Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

HOME / NOTÍCIAS

política

Ideologia de Gênero gera debate durante sessão



Da Redação

O tema, Ideologia de Gênero, tornou-se um dos assuntos mais falados neste último ano pela maioria da população Brasileira, já que o Governo Federal, por meio do Plano Nacional de Educação, autorizou crianças de escolas públicas e privadas que estudarem com os livros didáticos a partir do ano de 2016 do MEC para a primeira fase do Ensino Fundamental será informadas sobre arranjos familiares de gays e lésbicas, com adoção de filhos. Assim, as crianças tomarão conhecimento também de bigamia, poligamia, bissexualismo e transsexualismo. Aprenderão a observar melhor os próprios corpos e os corpos dos outros por intermédio de exercícios em sala de aula, orientados pelo livro didático. A ministração desses conteúdos se inicia já no 1º ano, com alunos de 6 anos de idade e numa graduação de complexidade, estende-se ao 5º ano, quando os alunos têm 10 anos.

Diante da adesão do Governo Federal, ao inserir o assunto Ideologia de Gênero nas escolas, iniciou-se um movimento em todo o País, de famílias cristãs, que não concordaram com a disciplina e procuraram meios legais perante a justiça para retirar o conteúdo dos livros didáticos. Em Primavera do Leste no ano passado, o vereador Luis Costa (PR) desenvolveu um projeto de lei que resguarda as crianças de nossa cidade, orientando ao Conselho Municipal de Educação que não adquirisse os livros didáticos com o conteúdo sobre Ideologia de Gênero e também, que os professores não estimulem o assunto em sala de aula.

No entanto, algumas pessoas da sociedade e autoridades ainda não entenderam a importância de compreender a Ideologia de Gênero e suas implicações na formação da criança. Buscando a definição para um entendimento, a Ideologia de Gênero também pode ser conhecida como “Ideologia da Ausência de Gênero”, como ficou conhecida, que a sexualidade humana seja parte das construções sociais e culturais e não um fator biológico. Segundo essa ideologia, os seres humanos nasceriam neutros e poderiam ao longo da vida, escolher o seu gênero sexual.

Na sessão de segunda, 6, a vereadora Edna Mahnic (PT), questionou em tribuna as famílias que aderiram  ao movimento contra a Ideologia de Gênero. “Quem quer acabar com a família? Seria o governo, a escola, a mídia, os partidos políticos, os pais, os filhos. Eu acho muito vaga essa consideração, mas qual o modelo de família que querem acabar? O modelo, pai, mãe, filho e filha? E as mães que criam filhas sozinhas, e as crianças que são criadas pelas avós e ainda aquelas famílias que tem madrasta ou padrasto. Qual o modelo de família ideal? Estamos perdendo tempo com uma discussão vazia porque de quem é a culpa da Ideologia de Gênero? Parece-me que alguns grupos radicais estão acusando os professores de ensinarem Ideologia de Gênero para as crianças. Mas como pode uma escola transformar meninos em meninas e meninas em meninos, se as crianças passam apenas cinco horas por dia no local e a maior parte do tempo passa com a própria família? É preciso pensar nas crianças que estão em abrigos e desamparadas também, e que não tem famílias”.

Esclarecendo os questionamentos apontados pela vereadora Edna Mahnic, o legislador Luis Costa, disse em tribuna, que nenhum grupo que defende as famílias que resguarda o direito das crianças, seja em Primavera do Leste, ou em qualquer outra cidade deste país, é radical em sua postura e posicionamento. “Quando a senhora vereadora, questiona o que é ideal dentro da perspectiva de luta de muitas pessoas e famílias de nossa cidade, eu digo que o ideal é que  meu filho que nasceu menino continua sendo menino, seja homem, porque a escola, seja para as crianças, adolescentes e jovens, tem o papel de educar, com disciplinas importantes para a formação de um aprendizado, mas de maneira alguma para doutrinar, para explicar e ensinar fundamentos que a família tem por direito e respaldo da justiça a função de exercer, que é orientar os filhos e filhas. Sobre as crianças que estão abandonadas e muitas se encontram em abrigos, em lares, nós podemos sim acolher essas crianças e também ajudá-las. Nosso movimento é em prol de todas as crianças, para que sejam no futuro adultos entendidos da importância do movimento, mas caso já na fase adulta queira optar pela opção de um gênero diferente, aí já não interferimos, porque o adulto tem sim responsabilidade e entendimento da vida, mas reforço e digo novamente, iremos lutar pelas nossas crianças e assegurar a integridade física e moral de nossos filhos e filhas”.

O vereador Luis Costa, ressalta ainda que a radicalidade citada pela vereadora, esteja sim, mas  em grupos políticos que são extremistas em determinados assuntos, como por exemplo o PT. “Radicais são alguns partidos e grupos políticos, como o PT, que por vários esquemas de corrupção, prejudicou muito nosso País. Digo novamente que nosso grupo em Primavera do Leste é formado por famílias cristãs, não importa a religião, o que importa é que acreditamos em Deus, acreditamos na família, somos do bem, queremos lutar pelo o que está na bíblia, que menino é menino e menina é menina. A nossa luta tem uma maioria participando porque o nosso País é cristão e uma prova disso é que existe o ensino religioso na sala de aula, porque nossas famílias acreditam em Deus. Nós aqui em Primavera do Leste fomos pioneiros com um Projeto de Lei que determina que as escolas não apliquem a Ideologia de Gênero na sala de aula, e vamos continuar acreditando que nossas crianças poderão sim ter um ensino de qualidade e uma vida digna por meio dos ensinamos de Deus. Eu sou contrário a ideologia de gênero e vou continuar lutando”. Finaliza Luis Costa.



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

política

Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


Antenado News