Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 29 de Julho de 2025

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Fiscalização de Posturas lança número WhatsApp para receber denúncias de perturbação sonora em Primavera



A nova ferramenta possibilita denúncias sem sair de casa e permite a melhor atuação da ‘Patrulha do Silêncio’

A Fiscalização de Posturas da prefeitura de Primavera do Leste, lançou recentemente um novo canal de comunicação para que a população possa denunciar a perturbação sonora em horas e locais inapropriados, principalmente no período noturno. A ferramenta é um número de telefone WhatsApp, somente para recebimento de ligações (mensagens não serão respondidas) e qualquer pessoa que se sinta incomodada em relação ao sossego, pode ligar.

O número (66 98138 0097) é para ligações nos horários considerados de plantão: quintas-feiras (20h às 02h), sextas-feiras e sábados (22h às 04) e domingos (17h às 23h). As denúncias são recebidas de forma anônima (sem identificação do denunciante), sigilosa e do modo mais seguro possível, de acordo com o coordenador da Fiscalização de Posturas, Fábio Beraldo.

“Assim que houver o relato do problema, bem como for repassada a localização, a Patrulha do Silêncio estará disponível para atender à ocorrência, mas se por acaso a pessoa ligar e não for atendida pelo fato de estarmos em outra chamada, em seguida é feito o retorno”, explica.

Desde o mês de junho a Fiscalização, em conjunto com a Polícia Militar, por meio da “Patrulha do Silêncio” tem colhido bons frutos, tanto na orientação quanto, quando necessário, na apreensão de equipamentos. “Antes agíamos em separado e quando precisávamos de apoio solicitávamos, mas recentemente junto com o Coronel Cleiton formatamos esta parceria e com o apoio da Administração Municipal, que abraçou a ideia, apoiou e também adquiriu um novo aparelho telefônico, pudemos implementar ainda melhor o trabalho”, ressalta Fábio.

O canal de WhatsApp entrou em funcionamento na semana passada e além de ser ferramenta importante mostrou resultados significativos no atendimento de denúncias, já nos primeiros dias. “Neste final de semana udemos perceber que o maior número das ocorrências foi via ligação do WhatsApp, sendo que nas sextas e sábados temos o maior número de denúncias, a grande maioria nos bairros”, explica o coordenador.

ORIENTAÇÃO

Quando há uma denúncia, no primeiro momento a Fiscalização vai ao local, faz a orientação e advertência ao denunciado, para que baixe o volume do som o quando for o caso, desligue o equipamento, cessando assim a ocorrência. No caso de reincidência, seja no mesmo dia ou posteriores, ao retornar no local é aplicada a multa administrativa, o equipamento é apreendido e o responsável conduzido ao Batalhão da PM, para lavratura do Termo Circunstanciado.

Como é um crime de contravenção penal, as multas têm quatro graduações de acordo com a situação e o volume do som, medido pelo devido equipamento, em decibéis: a dosimetria é classificada como leve, moderada, grave e gravíssima. Em valores variam de 250 UPF (Unidade de Padrão Fiscal), até 1 mil UPF’s, ou seja, de R$ 1.300 reais a R$ 5,2 mil reais.

A pessoa já sai do Batalhão com a audiência marcada com o juiz, sabendo a data, a hora e o link da audiência. E na audiência o juiz vai definir se haverá liberação e devolução daquele equipamento para a pessoa ou determina se faz doação a alguma entidade ou até a inutilização. E como também é ali na audiência que acontece a transação penal, também será determinado pagamento, ou de multa, prestação de serviços comunitários ou até mesmo prisão.

REINCIDÊNCIA

Mas mesmo diante dessas penalidades as reincidências são costumeiras e como explica Fábio Beraldo, desde a implantação da Patrulha do Silêncio em 6 de junho, já foram 32 autuações por reincidência. “São locais em que já havíamos orientado, teve retorno e aí foram aplicadas as sanções, mas as ações ficaram muito mais fáceis de serem alinhadas agora, com um controle maior e as parcerias já destacadas, o que proporciona à equipe agir com igualdade: primeiro fazer a advertência e no caso do desrespeito, aplicar as sanções, contribuindo acima de tudo para o sossego e a tranquilidade da grande maioria da população”, conclui Beraldo.

