Primavera do Leste / MT - Sábado, 19 de Abril de 2025

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A Palavra

Candidato que espalhar fake news pode ficar 5 anos como ficha suja, afirma juiz



Divulgar informações falsas durante as eleições pode dar prisão e/ou multa, além sofrer processo por calúnia e quem for prejudicado tem o direito de resposta. Para combater a situação, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso conta com “um exército de pessoas com conhecimento jurídico e em tecnologia da informação para combater as desinformações”, é como o juiz do TRE, Lídio Modesto definiu a equipe que vai atuar nas eleições de 2020 e deve dar atenção especial às fake News e também aos chamados deepfakes. Em abril (dia 26) ocorre eleição para a vaga no Senado e, em outubro (dia 4), eleições municipais.

O TRE de Mato Grosso está em alerta quanto aos deepfakes que são vídeos falsos, criados com inteligência artificial (IA). Deepfakes podem ser bem realistas e as pessoas aparecem fazendo coisas que elas nunca fizeram na vida real. Trata de uma técnica com montagens de vídeo que já gerou desde conteúdos pornográficos com celebridades até discursos fictícios de políticos influentes. A situação preocupa empresas como o Facebook que já anunciou medidas de combate aos deepfakes, de olho nas eleições estunidenses que ocorrem este ano.

O juiz alerta que, quanto às desinformações, todos podem ser punidos. Tanto os autores da informação falsa, quanto os beneficiários da propagação das mesmas.

Ou seja, quem leva vantagem com o fato, pode também ser punido com penas que vão desde multa a detenção. O mesmo serve para as propagandas apócrifas. Os responsáveis podem ficar até 5 anos como fichas sujas.

Juiz do TRE, Lídio Modesto: punição depende de comprovação de que beneficiado pela fake news teve ciência do fato, mesmo que não seja o autor do crime

“Claro que para punir é preciso comprovar que o beneficiado teve prévio conhecimento, mesmo que não seja o autor da desinformação, esclarece Lídio Modesto. Com o trabalho de inteligência, não tem sido difícil comprovar a autoria dos crimes e punir os autores, “mas a solução nem sempre vem a tempo e estamos buscando modos de impedir as práticas”.

Para tanto devem ocorrer reuniões com pré-candidatos e candidatos. “Ainda que nesta eleição suplementar para o Senado não seja possível, vamos intensificar esse diálogo nas eleições municipais serão realizados treinamentos. Será oferecido treinamento à imprensa também, que é um dos principais parceiros nesse sentido”, afirmou o juiz.

RD News



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política

Max cita ‘máfia da saúde’ e crê em avanço com OSS no Hospital Central


O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), declarou que existe uma “máfia dentro da saúde” e que, por conta disso, muitas coisas não avançam no setor. O parlamentar acredita que a vinda da Organização Social de Saúde (OSS) Albert Einstein para administrar o Hospital Central em Cuiabá pode ser a solução para problemas enfrentados há décadas em mato-grossense, em especial para desafogar atendimentos que vêm do interior para a Capital.

 

“Com o Hospital Central e demais hospitais que estão sendo construídos não vem o pessoal para Cuiabá, serão atendidos no interior. Isso é um sistema. Organizar melhor esse sistema de saúde do estado, fazer regulação, onde vai fazer procedimentos, organizar esse gasto. Existe uma máfia dentro da saúde, infelizmente, que não deixa muitas coisas avançarem, nós precisamos quebrar isso”, disse à imprensa na quarta-feira (16).

 

Na quarta, os deputados estaduais aprovaram, o projeto de Lei que autoriza a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein atuar como Organização Social de Saúde (OSS) na gestão Hospital Central, em Cuiabá. A previsão é de que o valor do contrato fique em R$ 34 milhões menais e o início do atendimento é esperado para setembro deste ano. Russi entende que o papel da Casa de Leis diante da vinda da OSS Albert Einstein para a capital deve ser de fiscalização e indicar rompimento de contrato, caso as exigências não sejam atendidas.

 

“A vinda do Einstein vai trazer qualidade, ajudar os nossos profissionais com qualificação. Nós precisamos, e a imprensa também tem esse papel, é de fiscalizar, acompanhar e fazer com que dê certo, fazer que se realize um serviço de excelência. Se não realizar, do jeito que está vindo, volta”, alertou.

 

Em relação à Santa Casa, o deputado avaliou que “o fechamento por parte do estado é um caminho sem volta” e vê a situação com preocupação, em especial pela unidade ser referência no atendimento pediátrico.

 

Contudo, garantiu que a ALMT dará apoio por meio da Assembleia Financeira e está à disposição para que a gestão municipal tenha suporte caso reivindique o papel de gerir a Santa Casa. Ele ainda mencionou que se o prefeito Abilio Brunini tiver um bom projeto e decida assumir o espaço, terá seu apoio, já que a medida também refletirá não só na Capital como nos municípios do interior.

 

“Já passou da hora de Cuiabá ter um atendimento para as nossas crianças. Eu recebo reclamação de mães que procuram atendimento e não encontram. E nada é pior para um pai, um avô, quando você vê o seu filho, seu neto, com dor. Você procurar uma unidade de saúde, não saber onde é que você vai. Quanto menos condição a pessoa tem, mais difícil se torna isso”, externou.

GD


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