Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 21 de Abril de 2025

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Delegado Claudinei alerta Eduardo Bolsonaro sobre a atuação de facções criminosas na fronteira Mato Grosso – Bolívia



Com a quinta edição da feira de agronegócio “Farm Show”, em Primavera do Leste (MT), no último dia (4), o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) prestigiou o evento – promovido pelo Sindicato Rural do município – que visa integrar importantes setores ligados ao setor agropecuário. Também, estiveram presentes os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL – SP), Nelson Barbudo (PSL – MT), José Medeiros (Pode – MT), entre outras autoridades.

Além da troca de informações com presidente do Sindicato Rural, José Nardes, sobre a feira que é considerada uma das 50 maiores do país que proporciona aos produtores do campo o acesso às novidades tecnológicas que favorecem o aumento do potencial produtivo e econômico da região, os parlamentares aproveitaram a oportunidade para discutir assuntos relacionados ao cenário atual da política em Mato Grosso e no Brasil.
Segurança Pública – Delegado Claudinei que foi considerado o quinto parlamentar mais votado no estado de Mato Grosso, apresenta um perfil político bem próximo ao de Eduardo Bolsonaro que foi reeleito em 2018 para a Câmara dos Deputados, sendo considerado o mais votado na história do país.

As propostas de ambos parlamentares no setor da segurança pública são bem correlatas quando o assunto é referente a redução da maioridade penal, fim do auxílio reclusão para presos, trabalho obrigatório para presos para remição da pena e o fim do indulto de Natal. Eles que são advogados por formação e exerceram atividades na segurança pública, sendo que Eduardo na esfera federal e Claudinei na civil possuem uma visão clara da realidade enfrentada pelos policiais para atender com êxito os trabalhos em prol da sociedade.
No encontro, Delegado Claudinei pontuou ao parlamentar federal sobre uma de suas principais preocupações no Estado, referente aos crimes dentro das penitenciárias que intensificam a atuação de organizações criminosas, em que é preciso a implantação de bloqueadores de celulares e detectores de metais no sistema prisional.

Crimes na fronteira – Outro ponto preocupante levantado pelo deputado estadual para Eduardo foi sobre a necessidade de intensificar a segurança na fronteira de Mato Grosso e Bolívia devido a entrada e saída de entorpecentes, como, também, veículos roubados e furtados – principalmente caminhonetes a diesel. “É preciso uma tratativa interna, para nos ajudar a articular essa situação junto com o Ministro da Justiça e, até mesmo, com o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro. O foco é fortalecer a segurança com as forças armadas do Exército, como, também, da Força Aérea Brasileira (FAB). Acho importante, para diminuir a entrada de cocaína por via aérea com estes aviões clandestinos de crimes organizados”, pontua o parlamentar.

Delegado Claudinei esclarece que alguns dos veículos roubados e furtados no Brasil, chegam a serem trocados por drogas no país boliviano. Ele avalia ser de suma importância às tratativas entre os dois países. “Então, é uma questão de forçar as parcerias entre o exército, aeronáutica e as instituições de segurança pública”, ressalva.

Eduardo Bolsonaro diz que há várias medidas a serem aplicadas diante das situações apontadas por Claudinei e que se coloca a disposição para avaliar a melhor forma de solucionar estas problemáticas no setor da segurança. “O Delegado não só falou sobre a fronteira, como, também, do setor penitenciário que as facções criminosas comandam no Mato Grosso, uma realidade vivida no país inteiro. O que podemos fazer para isso? Temos Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), temos o Sérgio Moro… Enfim, várias medidas que podem ser tomadas”, posiciona o deputado federal.

Claudinei considera que o encontro foi de grande valia, pois a sua gestão não caminha de forma isolada e, sim, aliada junto ao governo da presidência da República para fortalecer o PSL e para que as reivindicações da população mato-grossense sejam atendidas.

Por  Samantha dos Anjos



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Polícia

Polícia investiga esquema que já desviou mais de R$ 2 bi do FGTS


Quadrilha sacava dinheiro de trabalhadores com a ajuda de funcionários da Caixa; banco afirma ter devolvido dinheiro às vítimas.

