Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 15 de Novembro de 2024

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Prevenção Começa na Escola – Projeto do MP chega a Primavera do Leste



E recebe apoio incondicional da Prefeitura para ser desenvolvido nas escolas

Idealizado pelos procuradores de Justiça Paulo Prado e Eliane Maranhão o projeto Prevenção Começa na Escolatem por objetivo proteger criança do bullying e abuso sexual e, motivá-la a denunciar o autor, indiferente do vínculo familiar ou de amizade que ele possa ter com a família e, principalmente confiar nos professores caso não se sinta segura para dialogar dentro de casa. Com a experiência de 30 anos no Ministério Público, Paulo Prado, entende que esse projeto “é o ponta pé para conscientizar a criança da importância de ver a escola como um porto seguro, ter o professor como um aliado, que faz parte da rede de proteção e vai lhe dar o suporte necessário para a denúncia”. Esse projeto é algo inovador e brilhante e, não poderia ser diferente pela experiência e comprometimento de Paulo Prado.

A metodologia usada foi interessante – uma peça teatral Inocentes Pétalas Roubadas retratou com maestria o sofrimento da jovem abusada, a dificuldade de efetivar a denúncia, mas também a alternativa de falar com o amigo que soube acolher e entender o seu recado quando falava do seu problema, da sua dor. Paulo Prado reiterou que os resultados do projeto são excelentes, “em algumas situações logo após a apresentação da peça, aconteceu à denúncia, portanto o teatro é um instrumento útil que atinge de imediato os alunos e, serve como reflexão para quem sofre o abuso e para os colegas que estão a sua volta”.

Durante a apresentação do projeto, realizado nesta segunda-feira (20), no auditório do Instituo Federal de Mato Grosso, o secretário municipal de Cultura, Wanderson Lana, “o roteiro é delicado e difícil, mas necessário para despertar a coragem da denúncia, para que as crianças falem sem medo, não guardem só para vocês, quanto mais pessoas souberem, será mais fácil para solucionar o problema”. O defensor público Rafael Cardoso, parabenizou a iniciativa do Paulo Prado e, elogiou o roteirista que “tratou de um tema difícil de maneira leve, de fácil entendimento, utilizando a linguagem teatral que prende a atenção do público, o que permite que a mensagem chegue e se dissemine.

O delegado regional Rafael Fossari entende que a ideia do projeto foi muito feliz e, “plantar sementes na escola com certeza vai germinar e, o professor se torna um instrumento eficaz no combate ao abuso sexual, porque tem a confiança dos alunos”. Para Laura Kelly, a escola precisa ser o lugar onde as crianças e adolescentes se sentem seguras, acolhidas, porque a figura do professor é muito forte na vida dos alunos.

“Essa é a linguagem que precisamos”. Com esse olhar, a secretária municipal de Assistência Social, Márcia Rotilli, reconhece que o trabalho precisa ser intenso e permanente, “fizemos essa semana o pit stop para chamar atenção dos pais e esse projeto vem ao encontro das nossas ações, que é preparar o professor para mais essa tarefa- acolher e proteger as crianças”.

A juíza Lidiane Pampado reforçou a tese que o tema é triste e repugnante e relembrou a primeira audiência da qual participou – era de uma adolescente abusada dos sete aos 17 anos pelo próprio pai. “Esse fato comprova que a regra é acontecer mais de uma vez, daí a importância da confiabilidade entre o aluno e professor; é um chamamento para que o professor vá além de ensinar, salve vidas”.

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Márcio, reconhece que a preocupação com as crianças e adolescentes é salutar e o Poder Legislativo se faz sempre presente em ações que tenham como foco a proteção as crianças. Segundo ele, “é fundamental que os professores fiquem mais atentos porque um detalhe pequeno pode chamar a atenção e revelar um fato que precisa ser denunciado”.

O prefeito Léo Bortolin entende que essa semente plantada hoje deve germinar nas escolas e cada professor e professora pode contribuir e ser decisivo nesse combate ao abuso sexual, “somos parceiros em todas as ações que protejam a criança e o jovem”. A Prefeitura atende através da secretaria de Cultura cerca de dois mil crianças e adolescentes com aula de teatro, música e dança e, no Esporte atende mais de 900 alunos em dez pontos da cidade, “como mecanismo de proteção a vulnerabilidade e a situações de risco”, segundo avaliação do prefeito. Participaram do evento, vereadores, secretários municipais, coordenadores, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, MP de Primavera do Leste, Policia Militar, Bombeiros, Juízes e alunos das escolas municipais e estaduais do município.

Assessoria 



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política

Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT


Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.


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cidade

Servidores são alvos de operação que investiga aliciamento de eleitores indígenas para influenciar resultado de eleição em município de MT


Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.

Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.

A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.

Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte - MT

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT

Outros crimes eleitorais

 

Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.

Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.

Fonte: G1 MT


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