Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025

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Prevenção Começa na Escola – Projeto do MP chega a Primavera do Leste



E recebe apoio incondicional da Prefeitura para ser desenvolvido nas escolas

Idealizado pelos procuradores de Justiça Paulo Prado e Eliane Maranhão o projeto Prevenção Começa na Escolatem por objetivo proteger criança do bullying e abuso sexual e, motivá-la a denunciar o autor, indiferente do vínculo familiar ou de amizade que ele possa ter com a família e, principalmente confiar nos professores caso não se sinta segura para dialogar dentro de casa. Com a experiência de 30 anos no Ministério Público, Paulo Prado, entende que esse projeto “é o ponta pé para conscientizar a criança da importância de ver a escola como um porto seguro, ter o professor como um aliado, que faz parte da rede de proteção e vai lhe dar o suporte necessário para a denúncia”. Esse projeto é algo inovador e brilhante e, não poderia ser diferente pela experiência e comprometimento de Paulo Prado.

A metodologia usada foi interessante – uma peça teatral Inocentes Pétalas Roubadas retratou com maestria o sofrimento da jovem abusada, a dificuldade de efetivar a denúncia, mas também a alternativa de falar com o amigo que soube acolher e entender o seu recado quando falava do seu problema, da sua dor. Paulo Prado reiterou que os resultados do projeto são excelentes, “em algumas situações logo após a apresentação da peça, aconteceu à denúncia, portanto o teatro é um instrumento útil que atinge de imediato os alunos e, serve como reflexão para quem sofre o abuso e para os colegas que estão a sua volta”.

Durante a apresentação do projeto, realizado nesta segunda-feira (20), no auditório do Instituo Federal de Mato Grosso, o secretário municipal de Cultura, Wanderson Lana, “o roteiro é delicado e difícil, mas necessário para despertar a coragem da denúncia, para que as crianças falem sem medo, não guardem só para vocês, quanto mais pessoas souberem, será mais fácil para solucionar o problema”. O defensor público Rafael Cardoso, parabenizou a iniciativa do Paulo Prado e, elogiou o roteirista que “tratou de um tema difícil de maneira leve, de fácil entendimento, utilizando a linguagem teatral que prende a atenção do público, o que permite que a mensagem chegue e se dissemine.

O delegado regional Rafael Fossari entende que a ideia do projeto foi muito feliz e, “plantar sementes na escola com certeza vai germinar e, o professor se torna um instrumento eficaz no combate ao abuso sexual, porque tem a confiança dos alunos”. Para Laura Kelly, a escola precisa ser o lugar onde as crianças e adolescentes se sentem seguras, acolhidas, porque a figura do professor é muito forte na vida dos alunos.

“Essa é a linguagem que precisamos”. Com esse olhar, a secretária municipal de Assistência Social, Márcia Rotilli, reconhece que o trabalho precisa ser intenso e permanente, “fizemos essa semana o pit stop para chamar atenção dos pais e esse projeto vem ao encontro das nossas ações, que é preparar o professor para mais essa tarefa- acolher e proteger as crianças”.

A juíza Lidiane Pampado reforçou a tese que o tema é triste e repugnante e relembrou a primeira audiência da qual participou – era de uma adolescente abusada dos sete aos 17 anos pelo próprio pai. “Esse fato comprova que a regra é acontecer mais de uma vez, daí a importância da confiabilidade entre o aluno e professor; é um chamamento para que o professor vá além de ensinar, salve vidas”.

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Márcio, reconhece que a preocupação com as crianças e adolescentes é salutar e o Poder Legislativo se faz sempre presente em ações que tenham como foco a proteção as crianças. Segundo ele, “é fundamental que os professores fiquem mais atentos porque um detalhe pequeno pode chamar a atenção e revelar um fato que precisa ser denunciado”.

O prefeito Léo Bortolin entende que essa semente plantada hoje deve germinar nas escolas e cada professor e professora pode contribuir e ser decisivo nesse combate ao abuso sexual, “somos parceiros em todas as ações que protejam a criança e o jovem”. A Prefeitura atende através da secretaria de Cultura cerca de dois mil crianças e adolescentes com aula de teatro, música e dança e, no Esporte atende mais de 900 alunos em dez pontos da cidade, “como mecanismo de proteção a vulnerabilidade e a situações de risco”, segundo avaliação do prefeito. Participaram do evento, vereadores, secretários municipais, coordenadores, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, MP de Primavera do Leste, Policia Militar, Bombeiros, Juízes e alunos das escolas municipais e estaduais do município.

Assessoria 



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A Palavra - Opinião

Crônica Política – por Luis Costa: E a pré-candidata Yamashita


Crônica Política – por Luis Costa

Charge politica. Fotos Internet

A candidatura de Gislaine Yamashita continua patinando. Não decola, não empolga e, ao que tudo indica, não vai além do ensaio. E quando a situação já parecia difícil, aparece mais um na pista: o advogado Edmar de Jesus Rodrigues, ex-presidente da OAB de Primavera do Leste, decidiu se lançar pré-candidato a deputado federal. E, para surpresa geral, pelo MDB.

Edmar é amigo do prefeito Sérgio Machinic (PL). Se tivesse escolhido o PL, seria recebido de braços abertos. Mas não: preferiu o MDB e, com isso, senta à mesa ao lado de Léo Bortolin. A política, afinal, é feita dessas ironias — quem poderia estar no time do prefeito, acabou indo reforçar o adversário.

Enquanto isso, Yamashita insiste em acreditar que a proximidade com os Bolsonaro bastaria para garantir votos. Como se o eleitor fosse obrigado a apertar o número dela só porque ela tira foto sorridente ao lado da família presidencial. A realidade, porém, é cruel: o povo não engole discurso vazio. E a candidatura, que já nasceu frágil, agora patina sem freio.

Nos bastidores, comenta-se que ela teria o apoio do pastor Ary. Mas até aí, nada é tão certo: nem os fiéis parecem dispostos a obedecer dessa vez. A paciência anda curta, e a fé política, ainda menor. Yamashita coleciona mágoas dentro do próprio partido, atropela correligionários e desconsidera nomes de peso, como o deputado estadual Cattani. Resultado? Uma política de portas fechadas, alianças quebradas e promessas furadas.

No fim das contas, a cena lembra um baile mal organizado: a orquestra toca, mas a pista está vazia. Gislaine dança sozinha, sem par e sem aplausos. E como diz a velha máxima da política: quem dança sem companhia, dança para fora.

Segue o baile.


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