Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

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Sinop: Norte Show deve ter R$ 4 bilhões em negócios; Bolsonaro e Governador de SP esperados



Foi lançada oficialmente, esta noite, a programação oficial da Norte Show, que será de 14 a 17 do mês que vem no parque de exposições em Sinop. Organizada pela Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) e Sindicato Rural de Sinop, a feira é considerada uma das principais vitrines do agro do Centro-Oeste e proporciona um considerável volume de negócios, difunde novas tecnologias na agricultura e pecuária. São esperados mais de 400 expositores (ano passado foram 350), cerca de 70 mil visitantes e R$ 4 bilhões em negócios.

 

A área da feira foi expandida, somando agora mais de 200 mil m², o que permitiu o aumento de participação de marcas para mais de 1,5 mil, que incluem empresas de maquinários, implementos agrícolas, caminhões, tecnologia para agricultura e pecuária, dentre muitas outras.

 

O presidente da Acrinorte, Moises Debastiani, afirmou, ao Só Notícias, que 97% dos espaços da feira já foram vendidos, com cerca de 60 a 70% de expositores vindo de outros Estados. “A feira vem com muita palestra, com muita informação, tecnologia sendo mostrada. A gente acredita que 2025 vai ser um ano marcante em todos os sentidos: expansão de parque, número de visitantes, e o que mais o expositor e produtor vem buscar que são oportunidades de bons negócios. E também vale a gente ressaltar que isso movimenta não só a Sinop, mas outras cidades da região, movimenta a economia”, afirmou.

 

O presidente acredita que o volume de negócios será mais expressivo, “tendo em vista que esse ano 2024-2025, a safra nós colhemos melhor”. “Então, apesar do preço continuar o mesmo do ano passado do período de safra, todo mundo colheu mais. Ano passado, nós tivemos o problema da estiagem. Esse ano não, as lavouras produziram bem e a gente acredita que o produtor tendo o grão na mão, ele vai conseguir fazer mais negócio dentro da feira”, projetou.

 

Moises anunciou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve participar novamente da feira (ele esteve ano passado) assim como o governador de São Paulo, Tarcisio Freitas e o governador Mauro Mendes.

 

Para o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, João Marcos Bustamante, a “Norte Show tá nos surpreendendo dia a dia, a cada ano mais”. “O produtor provavelmente vai ter uma sobra para poder fazer um investimento esse ano. Então vai aparecer muito negócio aí”, afirmou.

 

A Norte Show terá com 40 palestras, entre elas, a do deputado federal Nicolas Ferreira (MG), do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ex-ministro Aldo Rebello, o empresário Luciano Hang, da influenciadora e defensora do agronegócio, Camila Telles, dentre outros.

 

Também haverá “o Norte para seu futuro” em parceria com o Fiemt, que proporcionará a feira do mercado de trabalho será umas das novidades da feira. O Campus Norte Show, que aproxima universitários do mercado, e o Norte Show Kids, que pretende despertar o interesse de crianças pelo agronegócio estarão de volta.

Fonte Só notícia



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política

Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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