Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

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Projetos que dobram salários de prefeito e vereadores de Tesouro são aprovados



Salário de prefeito chegará a R$ 34 mil, enquanto a remuneração dos nove vereadores do município, passará de R$ 3,4 mil para R$ 6,9 mil. Um dos vereadores é presidente da Câmara e receberá o salário base acrescido de 50% do mesmo, chegando ao valor de R$ 10,3 mil.

Um projeto de lei que aumenta o salário do prefeito de Tesouro, Isaack Castelo Branco (PSB), de R$ 16 mil para R$ 34 mil, e outro projeto que aumenta o salário dos vereadores foram aprovados durante sessão na Câmara do município, a 385 km de Cuiabá, nessa segunda-feira (21). De acordo com os documentos, a decisão entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025.

g1 tentou contato com a Câmara e entrou em contato com o prefeito, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Ainda segundo o documento, quando licenciado para tratar de assuntos particulares, o prefeito passa a receber o valor do subsídio do vice-prefeito, Gledson (União), que receberá 50% do salário fixado para o prefeito, ou seja, R$ 17 mil. Além disso, os secretários municipais receberão salário no valor de R$ 8 mil.

Na mesma sessão, foi aprovado o projeto 008/2024, que aumenta o salário dos vereadores, entre eles, o presidente da Câmara, James Teixeira (PSB). A remuneração passará de R$ 3,4 mil para R$ 6,9 mil.

O subsídio do presidente da Câmara será o salário base acrescido de 50% do mesmo, chegando ao valor de R$ 10,3 mil.

Ambos os projetos foram aprovados com 8 votos a 1, o único vereador que votou contra foi Nelson José (MDB). Durante a sessão, ele afirmou que fazia questão de votar e disse que o orçamento do município não é adequado com os aumentos.

“O projeto de aumento de salário do prefeito que ganha R$ 16 mil, que vai chegar a R$ 34 mil, mais de 120% de aumento, coisa que não existe em lugar nenhum, um aumento desse aí. Em Guiratinga, é R$ 19 mil o salário do prefeito, eles vão dar o aumento de 15% para chegar a R$ 22 mil. Em relação aos vereadores, também é um aumento de mais de 100%”.

Quem é o prefeito de Tesouro

 

Prefeito de Tesouro (MT), Isaack Castelo Branco (PSB) — Foto: Reprodução

Prefeito de Tesouro (MT), Isaack Castelo Branco (PSB) — Foto: Reprodução

Isaack Castelo Branco (PSB) foi reeleito para os próximos quatro anos, com 1.848 votos, 74,34% dos votos válidos.

Isaack tem 39 anos, é casado, tem ensino superior completo e declara à Justiça Eleitoral a ocupação de prefeito. Ele declarou um patrimônio de R$ 663.530,13.

G1/MT



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Brasil - Região

Mauro Mendes vai à Justiça contra decreto de Lula que amplia terras indígenas em MT


Governador do Mato Grosso ressaltou que medida cria insegurança jurídica a centenas de famílias e produtores

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (UB-MT), anunciou, nesta terça-feira (18) que o Governo de Mato Grosso irá acionar a Justiça contra o decreto do presidente Lula que amplia a demarcação de terras indígenas no estado. As medidas do presidente foram oficializadas durante a Conferência Mundial do Clima (COP 30), em Belém. Uma dessas terras indígenas é a Manoki, tradicionalmente reconhecida com cerca de 46 mil hectares, e que teve sua área ampliada para aproximadamente 250 mil hectares, segundo dados divulgados pelo próprio governo federal.

De acordo com o governador, a ampliação desrespeita diretamente o artigo 13 da Lei 14.701, que proíbe a expansão de terras indígenas já demarcadas.
Além da Manoki, o governo federal também homologou a Terra Indígena Uirapuru, com cerca de 21,6 mil hectares, e a Terra Indígena Estação Parecis, com aproximadamente 2,1 mil hectares, ambas localizadas em regiões produtivas de Mato Grosso.

“Determinei à Procuradoria-Geral do Estado que ingresse imediatamente na Justiça para barrar essa ilegalidade. Não estamos discutindo o direito dos povos indígenas, que é legítimo, mas sim um decreto que afronta a lei, cria insegurança jurídica e coloca em risco a vida de quem mora e produz nessas áreas”, afirmou o governador.

Mauro lembrou que Mato Grosso possui atualmente 73 terras indígenas demarcadas, que somam 15 milhões de hectares, o equivalente a 16% de todo o território estadual. Ele reforçou que o respeito aos povos indígenas deve vir acompanhado de políticas públicas reais, como saúde, educação, assistência e infraestrutura, e não apenas de decretos que ampliam território sem planejamento e sem diálogo com as comunidades e com as famílias já estabelecidas no local.

O governador também destacou que na região da TI Manoki existem centenas de famílias e dezenas de CARs (Cadastros Ambientais Rurais) registrados, alguns deles amparados por decisão judicial, o que agrava a situação de conflito fundiário. Além disso, Mauro ressaltou que Mato Grosso é um dos estados que mais preservam o meio ambiente, com 60% do território protegido, índice superior ao de diversos países que usualmente cobram ações ambientais do Brasil.

“Mato Grosso faz a sua parte. Preserva, produz e respeita a lei. Não é criando problema para milhares de brasileiros em pleno evento internacional que vamos avançar. Queremos diálogo e respeito”, concluiu.

JP


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