Primavera do Leste / MT - Domingo, 08 de Setembro de 2024

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Intervenção militar não é varinha mágica, diz general Mourão



Em Porto Alegre, general chamou campanha de caminhoneiros pela intervenção militar de “desserviço”

General Antônio Hamilton Martins Mourão (Pedro Ribas/ANPr/Divulgação)

O general Hamilton Mourão, na reserva desde fevereiro deste ano, disse na manhã desta terça-feira 29, em Porto Alegre, que é contra a intervenção militar desejada por parte dos caminhoneiros que estão em greve desde a semana passada. Em entrevista exclusiva a VEJA (leia abaixo), Mourão disse queintervenção militar não é “solução imediata” e que não é “varinha de condão” que faz “plim, plim” e “está tudo resolvido”. “O país não tem que ser tutelado pelas Forças Armadas”, afirmou.

Mourão participou de almoço de militares da reserva no Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana. O general, que já chefiou o Comando Militar Sul (CMS), foi recebido com leitura de uma poesia, aplausos, pedido de autógrafo e fotografias. Ele aproveitou a ocasião para angariar apoio ao pré-candidato a deputado estadual tenente-coronel Luciano Zucco [ainda sem partido porque militares têm prazo diferenciado para filiação].

Zucco é um dos cerca de oitenta militares espalhados pelo país que vão disputar cargos nas eleições de outubro em uma “frente militar”. A frente conta com o general como divulgador das candidaturas. Recentemente, Mourão se filiou ao PRTB e apoia Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à Presidência. Sua participação na chapa de Bolsonaro como vice não está descartada. “Caso ele opte que seria melhor me ter como vice, a gente está aberto a essa possibilidade”, disse à reportagem.

Embora rejeite a ideia dos caminhoneiros para uma intervenção militar, o general já se envolveu em polêmicas defendendo a medida anteriormente. Mourão também criticou o atual ministro da Segurança, Raul Jungmann, (“é incapaz de saber como se faz um plano”) e o presidente Michel Temer (“se for passar a mão em cima da cabeça de uma criança, a criança começa a chorar”).

Abaixo, a entrevista:

Havia a expectativa de que o senhor saísse candidato à Presidência da República após sua filiação ao PRTB. Como o senhor decidiu essa questão?

Deixei claro que não seria candidato. Considero que a candidatura do deputado Bolsonaro (PSL-RJ) é a candidatura que representa as ideias das quais comungo e bato por elas. Se eu fosse candidato, iria dividir. A pior coisa nesse momento é dividir o público que nós temos. Poderiam dizer ‘ah, mas por que o senhor não vai concorrer ao Senado, como deputado federal?’. Porque considero que o quadro político-partidário é muito fragmentado e o capital que eu tenho é o capital moral e não posso desperdiçar uma eleição dessa natureza.

Mas o senhor pode sair candidato a vice-presidente em uma chapa com Bolsonaro?

Hoje a ideia é que o Bolsonaro tenha um vice oriundo do meio político. Até pela questão das composições que ele tem que prosperar. Caso ele não consiga ou decida que seria melhor me ter como vice, a gente está aberto a essa possibilidade.

Então há chance de o senhor compor uma chapa com Bolsonaro?

Existe a possibilidade.

O senhor falou em capital moral. De que maneira o senhor pretende atuar na campanha eleitoral?

Estou assumindo o Clube Militar [do Rio de Janeiro], que não é uma instituição só social, muito pelo contrário. É um clube que participou intensamente da proclamação da República e tem uma história e uma tradição nas questões da nacionalidade. A partir daí, nossa ideia, com o grupo que tenho lá, é montar a plataforma de todos os nossos candidatos militares de forma que tenha uma estrutura coerente e que cada um deles vá adaptar ao local onde está concorrendo.

O senhor pode adiantar o conteúdo dessa plataforma? Quais são as ideias?

A plataforma vai tocar no combate à corrupção, nas reformas que têm que ser feitas para que o Estado efetivamente possa governar o país, para que o Estado tenha condições de se manter, para que o federalismo seja realmente implantado. A questão econômica, da disciplina fiscal. Também a questão de princípios, valores, tradições que estão sendo jogadas praticamente na lata do lixo. É dessa forma que vamos operar.