Coordenadoria de Comunicação. 



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TCE fará auditoria para saber se “emendas pix” foram benéficas à população de Mato Grosso


Presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, em reunião com o vice-presidente do TCU, ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira [Foto – Tony Ribeiro]
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai auditar os repasses federais feitos ao estado por meio das emendas parlamentares individuais de transferência especial, as chamadas “emendas pix”. A auditoria foi anunciada pelo presidente da instituição, conselheiro Sérgio Ricardo, durante a visita do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira (25), e integra uma força-tarefa nacional articulada com o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Sérgio Ricardo, em Mato Grosso, são 75 emendas que totalizam R$ 209 milhões. A apuração começa por três delas. “O TCU pediu ao TCE-MT que audite as emendas Pix e vamos fazer isso com independência e responsabilidade, porque a sociedade tem o direito de saber onde foi parar esse dinheiro. Nesse primeiro momento vamos apurar três transferências estimadas em R$ 33,2 milhões.”

Os recursos das emendas Pix, que somam bilhões de reais em todo o país, estão no centro de uma investigação nacional determinada pelo STF, que aponta a falta de critérios transparentes na destinação e aplicação das verbas. “As emendas têm valores significativos. Vamos saber para onde foram e o que resultou lá de benefício para a sociedade”, acrescentou o presidente.

Na ocasião, o vice-presidente do TCU destacou a importância da fiscalização em rede e da adaptação dos tribunais ao novo fluxo de tramitação das emendas. “Já é um trabalho feito pelos tribunais de contas, que continuarão exercendo seu papel de controle, se adaptando a esse novo fluxo de tramitação de recursos públicos, quer seja da esfera da União ou quando transferidos para os estados e municípios”, disse Jorge de Oliveira.

Transparência em foco

Sérgio Ricardo lembrou que desde 2024 o Tribunal já acompanha os debates sobre a transparência desses repasses por meio de iniciativas nacionais voltadas ao aprimoramento do controle externo. O órgão integra o Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), que avalia a publicação e a rastreabilidade das emendas parlamentares em todo o país, incluindo as chamadas transferências especiais.

“A decisão do Supremo reforça uma preocupação que já era nossa: garantir que a sociedade consiga acompanhar a destinação de cada centavo das emendas. A transparência não pode ser opcional quando se trata do poder público”, pontuou.

A expectativa é que os resultados da auditoria sejam encaminhados ao TCU nos próximos meses. A Controladoria-Geral da União (CGU) também foi acionada para auditar R$ 469 milhões em emendas parlamentares liberadas em 2024, e a Procuradoria-Geral da República deve apurar eventuais responsabilidades em caso de omissões, como a falta de cadastro dos planos de trabalho.

Emendas Pix

Em agosto de 2024, o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu a execução de emendas parlamentares, buscando sanar a falta de transparência e garantir a rastreabilidade no repasse dos recursos. O ministro é relator de quatro ações referentes à falta de transparência nas emendas (ADPF 854, ADIs 7688, 7695 e 7697).

Em fevereiro deste ano, um relatório do TCU apontou que, em todo o país, 81% das transferências feitas por meio das emendas Pix não permitem identificar com precisão o autor e o beneficiário final dos recursos. Diante disso, Dino determinou ao TCU uma nova rodada de auditorias sobre as transferências entre 2020 e 2024.

Uma das principais falhas identificadas é a ausência de cadastro dos planos de trabalho, condição básica para a liberação dos recursos. Mais de 6 mil emendas foram liberadas sem que estados e municípios registrassem o uso pretendido do dinheiro na plataforma Transfere.gov.br, o que compromete a transparência e a responsabilização dos gestores. Em abril, foi anunciado prazo de 90 dias para que municípios e estados prestem contas.

 


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