Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 19 de Novembro de 2025

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Operação Deriva II já contabiliza multas de R$ 2,9 milhões e 23 aeronaves interditadas



Deflagrada na última segunda-feira (20) e com ações previstas até a próxima sexta-feira (24), a operação Deriva II, voltada ao combate de irregularidades na aplicação de agrotóxicos por empresas de aviação agrícola, já contabiliza R$ 2,9 milhões em multas e 23 aeronaves interditadas. A operação acontece simultaneamente nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná, sob coordenação dos Ministérios Públicos Federal, do Trabalho e Estaduais.

A fiscalização conjunta conta ainda com a participação da Polícia Militar Ambiental (PMA), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) e Instituto de Criminalística da Polícia Civil (PC), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Governo Federal e Agências Estaduais de Defesa Sanitária Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e Mato Grosso do Sul (Iagro).

Em Mato Grosso do Sul, nos dois primeiros dias de operação, 13 aeronaves foram interditadas pela Anac, sendo que uma delas acabou apreendida criminalmente pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (DECO). Nove empresas foram fiscalizadas e oito autos de infração foram expedidos, totalizando R$ 1.865.672,00 em multas.

No Estado de Mato Grosso, seis aeronaves utilizadas na aplicação de agrotóxicos foram interditadas. Quatro empresas foram fiscalizadas no município de Primavera do Leste, que tem a maior frota agrícola do país. As aeronaves interditadas apresentavam problemas como falta de documentação e irregularidades na manutenção dos aviões. Quatro empresas foram notificadas por não possuir Cadastro Técnico Federal.

Já no Paraná, foram expedidos dois autos de infração, seis notificações, com um valor de multa aproximado a R$ 1,1 milhão. Quatro aeronaves foram apreendidas e uma empresa foi embargada.


Três empresas foram notificadas por colocarem os trabalhadores em exposição direta com agrotóxicos. A fiscalização verificou, também, que os trabalhadores não possuem capacitação sobre prevenção de acidentes com agrotóxicos. As empresas apresentaram documentação na qual consta a entrega dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos trabalhadores, porém, durante a fiscalização, não foi possível constatar o uso dos mesmos.

Os dados são preliminares, tendo em vista que o trabalho de fiscalização prossegue.

Fonte: Núcleo de Comunicação da operação Deriva II



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Oficina reforça liderança, comunicação e gestão de conflitos entre coordenadores da Saúde de Primavera do Leste


A Secretaria de Saúde reafirma que a iniciativa integra o compromisso permanente de qualificar servidores e aprimorar a gestão das unidades

“Estamos trabalhando com cerca de 80 coordenadores e a devolutiva tem sido muito positiva”
A Secretaria Municipal de Saúde de Primavera do Leste promove, até esta quarta-feira (19), a oficina “Fortalecendo os Laços Interpessoais, Liderança e Gerenciamento de Conflitos na Rede Pública de Saúde”, voltada aos coordenadores que atuam nas unidades da rede municipal. A capacitação é conduzida pela psicóloga Adryeli Rompate, que também é Técnica em Atenção Primária e Especializada Facilita GPB.

A formação tem como objetivo fortalecer relações de trabalho, aprimorar competências de liderança e desenvolver maior preparo emocional para enfrentar os desafios que fazem parte da rotina do serviço público de saúde. Segundo Adryeli, a metodologia adotada aproxima os participantes da realidade cotidiana das unidades.

“Estamos realizando uma roda de conversa com os coordenadores, discutindo de forma muito prática a importância do fortalecimento das relações interpessoais. No dia a dia já nos relacionamos com muitas pessoas, mas nem sempre lembramos que essas relações são atravessadas por crenças, culturas e formas de ser diferentes. O tema já inicia com a palavra ‘fortalecendo’ porque os vínculos já existem, o que precisamos é aprimorá-los”, explicou.

A psicóloga destaca que a complexidade crescente da saúde pública exige profissionais preparados para lidar com pressões, conflitos e demandas diversas. “Os coordenadores enfrentam gargalos diários. A população está cada vez mais adoecida e o sistema mais desafiador. Por isso falamos de resiliência profissional. É fundamental que cada um se conheça, saiba seus limites, suas facilidades e onde precisa evoluir. Sem autoconhecimento, não é possível se posicionar adequadamente diante de um conflito”, afirmou.

Um dos pontos centrais da oficina é o olhar ampliado sobre o conflito. “Trabalhamos a ideia do conflito como matéria-prima. Em vez de focar apenas no problema, buscamos identificar o causador. Só assim deixamos de ‘enxugar gelo’ e passamos a compreender a origem da dificuldade. Essa maturidade emocional se desenvolve com estudo, reflexão e troca entre os profissionais”, explicou.

Outro destaque é a comunicação. Adryeli reforça que a qualidade do diálogo influencia diretamente o trabalho das equipes e o atendimento à população. “Falamos muito sobre os ruídos de comunicação. Muitas vezes não ouvimos e apenas esperamos a nossa vez de falar. E isso faz com que percamos o sujeito, seja o usuário, seja o colega de trabalho. Uma boa comunicação exige escuta ativa, mas a rotina acelerada tem nos afastado disso”, pontuou.

Ela também abordou aspectos culturais que interferem na forma como as pessoas se comunicam. “Desde pequenos somos ensinados, muitas vezes, a resolver tudo no grito. Essa comunicação violenta está impregnada na sociedade. Quando percebemos isso, entendemos por que a gestão de conflitos se torna tão difícil. A cultura pessoal e familiar interfere no trabalho mais do que imaginamos”, relatou.

Ao comentar sobre a participação dos coordenadores, Adryeli se mostrou satisfeita com o engajamento. “Estamos trabalhando com cerca de 80 coordenadores e a devolutiva tem sido muito positiva. Muitos relatam que não sabiam o quanto o autoconhecimento impacta o desempenho profissional. Estão descobrindo que sua história de vida, valores e formas de expressão influenciam diretamente na gestão das unidades”, disse.

A facilitadora reforça ainda a importância da rede de apoio entre os próprios coordenadores. “Eles precisam compartilhar experiências, dificuldades e estratégias. A saúde é, antes de tudo, promoção de saúde, e estamos com pouco tempo para isso no cotidiano. Criar espaços de troca fortalece todos”, destacou.

A psicóloga ressaltou a necessidade de continuidade. “Muitos pediram mais momentos como este e a educação continuada é essencial. Como instituição instalada no município, já estamos organizando novas agendas com outras temáticas para dar sequência a esse processo”, concluiu.


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