O senhor falou na sua apresentação antes do almoço que 2018 é muito diferente de 1964. Uma parcela da população junto à greve dos caminhoneiros está pedindo intervenção militar. Qual é o seu pensamento?

No presente momento não vejo que a solução para o país seja aquela intervenção militar clássica de afastar todos do poder e a partir daí as Forças Armadas tomarem conta do país. O país não tem que ser tutelado pelas Forças Armadas. O que as Forças Armadas têm que fazer é impedir que ocorra o caos. Neste presente momento, essa questão do movimento dos caminhoneiros [que pede intervenção] está fazendo um desserviço. Esse pacote aí, de querer provocar uma intervenção, querer provocar o caos, interessa ao pessoal da esquerda, dessa esquerda jurássica que pensa ‘nós temos que quer melar o processo [eleitoral]’ porque eles não têm mais candidato. A única pessoa que eles têm está presa.

O senhor é contra, então, a intervenção militar?
Dessa forma, sou.

De que maneira o senhor seria favorável?
Se tivesse que ocorrer, seria o país já sem rumo, sem condições de definir suas prioridades, a sociedade em embate constante, a violência campeando pelas ruas. A partir daí teria que ter uma intervenção, mas a intervenção teria que ser cívico-militar, tem que haver a participação do movimento civil.

É nesse sentido que o senhor defende uma frente de candidatos militares nessa eleição?
Os candidatos oriundos do meio militar trazem consigo os princípios e valores que caracterizam aquilo que a sociedade brasileira está buscando. Não são só os candidatos do meio militar que podem representar, eles são uma parcela.

O senhor acredita que é importante que os militares disputem as eleições?
Acho importantíssimo. Temos em torno de oitenta candidatos concorrendo aos mais variados cargos em disputa. Desde presidente, que é o Bolsonaro, até deputado estadual, como meu amigo tenente-coronel Zucco.

O senhor está apoiando o tenente-coronel Zucco no Rio Grande do Sul a deputado estadual. O senhor está fazendo isso em outros estados também?

Sim. Tenho gravado vídeos para os mais diversos candidatos que temos aí. Na Bahia, tem meu companheiro de turma, o Guilherme Galvão de Oliveira Pinto, tem no Ceará o coronel Bezerra, tem em Natal o general Monteiro e por aí vai. Todo mundo me manda mensagem pedindo que eu grave um vídeo [de apoio].

O foco dessa frente militar é o Legislativo?

Temos alguns candidatos ao Poder Executivo, a governador, como o general Paulo Chagas, lá em Brasília. O próprio general Monteiro, que pode ser candidato a governador no Rio Grande do Norte, mas o foco maior está no Legislativo.

Qual é a importância de formar uma bancada de militares no Legislativo?

Em primeiro lugar, a questão dos valores, dos princípios. Em segundo lugar, é gente que conhece os problemas brasileiros e vai estar lá representando uma parcela significativa da população em condição de participar desse processo de reforma e refundação do nosso país, que é mais do que necessário.

O senhor falou sobre valores. Essa parcela que pede intervenção militar compartilha essa visão. Qual é o seu recado aos manifestantes? O senhor considera que o pedido deles está errado?

O que eu vejo é que essas pessoas estão em momento de ansiedade porque existe aquele desejo de que a solução seja imediata, de que a solução ocorra desde já. Daí, esse clamor popular pela intervenção, como se fosse uma varinha de condão que faz “plim, plim” e está tudo resolvido, todo mundo limpinho e volta a funcionar da forma como eles pensam. Na realidade, a população deixou de lado a participação política, as pessoas vão votar simplesmente porque são obrigadas, porque se não fossem, não iam. Tem muita gente que não vai votar, viaja e justifica ou paga uma multa irrisória. Esse processo, essa situação vai obrigar as pessoas a entender que têm que participar, que têm que selecionar bem os candidatos e os partidos aos quais eles pertencem.

Recentemente, documentos da CIA que mostram que o ex-presidente Geisel autorizava execuções de seus opositores foi divulgado. O que o senhor pensa disso?