A Polícia Federal descobriu um esquema que já movimentou pelo menos R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos, em todo o país. O golpe contava com a participação de funcionários da Caixa Econômica e tinha como vítimas, beneficiários de programas sociais e pessoas com direito ao FGTS e ao seguro-desemprego.

 

Eles não arrombam portas. Nem usam armas. São bandidos cruéis, que roubam de quem mais precisa. A maioria das vítimas é de beneficiários de programas sociais do governo federal, que fazem as movimentações pelo aplicativo Caixa Tem. Mas a fraude atinge também trabalhadores com saldo no FGTS e valores a receber do seguro-desemprego. Os criminosos ainda fazem deboche com o dinheiro das vítimas.

 

A Polícia Federal não revelou o nome do chefe da quadrilha. O Fantástico apurou que o golpista é conhecido como Careca. Os investigadores afirmam que ele organizava as operações de invasão das contas de beneficiários.

 

Careca foi preso ao lado de um comparsa, no Rio, em 2022, perto de uma agência da Caixa Econômica. A dupla conseguiu responder ao processo em liberdade, mas o notebook apreendido com eles revelou o esquema.

 

Era uma fraude sofisticada, movida por mecanismos digitais e acessos oficiais. A quadrilha só conseguiu aplicar o golpe tantas vezes por tanto tempo porque teve ajuda de gente de dentro.

A investigação mostrou que funcionários da Caixa repassavam dados sigilosos e fundamentais para que os criminosos invadissem o sistema do Caixa Tem e teve servidor envolvido que foi além: sacou dinheiro pessoalmente na boca do caixa a mando do grupo.

 

Pra montar a fraude, os criminosos acessavam – em páginas ilegais na internet – milhares de CPFs e passavam a identificar quem tinha benefícios ativos. Esses dados eram repassados aos funcionários da Caixa envolvidos no crime, que alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo ‘Caixa Tem’, substituindo os e-mails dos beneficiários por outros controlados pela quadrilha.

 

Assim, eles conseguiam gerar novas senhas. Com isso, os criminosos passavam a ter controle total sobre as contas. Faziam transferências por PIX, pagavam boletos ou sacavam o dinheiro.

 

Como os valores dos benefícios não são tão altos, para conseguir mais dinheiro, a quadrilha ficava sempre repetindo o golpe. Precisava acessar o sistema do ‘Caixa Tem’ centenas de vezes por dia. Para isso, usava um software que faz um computador funcionar como se fosse um celular. Neste caso, muitos celulares. O que permitia acessar e controlar muitas contas ao mesmo tempo.

 

Desde 2010, a Polícia Federal tem um serviço especializado no combate a esse tipo de crime. Esta semana, os agentes fizeram uma nova operação em 14 cidades do Rio de Janeiro e apreenderam celulares e computadores. A PF diz que muitas quadrilhas praticam esse golpe em todo o país.

“ A gente acredita que o fortalecimento dos setores de combate à fraude das instituições bancárias, notadamente da Caixa, é fundamental para isso. Esses setores, eles conseguem, de maneira online, identificar as fraudes e as incorreções que estão sendo feitas nas agências”, afirma o delegado da PF-RJ Pedro Bloomfield Gama Silva, que investiga o caso”.

“Nós estamos implementando mais sistemas, tanto de biometria quanto de monitoramento via inteligência artificial também, pra que faça um monitoramento preditivo das ações, pra que se diminua e que a gente possa chegar ao menor número possível de fraudes”, disse Anderson Possa, vice-presidente de Logística, Operações e Segurança da Caixa.

 

A Caixa reconhece que esses criminosos já conseguiram sacar R$ 2 bilhões de beneficiários nos últimos cinco anos e diz que o valor já foi devolvido às vítimas.

 

Quem sofre o golpe pode procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelo telefone de atendimento ao consumidor: 0800 726 0101.

 

Mesmo depois de desviar dinheiro de quem mais precisa, muitos criminosos seguem em liberdade. A Caixa afirma que os funcionários envolvidos no golpe foram demitidos. A polícia disse que eles e o restante da quadrilha estão respondendo em liberdade.

 


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