava na condição de testemunha. Na coletiva de imprensa, o delegado afirmou que, neste primeiro depoimento, o homem afirmou que o downpipe foi desenvolvido dentro da oficina, ao invés de ter sido adquirido de uma indústria.

“Foi realizada a oitiva do proprietário dessa oficina. Ele relatou que esse downpipe, que eles manufaturam esse downpipe na própria oficina, eles constroem esse downpipe. Não foi um downpipe comprado em uma indústria, em uma fábrica, como existem. Existem downpipes feitos em indústrias. Esse era de certa forma caseiro e ele foi instalado”, afirmou o delegado. A defesa do dono da empresa nega a informação, dizendo que tanto a confecção da peça como a montagem foram realizadas por uma empresa terceirizada.

G1



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MPMT confirma regularidade e arquiva investigação contra ex-prefeito Maninho


O procedimento do Ministério Público de Mato Grosso seguiu todos os ritos com o máximo rigor

Ex-prefeito de Colíder,Hemerson Máximo (Maninho)

0 Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) determinou arquivamento da investigação que apurava supostas irregularidades na compra de um imóvel urbano pela Prefeitura de Colíder durante a gestão do ex-prefeito Hemerson Lourenço Máximo, o Maninho. Após uma rigorosa análise de todos os fatos e documentos, o órgão concluiu pela total regularidade do processo de desapropriação, afastando qualquer suspeita de superfaturamento.

A investigação, conduzida pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), havia sido iniciada para apurar a aquisição de uma área destinada à construção de um conjunto habitacional. A suspeita inicial era de que o valor pago pelo município, de R$ 1.750.000,00, estaria acima do preço de mercado do imóvel. Contudo, o aprofundamento das apurações pelo MPMT revelou o contrário.

Durante 0 processo investigativo, foi constatado que o imóvel em questão possuía uma avaliação de mercado superior a R$ 2,2 milhões, por tanto houve economia de quase meio milhão de reais. Essa nova informação demonstrou que o valor pago pela administração municipal na desapropriação não apenas era justo, como também se mostrava vantajoso para o erário público, descaracterizando completamente a hipótese de superfaturamento que motivou o inquérito.

O procedimento do Ministério Público seguiu todos os ritos com o máximo rigor, garantindo uma análise completa e isenta dos atos administrativos. A conclusão pelo arquivamento reforça a lisura da conduta do então gestor na condução do processo de aquisição, que visava atender a uma importante demanda social do município.

Ao comentar a decisão, o ex-prefeito Hemerson Lourenço Máximo expressou seu alívio e gratidão. “Agradeço primeiramente a Deus e à Justiça dos homens, que com serenidade e competência esclareceu a verdade dos fatos. Sempre confiei que a regularidade de nossos atos seria comprovada. Fico com a consciência tranquila de que sempre trabalhamos com honestidade e pelo bem da população de Colíder”, declarou.

Fonte: RD News

 


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