Todo relatório de inteligência tem um nível de credibilidade. Esse relatório de inteligência estava aberto desde 2015. Em uma reunião onde participou o presidente da República, o chefe do Centro de Informações do Exército, que estava saindo e o que estava entrando, e o chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações), quem delatou o conteúdo dela para o embaixador americano? Havia um infiltrado da CIA lá? Temos que botar um grau de credibilidade. Nada do que foi falado era desconhecido. Já se sabe que no fim dos anos 1960 e início dos anos 1970 um grupo de brasileiros orientados e instruídos por centros de irradiação do comunismo internacional, como a Rússia, Cuba e China, buscou implantar uma ditadura comunista no Brasil. O estado respondeu violência com violência. Aí você pode me perguntar “houve excesso?”. Qualquer guerra tem excesso. Não existe fazer uma omelete sem quebrar os ovos. Eu canso de dizer uma coisa. O Brasil tinha 90 milhões de habitantes. Do lado das organizações terroristas, morreram em torno de 440 pessoas; do lado das pessoas da ordem, morreram 120. Foram 560 pessoas no universo de 90 milhões e num período de seis anos. Hoje se matam 60.000 pessoas por ano no Brasil e ninguém fica escandalizado.

A segurança é uma das questões que vai pautar essa eleição. Que medidas o senhor acha que o Executivo deve adotar para diminuir a violência?

O Executivo pode trabalhar em conjunto com os estados, em plano efetivo de segurança. Muitas vezes se fala em plano, mas o atual ministro da Segurança Pública [Raul Jungmann] gosta de encher a boca para falar de plano, mas se mandar fazer plano ele não fala “ré com cré”, é incapaz de saber como se faz um plano. Então, [tem que ter] um planejamento e cada estado receberá o seu quinhão dentro do princípio da descentralização de recursos para, em um primeiro momento, poder equipar suas polícias, armar suas polícias, valorizar mais a atividade policial com melhoria salarial e estabelecer o primeiro combate á criminalidade. Mas isso não cessa a violência. Essas ações têm que ser acompanhadas por outras ações do poder público nas outras esferas, que sejam educação, saúde e infraestrutura.

Qual sua opinião sobre a gestão do presidente Michel Temer (MDB)?

O presidente Temer iniciou sua gestão com excelentes ideias, que deveriam ser implementadas face ao desastre econômico que nós passamos sob a tutela da dupla Lula e Dilma. No entanto, ele e os demais executores dele estavam atolados, não digo até o joelho nem até a cintura, mas até o peito lá no lamaçal da corrupção. A partir daí, não tinha credibilidade para levar adiante suas boas intenções. Esse é o grande problema dele. E falta a confiança da população. Além de ele ser uma figura que não transmite simpatia para ninguém. É aquele que se for passar a mão em cima da cabeça de uma criança, a criança começa a chorar.

Veja / Paula Sperb



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política

PF apreende carros de luxo, dinheiro e bloqueia R$ 6,4 mi de criminosos; mulher é apontada como líder de esquema;


A Operação Relutância, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (4) em Mato Grosso e outros 3 estados, apontou uma mulher de 32 anos como líder do esquema e responsável pela venda ilegal de cigarros eletrônicos em Rondonópolis (212 km ao sul). A ação policial também apreendeu veículos de luxo, joias, dinheiro e resultou no bloqueio de R$ 6,4 milhões de bens ativos.

 

De acordo com as informações apuradas pelo site GD, a líder é dona de um site onde comercializa vários produtos, desde cigarros eletrônicos como “pod descartável”, “pod carregável”, “vaper”, baterias, aromatizadores e outros. A página ainda está no ar e avisa que “não aceita pagamento em dinheiro”, somente ‘pix’ e cartões.

 

Ela chegou a ser presa em agosto de 2023, pela Polícia Militar da cidade, com ao menos 6 caixas com cigarros eletrônicos e seus derivados dentro do carro, durante uma abordagem de rotina. No dia, ela ainda ofereceu R$ 10 mil em propina para ser liberada, o que não aconteceu.

 

Ao todo, os agentes cumpriram 33 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, bloqueio de bem imóvel, além do bloqueio do montante milionário. Durante os mandados de busca, foram apreendidas joias, carros de luxo e dinheiro. A quantia apreendida não foi informada.

 

A ação da PF ocorreu nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sorriso, Campo Grande (MS), Redenção e Xinguara (PA) e Goiânia (GO). Em Rondonópolis, duas pessoas foram presas em flagrante. Uma por tráfico de drogas e outra por porte ilegal de arma.

