A consulta ao dinheiro esquecido nos bancos e instituições financeiras voltará em 14 de fevereiro, divulgou nesta 5ª feira (27.jan.2022) o Banco Central. As solicitações de transferências só serão feitas a partir de 7 de março.
O Registrato (Extrato de Registro de Informações) permite que pessoas físicas e jurídicas consultem se têm dinheiro a receber de bancos e outras instituições do sistema financeiro. O lançamento da ferramenta digital foi feito nesta 2ª feira (25.jan.2022).
Formulário de cadastro
O “sistema valor a receber” teve demanda “muito superior à esperada”, segundo o Banco Central. A quantidade de acessos à ferramenta foi 20 vezes o que é registrado em um dia de alto volume –ou 50 vezes o que é registrado em um dia normal.
As consultas provocaram instabilidade e indisponibilidade do sistema, que foi retirado do ar pelo BC (Banco Central). A autoridade monetária disse que está investindo na ampliação de sua capacidade de atendimento.
A consulta poderá ser feita a partir de 14 de fevereiro. Os pedidos de transferências serão agendados a partir de 7 de março.
“Os cidadãos não devem se preocupar com a manutenção de seus recursos não procurados nesse período. Não há risco de prescrição ou perda desses recursos, que permanecerão guardados pelas instituições financeiras à espera de seus proprietários”, disse o Banco Central.
ALERTAS
O BC disse que não entra em contato com os cidadãos. Solicitou cuidados dos cidadãos com eventuais golpes.
ENTENDA
No 1º dia, o BC registrou que 79.000 pessoas conseguiram consultar o valor. Outras 8.500 fizeram solicitações de devolução de dinheiro, totalizando R$ 900 mil. Os valores serão repassados via Pix, o sistema de pagamentos instantâneos, em até 12 dias úteis.
O Banco Central estima que há R$ 3,9 bilhões disponíveis a 28 milhões de CPFs e CNPJs na 1ª fase. O valor total, que deve ser pago ao longo do ano, equivale a R$ 8 bilhões.
O sistema ainda apresenta instabilidade. O BC disse que está trabalhando para retomar o site “o mais rapidamente possível para que esse valor possa ser transferido para os cidadãos”.
O cidadão ou empresa pode ter dinheiro a receber nos seguintes casos:
- contas correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
- tarifas e parcelas ou operações de crédito cobradas indevidamente;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
- recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Os valores podem ser consultados no Registrato (Extrato de Registro de Informações).