Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 30 de Dezembro de 2025

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Três casos de febre amarela são confirmados na Grande São Paulo



Foram confirmados neste sábado (6) os primeiros casos da febre amarela em humanos na Grande São Paulo. Duas pessoas morreram e uma está em estado grave.

Era para ser apenas um passeio. Festejar o Natal e a chegada do ano novo, mas o local escolhido transformou o descanso em tragédia. O município de Mairiporã é uma das regiões com o maior número de casos suspeitos de febre amarela silvestre na Grande São Paulo. E foi lá que dois homens, que não estavam vacinados, se contaminaram e morreram por causa do vírus da doença. “Na verdade, a cidade inteira, hoje, a gente toma como área de risco”, afirma Grazielle Bertolini, secretária de Saúde de Mairiporã.

A prefeitura intensificou a vacinação na cidade: tem postos que funcionam 24 horas por dia. “A gente só pensa que acontece com os outros, né. Quando chega bem pertinho a gente fala ‘opa, pode acontecer comigo'”, admite o comerciante Paulo Castrillo.

O terceiro caso confirmado na grande São Paulo é o de uma engenheira, de 27 anos, que também esteve na região de Mairiporã, mas para trabalhar. Antes de ir, ela chegou a ser avisada pela família da necessidade de tomar a vacina contra a doença, mas ela não quis. Acabou sendo picada por um mosquito contaminado e desenvolveu uma infecção muito grave no fígado, uma hepatite muito forte. No Hospital das Clínicas de São Paulo, ela foi submetida ao primeiro transplante de fígado de que se tem notícia feito exclusivamente para tratar um caso de febre amarela. É uma esperança: a cirurgia foi bem-sucedida, mas o caso dela segue muito grave. “Ainda é precoce para dizer, mas ela já saiu da situação crítica em que estava. Como nunca foi feito nenhum caso até agora no mundo, a evolução daqui para frente, com certeza, vai ser muito importante”, conta a infectologista Alice Song. Dependendo da reação da paciente, o transplante de fígado pode passar a ser adotado como uma forma de tratamento da doença.

Em São Paulo, por enquanto, só foram registrados casos de febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos haemagogus e sabethes. Eles picam macacos infectados e transmitem para os humanos. “Tem que ficar muito claro que o macaco é o marcador epidemiológico: ele que nos alerta a tomar as providencias. Quais são as providencias? A primeira é vacinar a população. A segunda providencia é alertar sem pânico. Não há motivo para pânico. Nós temos essa situação sob absoluto controle. A vacina é fundamental. É uma vacina segura, duradoura e que protege a população”, explica David Uip, secretário estadual de Saúde de São Paulo.

A aposentada Maria Helena Bueno correu para se proteger. E teve que convencer o pai, de 88 anos, a levar a picada da vacina. “Ele não quis tomar, tem medo de tomar vacina. Depois que passaram na televisão os casos de Mairiporã, ele resolveu vir”, diz ela.

Nos últimos dias, casos de febre amarela foram registrados em outros pontos do Sudeste. Em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Secretaria de Saúde do estado confirmou uma morte e um paciente internado. Por causa disso, o Parque Estadual da Serra do Rola Moça está fechado para visitação preventivamente. Na Baixada Fluminense, a Secretaria de Saúde do estado recomendou a vacinação contra a febre amarela em Nova Iguaçu, depois da confirmação da morte de um macaco na região da Reserva Biológica do Tinguá.

Fonte: Jornal Nacional



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Região

Atuação de MT contra surto de sarampo é reconhecida pelo Ministério da Saúde


A resposta rápida do Estado foi determinante para a identificação oportuna dos casos, a investigação epidemiológica e o bloqueio da transmissão

Reforçamos à população que a vacinação é a melhor e mais eficiente forma de prevenção contra o sarampo

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) recebeu uma declaração oficial do Ministério da Saúde em reconhecimento às ações adotadas para conter um surto de sarampo e manter o Brasil livre da circulação endêmica do vírus. O documento destaca a rapidez e a articulação interinstitucional da resposta conduzida pelo Estado.

 

Segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, as medidas adotadas de forma imediata foram decisivas para que o país não perdesse a certificação internacional de eliminação do sarampo. Ele ressaltou que a atuação técnica e coordenada da SES garantiu a contenção do risco sanitário.

 

O secretário adjunto de Atenção e Vigilância à Saúde, Juliano Melo, explicou que o trabalho envolveu diferentes áreas da pasta. De acordo com ele, a Vigilância Epidemiológica teve papel central, com apoio da Coordenação de Imunização, do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-MT) e das áreas de Atenção à Saúde e Atenção Primária, que acompanharam todo o processo.

 

Na avaliação do Ministério da Saúde, a resposta rápida do Estado foi determinante para a identificação oportuna dos casos, a investigação epidemiológica, o bloqueio da transmissão e a prevenção de novos registros da doença. O documento também ressalta o compromisso da gestão estadual com a saúde pública e o fortalecimento das ações de vigilância.

 

A SES atuou em parceria com as secretarias municipais de Saúde, assegurando a distribuição de vacinas, o monitoramento da cobertura vacinal, a investigação de casos suspeitos, a capacitação de profissionais e o suporte técnico aos municípios. Também foram apresentados cenários epidemiológicos para embasar a tomada de decisões.

 

Como parte das estratégias, a unidade móvel do programa Imuniza Mais MT foi disponibilizada a diversos municípios, ampliando o acesso à vacinação, especialmente em regiões mais afastadas dos centros urbanos.

 

Em agosto, o Estado adotou a chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo para crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias, como forma de proteção antecipada. As doses previstas no calendário vacinal de rotina seguem sendo aplicadas aos 12 e 15 meses de idade.

 

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por secreções respiratórias, e pode causar complicações graves, inclusive levando à morte, principalmente em crianças pequenas e pessoas não vacinadas.

Fonte: Mídia Jur


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