 

A operação

As investigações apontam que o esquema criminoso utilizava diferentes veículos para o transporte dos cigarros eletrônicos e outros produtos, do Paraguai até Rondonópolis. O município era o “centro” de distribuição das mercadorias para outros estados brasileiros, onde eram revendidas em grandes quantidades.

 

Nas cidades de destino, os produtos eram vendidos em lojas físicas e pela internet, sendo entregues por meio de veículos.

Os acusados responderão por crimes de contrabando, descaminho, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.


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Polícia

Corpo de professor ficou em freezer e foi jogado na zona rural, diz delegado


Investigação apontou que o professor Carlos de Souza Pedrosa, 58, foi morto a facada entres os dias 3 e 5 de agosto, após uma discussão com dois jovens em sua residência, em Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá). Antes de ser desovado em um lixão, o corpo do professor foi colocado em um freezer.

Em entrevista ao site, o delegado responsável pelo caso, Adil Pinheiro de Paula, relatou que o crime bárbaro ocorreu por conta de uma discussão por eletrodomésticos da casa da vítima que, apesar de morar sozinho, tinha a presença frequente dos jovens suspeitos do crime.

 

“Eles não eram parentes, mas se conheciam a tempo, o professor Carlos morava sozinho e esses dois suspeitos eram como hóspedes na casa, eles aproveitavam que o professor ficava sozinho e que gostava de beber, para usar a casa para  como local de consumo excessivo de bebidas”, explicou.

 

Carlos havia separado da esposa e por isso morava sozinho, ele pretendia vender seus moveis e eletrodomésticos para sair da cidade. Esse foi o motivo da discussão com os dois suspeitos do crime, que pretendiam ficar com as coisas e não tinham condições para pagar.

 

“Aproveitaram de uma vulnerabilidade e o mataram com golpes de faca. Depois, colocaram o corpo dentro de um freezer, perceberam que não estava gelando, então pegaram uma caminhonete emprestada e desovaram o corpo próximo a um lixão”, pontuo.

 

Investigação

O delegado acredita que o crime tenha ocorrido no começo do mês, em decorrência da prisão de um dos envolvidos por furto no dia 5 de agosto, quando usava o cartão da vítima para comprar cigarro e bebidas. Mas, a polícia não sabia que Carlos estava desaparecido.

 

Vítima não respondia às mensagens da família desde o dia 03 de agosto, porém o boletim foi registrado somente no dia 07. O corpo de Carlos só foi encontrado na segunda-feira (26), após um dos suspeitos ter sido preso. Ele tem 18 anos e estava em posse de vários objetos furtados da casa da vítima.

 

O segundo suspeito foi identificado, mas segue foragido.

GD


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política

TSE recebe em média uma denúncia de propaganda irregular por minuto


Quem flagrar irregularidades pode denunciá-las à Justiça Eleitoral

Nos últimos dez dias, o aplicativo Pardal, disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recebeu mais de 14 mil denúncias de irregularidades na propaganda eleitoral, o que dá, em média, uma denúncia por minuto. 

A propaganda eleitoral começou oficialmente no dia 16 de agosto e deve seguir uma série de regras estabelecidas em resolução pelo TSE, seja nas ruas ou na internet, em especial no que diz respeito às redes sociais e utilização de ferramentas de Inteligência Artificial, por exemplo.

A maior parte das denúncias, até o momento, cerca da metade, diz respeito a campanhas para o cargo de vereador. A maioria foi no estado de São Paulo (2.891), seguido por Minas Gerais (1.605), Pernambuco (1.603) e Rio Grande do Sul (1.271).

O aplicativo Pardal – disponível para celulares com sistemas operacionais Android ou iOS (Apple) – existe desde 2012, sendo aprimorado desde então. “A principal novidade para este ano é o uso da ferramenta para denunciar desvios nas campanhas eleitorais na internet”, informou o TSE.

Poder de polícia

A ideia do aplicativo é contribuir com o poder de polícia da Justiça Eleitoral, que pode determinar a retirada de circulação de qualquer propaganda irregular. Segundo o TSE, todas as denúncias são encaminhadas a um juiz eleitoral responsável para que tome providências.

