PORQUE AS PESSOAS MUDAM?
“O valor da transitoriedade é o valor da escassez no tempo. A limitação da possibilidade de uma fruição eleva o valor dessa fruição.” Sigmon Freud
Quando a transitoriedade é nítida diante dos nossos olhos, podemos perceber a brevidade da existência de tudo ao redor, inclusive a nossa própria vida.
Não havendo nada fixo nem permanente o mal não precisa acontecer comigo para eu me dar conta do perigo, nenhum de nós precisa estar vivendo uma situação conflituosa para que se conclua que estamos todos os sujeitos às mesmas possibilidades e no mesmo barco.
Em tese deveria mesmo ser assim em 100% dos casos, mas como seres humanos que somos aprender com os erros dos outros não é algo tão simples assim. Saber de uma tragédia do outro lado do mundo pode inundar os corações de compaixão por um determinado momento, o que não elimina por completo a necessidade natural do homem de continuar olhando para o seu próprio umbigo e acabar perdendo o seu tempo, que é tão precioso, com o que não faz sentido nenhum, por puro egoísmo.
Um momento crucial onde os paradigmas mudam como num passe de mágica é quando o diagnóstico informa que só lhe restam 6 meses de vida, que nem todo o dinheiro do mundo compra de volta a sua saúde, que não haverá tempo de reverter o mal que fez as pessoas, que nem era tão importante assim ter ganho aquela briga ou falado tudo o que aquela pessoa “precisava” ouvir. Agora que hipoteticamente não existe, mas tempo a ducha fria da realidade o obriga a colocar os pés no chão, amor nas palavras e respeito pelo dom da vida. Mas precisa mesmo ser dessa forma?
Se a cada manhã fizéssemos o exercício de olhar os detalhes únicos do dia a dia, apreciando cada momento com a devida percepção quanto a brevidade e raridade de cada um deles, a dimensão da transitoriedade viria a tona para mostrar que a vida está por um fio, o que existe agora daqui a pouco pode ter virado história pra contar, e os detalhes e as cores desta narrativa ficarão por conta de outras pessoas que sequer conhecemos.
E possível mudar o que fazemos de “errado” no sentido de ser uma pessoa melhor a cada dia, aprendendo com tudo o que acontece ao nosso redor, às vezes com pessoas distantes, com as voltas que o mundo dá onde as posições e status mudam como um jogo no tabuleiro, o sucesso e o fracasso que acontece da noite para o dia. É tão bom aprender com os erros dos outros!
Apreciar a existência de tudo a sua volta e se sentir feliz pelo fato de estar vivo é a realidade de quem sabe que nada se repetirá um dia sequer, sendo assim, o que não foi bom da primeira vez tem todas as chances de ser na próxima, se ela existir.
O convite é para você tirar da sua vida o plano B, ser absolutamente comprometido em fazer o plano A dar certo, ninguém te deu a garantia que haverá uma oportunidade tão incrível como você foi presenteado hoje, independente dos desafios que por vezes surja no seu caminho.
É insano exigir do universo a imortalidade de pessoas assim como a infalibilidade de projetos. As promessas são desfeitas a todo o momento, os caminhos voltarão a ser trilhados por você ou por outra pessoa, as oportunidades não se perdem pode estar certo disso, talvez só você não as aproveita e vida continua a seguir seu fluxo normal!
Saber que as coisas não duram para sempre talvez seja um excelente motivo para você enxergar mais brilho na sua vida e mudar a postura de estagnação, insatisfação e apego.
Pense a partir de hoje na possibilidade de utilizar toda a energia afetiva liberada sobre algo que nem existe mais em outras, que acontecendo, mas você não está permitindo que elas existam na sua realidade, isso vale para o amor, novos planos, amizades, oportunidades profissionais e viver seu propósito de vida!
Mudar não dói, o que realmente incomoda é se desfazer de tudo o que você sabe que não está certo mas por comodismo as mantém, embriagado-se de prepotência a arrogância para se manter em um ciclo de vida disfuncional, não aceitando que tudo muda o tempo todo, isso é autossabotagem!
Luciene Afonso
Master Coach – Febracis
Jornalista
Palestrante
Analista Corporal e Comportamental
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