Após ameaças, senadores contrários ao decreto de armas podem ter escolta
Quatro parlamentares relataram à presidência do Senado que foram ameaçados por se posicionarem contra mudanças instauradas pelo presidente Jair Bolsonaro
Brasília – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), determinou que a Polícia Legislativa investigue as ameaças relatadas por senadores contrários ao decreto que flexibilizou o porte de armas no País. Além disso, Alcolumbredisponibilizou escolta policial para parlamentares alvos dos ataques. A segurança ainda não foi solicitada por nenhum senador. “O Senado vai dar todas as garantias para os senadores cumprirem seu mandato, então o que for deliberado para a presidência que a gente tiver clareza que é uma ameaça, nós vamos autorizar (escola)”, disse Alcolumbre.
O projeto que anula os efeitos do decreto do presidente Jair Bolsonaro está na pauta do plenário do Senado desta terça-feira, 18. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa rejeitou o relatório do senador Marcos do Val (Cidadania-ES) favorável ao decreto presidencial e encaminhou para plenário um parecer alternativo do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) favorável a anular os efeitos do ato presidencial.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o decreto nesta segunda-feira, 17 afirmando que as regras permitam que as pessoas tenham direito à legítima defesa. Parlamentares afirmam que as declarações aumentam a artilharia nas redes sociais contra o Senado. “Ele não foi muito feliz na fala porque popularizou um assunto muito polêmico dando a entender que as armas já seriam liberadas para todo mundo. As pessoas estão tendo a falsa sensação de que a arma está liberada para todo mundo. Tanto a esquerda quanto a direita vão ficar frustradas com isso”, disse Marcos do Val, favorável ao decreto de armas e autor do relatório derrotado na CCJ.
Exame
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