Após fazer a denúncia, o eleitor recebe um número de protocolo e pode acompanhar o andamento por meio do Pardal Web. Qualquer pessoa que flagrar alguma irregularidade pode denunciá-la à Justiça Eleitoral por meio do aplicativo.

Agência Brasil destacou as principais irregularidades relativas à propaganda eleitoral. O eleitor deve ficar atento.

Além do Pardal, o TSE disponibiliza também o Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade), que pode ser acionado para denúncias não relacionadas necessariamente à propaganda, como casos de desinformação, ameaças e incitação à violência, perturbação ou ameaça ao Estado Democrático de Direito, irregularidades no uso de Inteligência Artificial (IA), comportamentos ou discursos de ódio e recebimento de mensagens irregulares.

Edição: Kleber Sampaio / EBC


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Brasil

Pastor é preso por abuso sexual de mulheres em ‘cura espiritual’


Um pastor de 53 anos foi indiciado por abuso sexual de quatro mulheres, todas integrantes de sua igreja em Dourados, Mato Grosso do Sul. Ele está preso preventivamente desde o dia 15 de agosto na Penitenciária Estadual de Dourados (PED).

Investigações e denúncias

As investigações conduzidas pela Polícia Civil começaram no início de agosto, após a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Dourados receber denúncias de que o pastor estava utilizando sua posição de líder espiritual para cometer atos libidinosos contra fiéis. Segundo as vítimas, os abusos ocorriam durante momentos de oração, quando o pastor simulava falar em línguas estranhas enquanto praticava os crimes.

O modus operandi
De acordo com as investigações, o pastor alegava que estava realizando uma “troca de energia vital” com as vítimas, supostamente a mando de Deus, com a promessa de cura espiritual. Esse argumento era utilizado para justificar os atos libidinosos, que ele afirmava serem parte de um processo divino.
Depoimentos das vítimas
A polícia ouviu depoimentos das quatro vítimas e de outras pessoas ligadas à igreja. Uma das vítimas relatou que consentiu as relações sexuais, enquanto outra conseguiu impedir o  ato quando o pastor tentou tirar sua blusa. As investigações revelaram que as queixas dos membros da igreja começaram no início de 2024. Desde então, a frequência dos fiéis diminuiu, especialmente entre mulheres jovens e casadas, que passaram a evitar a igreja devido às situações invasivas e abusiva.


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Polícia

Juiz mantém prisão de autor de chacina que vitimou 7 pessoas em bar


Juiz Anderson Clayton Dias Batista, em substituição legal na 1ª Vara Criminal de Sinop (500 km ao Norte), manteve a prisão de Edgar Ricardo de Oliveira, um dos autores da chacina que vitimou 7 pessoas em um bar na cidade, no dia 21 de fevereiro de 2023. Ele considerou a gravidade do crime e o perigo que a liberdade dele geraria.

Edgar foi preso dois dias após a chacina, já depois de seu comparsa Ezequias Souza Ribeiro ter sido morto em confronto com a Polícia Militar. Considerando o período que permanece preso, o magistrado viu a necessidade de reanalisar a prisão decretada.

 

O juiz destacou que é indiscutível a necessidade da medida, já que o crime foi doloso e a pena é superior a 4 anos. Ele considerou também a necessidade de garantia da ordem pública, já que o suspeito foi gravado matando 7 pessoas, entre elas uma menina de 12 anos de idade, “por motivação torpe, pois consistente no sentimento de vingança, em razão de os autores do delito terem perdido aposta em jogo de bilhar”, além de ter encurralado algumas vítimas e atirado em outras pelas costas, quando estas tentaram correr.

 

“O perigo gerado pelo estado de liberdade do acusado é patente, posto que os dados fáticos são suficientes para demonstrar que o caso em apreço vai além da normalidade do tipo penal em comento, constituindo fundamentação idônea para a manutenção da custódia preventiva”, disse.

 

Ele ainda concluiu que não há excesso de prazo na prisão, pontuando que a instrução processual já está próxima de ser finalizada e em breve o suspeito deve ser julgado pelo Tribunal do Júri.

“Não se vislumbra qualquer alteração fática-jurídica favorável ao acusado, após a decisão que decretou a segregação cautelar, bem como ante a inexistência de excesso de prazo no trâmite do presente feito, mantenho a prisão preventiva do acusado Edgar Ricardo de Oliveira”, decidiu.

