Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025

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Brumadinho, uma cidade inteira de luto



Brumadinho, uma cidade inteira de luto

A esperança dos primeiros dias deu lugar à angústia e ao desânimo

Rompimento da barragem é apontado como a maior tragédia humana do país 

As buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, continuam hoje (1º) pelo oitavo dia. O desastre é apontado por especialistas como a maior tragédia humana da história recente do país.

O balanço mais recente indica 110 mortos, 238 desaparecidos e 394 identificados. Dos mortos, 71 foram identificados por exames realizados pela Polícia Civil. Também há 108 desabrigados e seis pessoas hospitalizadas. 

Tragédia em Brumadinho

A Vale informou, há três dias, que a empresa vai acabar com dez barragens, como a que se rompeu em Brumadinho. As barragens serão descomissionadas. Todas localizadas em Minas Gerais. Segundo a empresa, descomissionar significa preparar a barragem para integrá-la à natureza.

Bloqueios

A Justiça do Trabalho autorizou um novo bloqueio de R$ 800 milhões da mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho.

Na última segunda-feira (28), já haviam sido bloqueados R$ 800 milhões, valor correspondente a 50% do total pedido pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG).

A Vale também teve bloqueados, em outras ações, R$ 11 bilhões.

Medidas

Desde o desastre no último dia 25, a empresa anuncia medidas e faz reuniões com autoridades públicas federais e estaduais. Em encontro com procuradores em Brasília, o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, disse que vai acelerar os acordos extrajudiciais.

Paralelamente, a empresa ofereceu o pagamento de R$ 100 mil para cada família cujo parente morreu ou está desaparecido. O cadastramento dos parentes começou, mas muitos se queixam do método utilizado.

Bolsa Família

O Ministério da Cidadania anunciou a antecipação do pagamento do Bolsa Famíliapara os beneficiários do programa que vivem em Brumadinho.

Com a medida, os beneficiários poderão sacar o dinheiro a que têm direito sem precisar seguir o calendário do programa. Atualmente, 1.506 famílias da cidade mineira estão inscritas no Bolsa Família

Buscas

As buscas por vítimas completam hoje oito dias. Um grupo de 136 militares de Israeldesembarcou na região de Brumadinho para ajudar nas operações de resgate. De acordo com informações oficiais, a tropa israelense contribuiu na localização de 35 corpos.

Trabalham no local militares do Corpo de Bombeiros, inclusive de outros estados, das Forças Armadas, Defesa Civil, Polícia Civil e Política Militar.

A delegacia de Brumadinho funciona 24h para atender familiares e receber ocorrências. Também está sendo providenciada uma equipe para atuar na expedição das identidades de parentes de familiares vitimados pelo rompimento da barragem.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 360 militares atuam na área com apoio de 15 aeronaves e 21 cães farejadores. Há ainda 66 voluntários, que atuam entre área seca e a inundada. Esses voluntários são pessoas com qualificação técnica.

Edição: Talita Cavalcante / Agência Brasil 



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A Palavra - Opinião

Crônica Política – por Luis Costa: E a pré-candidata Yamashita


Crônica Política – por Luis Costa

Charge politica. Fotos Internet

A candidatura de Gislaine Yamashita continua patinando. Não decola, não empolga e, ao que tudo indica, não vai além do ensaio. E quando a situação já parecia difícil, aparece mais um na pista: o advogado Edmar de Jesus Rodrigues, ex-presidente da OAB de Primavera do Leste, decidiu se lançar pré-candidato a deputado federal. E, para surpresa geral, pelo MDB.

Edmar é amigo do prefeito Sérgio Machinic (PL). Se tivesse escolhido o PL, seria recebido de braços abertos. Mas não: preferiu o MDB e, com isso, senta à mesa ao lado de Léo Bortolin. A política, afinal, é feita dessas ironias — quem poderia estar no time do prefeito, acabou indo reforçar o adversário.

Enquanto isso, Yamashita insiste em acreditar que a proximidade com os Bolsonaro bastaria para garantir votos. Como se o eleitor fosse obrigado a apertar o número dela só porque ela tira foto sorridente ao lado da família presidencial. A realidade, porém, é cruel: o povo não engole discurso vazio. E a candidatura, que já nasceu frágil, agora patina sem freio.

Nos bastidores, comenta-se que ela teria o apoio do pastor Ary. Mas até aí, nada é tão certo: nem os fiéis parecem dispostos a obedecer dessa vez. A paciência anda curta, e a fé política, ainda menor. Yamashita coleciona mágoas dentro do próprio partido, atropela correligionários e desconsidera nomes de peso, como o deputado estadual Cattani. Resultado? Uma política de portas fechadas, alianças quebradas e promessas furadas.

No fim das contas, a cena lembra um baile mal organizado: a orquestra toca, mas a pista está vazia. Gislaine dança sozinha, sem par e sem aplausos. E como diz a velha máxima da política: quem dança sem companhia, dança para fora.

Segue o baile.


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