Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

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Prefeito e governador convocam reuniões para discutir reconstrução do Shopping Popular



Governo do Estado e Prefeitura vão discutir alternativas emergenciais para as mais de 600 famílias possuíam lojas

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o governador do Estado em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), estiveram na manhã desta segunda-feira (15) no local onde funcionava o Shopping Popular do município. Ambos anunciaram a convocação de reuniões emergenciais para discutir alternativas de recuperação para o empreendimento. O centro comercial foi consumido pelas chamas nessa madrugada. Cerca de 600 lojistas foram atingidos. O Corpo de Bombeiros permanece no local.

“Hoje à tarde teremos uma reunião emergencial para a recuperação e reconstrução do Shopping Popular, beneficiando mais de 600 famílias que dependiam desse trabalho,” declarou o prefeito.

Entre as propostas que serão discutidas, está a possibilidade de transferir o shopping para a Orla do Porto ou outra área pública do município.

“Vamos convocar não apenas nossa equipe, mas também a sociedade organizada e as autoridades, para realizar a reconstrução do shopping e das vidas de todos esses trabalhadores que dedicavam sua alma à cidade de Cuiabá. Graças a Deus, não houve vítimas,” informou Pinheiro.

O governador em exercício de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, também convocou uma reunião com a Casa Civil e a Associação dos Camelôs do Shopping Popular para discutir como o Estado pode contribuir.

“A Casa Civil já agendou uma reunião com as lideranças, e a partir de hoje, vamos ouvir, entender e ver de que forma podemos contribuir. Estamos sensibilizados e é do nosso interesse reconstruir o shopping e apoiar as pessoas que perderam tudo,” declarou Pivetta.

“O Estado estará presente na reconstrução para que todos possam voltar a trabalhar. Temos força para apoiar os comerciantes e vamos fazer melhor do que estava antes,” finalizou o governador em exercício.

Os deputados estaduais Wilson Santos (PSD) e Lúdio Cabral (PT), pré-candidato à prefeitura da Capital, também estiveram no local para prestar solidariedade aos comerciantes e garantiram a participação da Assembleia Legislativa nas medidas de reconstrução.

“Eu estava falando agora com a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste que tem linhas de crédito para pequenas empresas. Eles [comerciantes] vão precisar, além da reconstrução do shopping, de recompor seus estoques e poder trabalhar temporariamente em outro local. Estava fazendo contato com a Sudeco para agendar uma reunião já agora à tarde porque é um dos meios que o Governo Federal pode ajudar”, explicou o petista.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que é mato-grossense, também auxiliará na interlocução com os ministérios do governo Lula (PT), de acordo com o que informaram Lúdio e Wilson.

Com relação à AL, embora os deputados estejam de recesso, Lúdio Cabral aventou a possibilidade de convocação de uma reunião extraordinária para traçar um plano e socorrer as famílias atingidas pela tragédia.

HNT



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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