 

O crime
Os assassinatos ocorreram na tarde do dia 21 de fevereiro de 2023 durante uma chacina em um bar em Sinop. Seis vítimas morreram no local, e uma no hospital.

 

Os suspeitos foram identificados poucas horas após o crime, sendo Ezequias Souza Ribeiro, 27, e Edgar Ricardo de Oliveira, 30.

 

As vítimas foram identificadas ainda na noite do crime. Entre elas estão Getúlio Rodrigues Frasão, 36, e Larissa Frazão de Almeida, 12, pai e filha, respectivamente. Larissa foi atingida com um tiro nas costas.

 

A mãe da menina, Raquel Gomes de Almeida, também estava no estabelecimento e presenciou a ação dos criminosos. Ela sobreviveu.

 

Ezequias Souza Ribeiro baleado e morto na tarde do dia 22, em confronto com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ele chegou a ser socorrido a um hospital, mas não resistiu.

 

O outro suspeito do crime, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, se entregou à polícia na manhã do dia 23 de fevereiro. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

GD


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política

Governo de Mato Grosso e Rumo avançam na construção da Primeira Ferrovia Estadual com expansão prevista até Cuiabá


Projeto, que conecta Rondonópolis a Cuiabá e a Nova Mutum, deve transformar a logística do estado e prevê operação total até 2030.

O Mato Grosso dá passos decisivos na construção da sua Primeira Ferrovia Estadual, uma iniciativa que promete revolucionar a infraestrutura logística do estado. Lançado em 2021, o projeto resulta de uma parceria estratégica entre o Governo do Estado e a empresa Rumo, com previsão de conectar os principais polos econômicos da região até 2030. Este projeto emblemático, que já se encontra em andamento, abrange a construção de 743 quilômetros de trilhos, divididos em dois ramais: um ligando Rondonópolis a Cuiabá e o outro, conectando Rondonópolis a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.

 

A ferrovia não apenas facilitará o escoamento da produção agrícola e industrial, mas também integrará Mato Grosso à malha ferroviária nacional, oferecendo uma rota direta para o Porto de Santos, fundamental para as exportações brasileiras. Com a expansão das exportações e a redução dos custos logísticos, espera-se que a ferrovia desempenhe um papel crucial no crescimento econômico do estado, que é um dos principais produtores de grãos e proteínas do país.

 

O projeto da ferrovia estadual tem suas raízes em uma estratégia de longo prazo do Governo de Mato Grosso para suprir a crescente demanda por infraestrutura logística eficiente. Em 2020, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei pioneira que autorizou a participação da iniciativa privada na exploração de ferrovias dentro do estado, um movimento que se alinha com as políticas federais de concessões e privatizações.

 

A Rumo, maior operadora ferroviária do Brasil, apresentou a proposta mais robusta, garantindo a assinatura do contrato de adesão em 2021. Esse contrato permitiu à empresa não apenas construir, mas também operar a ferrovia, assegurando a manutenção e a qualidade do serviço por décadas. A aprovação do projeto e a habilitação da Rumo como operadora responsável marcam um ponto de virada na história da infraestrutura de Mato Grosso.

Leia Também:  Casos de Covid Voltaram a Aumentar em Lucas do Rio Verde, Alerta Coordenadora de Vigilância em Saúde

 

Desde o início das obras em 2022, o projeto já demonstrou avanços substanciais. Foram concluídos sete viadutos no trecho entre Rondonópolis e Juscimeira, com extensões variando de 23 a 181 metros. Além disso, cerca de três quilômetros de trilhos foram finalizados em Rondonópolis, e mais cinco quilômetros estão em fase avançada de construção. Esses trabalhos fazem parte de um pacote de 19 viadutos e passagens inferiores e superiores, denominadas Obras de Arte Especiais (OAE), que são cruciais para a primeira etapa do projeto, abrangendo os 200 quilômetros iniciais da ferrovia.

 

O investimento estimado para essa fase do projeto varia entre R$ 4,0 bilhões e R$ 4,5 bilhões. Esse valor reflete não apenas a construção da infraestrutura física, mas também os custos associados à mitigação de impactos ambientais e à adequação de áreas urbanas atravessadas pela ferrovia. O Governo de Mato Grosso, por meio da Sinfra-MT, tem monitorado de perto o progresso das obras, em parceria com a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager), que atua na fiscalização do contrato.

 

A Ferrovia Estadual de Mato Grosso é vista como uma alavanca para o desenvolvimento econômico sustentável da região. A expectativa é que a ferrovia reduza significativamente o custo do transporte de grãos, proteínas e outros produtos agrícolas, que atualmente dependem fortemente do transporte rodoviário. Com a nova infraestrutura ferroviária, o estado poderá aumentar sua competitividade no mercado internacional, ao mesmo tempo em que diminui os impactos ambientais relacionados ao transporte.

 

Além dos benefícios diretos para o setor agroindustrial, a ferrovia deverá estimular novos investimentos ao longo dos seus corredores logísticos. Cidades como Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, que já são centros de grande relevância econômica, podem se tornar ainda mais atrativas para indústrias, centros de distribuição e serviços. Esse dinamismo econômico deverá criar milhares de novos empregos, tanto durante a fase de construção quanto na operação da ferrovia, fortalecendo a economia regional e elevando o padrão de vida da população.

Momento MT


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Criança morre ao ser arremessada durante capotamento; outras 3 pessoas ficaram feridas


Uma criança de 2 anos morreu após ser arremessada durante um capotamento, na manhã desse sábado (24), em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá). O motorista foi preso por embriaguez ao volante.

Conforme informações da Polícia Civil, o condutor relatou que trafegava em um Fiesta Sedansentido Tapurah, quando ao se aproximar da MT-338, perdeu o controle do veículo, colidiu contra o canteiro e capotou diversas vezes.

Outras 4 pessoas estavam no carro, sendo a mãe e 3 crianças foram arremessadas do veículo.

Um bebê de 7 meses e uma criança de 10 anos foram socorridos por terceiros. A mãe foi encaminhada a uma unidade de saúde por uma equipe do Corpo de Bombeiros, já a menina de 2 anos teve a morte confirmada no local.

Após realizar teste do etilômetro, foi confirmado que o condutor estava embriagado. Ele foi preso em flagrante e encaminhado a uma delegacia da Polícia Civil.

O local foi isolado para os trabalhos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) e o corpo da criança encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O caso é investigado.

GD


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Sérgio Machnic realiza o primeiro comício das eleições municipais em Primavera do Leste com autoridades nacionais e reúne 4 mil pessoas


 

Na última noite, o candidato a prefeito de Primavera do Leste Sérgio Machnic (PL) reuniu aproximadamente 4 mil pessoas na Praça de Eventos de Primavera do Leste (MT) e colocou no palanque autoridades estaduais e nacionais, como o deputado estadual Gilberto Cattani e o senador da república pelo Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL).

O evento contou ainda com a presença de políticos do cenário local, como o ex-prefeito Getúlio Viana e o ex-deputado estadual Zeca Viana, esposo da candidata a vice-prefeita na chapa de Machnic, Iva Viana.

Em seu discurso, Sérgio anunciou que pretende abrir uma policlínica especializada no atendimento a crianças e idosos, implementar transporte público no município e batalhar por um hospital. “É fazer o possível e o impossível para tornar Primavera uma cidade para todos, e não para poucos. Existem locais na cidade em que as pessoas, para conseguirem ir e voltar, precisam dispor de aproximadamente R$ 60,00 para custear transportes particulares por aplicativos, tudo porque a cidade não dispõe de um sistema de transporte público”, complementou o prefeiturável.

Iva Viana falou sobre a atenção às pessoas com deficiência, autismo e trazer sua experiência e trajetória na assistência social para o centro das decisões da prefeitura da cidade. Durante o evento Iva pediu ao deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) uma emenda para aquisição de ônibus para um trabalho social de atendimento a crianças autistas e o parlamentar garantiu que enviaria os recursos nos próximos dias.

O Senador Wellington Fagundes elogiou a multidão e disse que voltaria para Cuiabá para cumprir agenda com o coração esperançoso e a certeza de que a candidatura de Sérgio e Iva estava ainda mais forte desde o último encontro em que ele esteve na cidade, há um mês, na Convenção da coligação Primavera para Todos. O parlamentar disse que ajudará Sérgio com recursos federais para realizar a duplicação da BR-070.

O evento não teve ocorrências policiais ou registros de tumultos. 

 

 


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