Coluna Política – Assessoria de peso. “Vontade dividida”.

Coluna Política – Luis Costa
Assessoria de peso. Vontade dividida.

Charge politica.

Em Primavera do Leste, o vereador Irmão Rogério anda descobrindo que não basta ter mandato, é preciso também mandar. Estreante na política, homem simples, cheio de fé, ele carrega na bagagem um assessor de “peso”: Paulo Bruno. O detalhe é que Paulo parece ter mais saudade do ex-prefeito Léo do que vontade de trabalhar para o patrão atual.

De bastidores chegam relatos de que Paulo Bruno já “selou compromisso” de apoiar Léo para deputado estadual. Enquanto isso, o vereador, que ingenuamente acredita que tem autoridade no gabinete, prefere Thiago Silva – deputado eleito e irmão de fé. O choque de interesses é tão visível que já virou assunto nos corredores da Câmara: quem comanda o mandato, Rogério ou Paulo?

Tem gente comentando que Paulo anda mais animado com as reuniões políticas de Léo do que com as pautas do gabinete. Já Rogério, coitado, teria até confidenciado a aliados que está desconfortável com a “independência” do assessor, mas ainda não sabe como enquadrar o fiel escudeiro.

Melhor mesmo seria eu passar na Câmara e perguntar na porta do gabinete: quem responde, o vereador ou o assessor? Do jeito que está, Rogério arrisca ficar com a Bíblia debaixo do braço e o assessor com o mandato na mão.

Crônica Política – por Luis Costa: E a pré-candidata Yamashita

Crônica Política – por Luis Costa

Charge politica. Fotos Internet

A candidatura de Gislaine Yamashita continua patinando. Não decola, não empolga e, ao que tudo indica, não vai além do ensaio. E quando a situação já parecia difícil, aparece mais um na pista: o advogado Edmar de Jesus Rodrigues, ex-presidente da OAB de Primavera do Leste, decidiu se lançar pré-candidato a deputado federal. E, para surpresa geral, pelo MDB.

Edmar é amigo do prefeito Sérgio Machinic (PL). Se tivesse escolhido o PL, seria recebido de braços abertos. Mas não: preferiu o MDB e, com isso, senta à mesa ao lado de Léo Bortolin. A política, afinal, é feita dessas ironias — quem poderia estar no time do prefeito, acabou indo reforçar o adversário.

Enquanto isso, Yamashita insiste em acreditar que a proximidade com os Bolsonaro bastaria para garantir votos. Como se o eleitor fosse obrigado a apertar o número dela só porque ela tira foto sorridente ao lado da família presidencial. A realidade, porém, é cruel: o povo não engole discurso vazio. E a candidatura, que já nasceu frágil, agora patina sem freio.

Nos bastidores, comenta-se que ela teria o apoio do pastor Ary. Mas até aí, nada é tão certo: nem os fiéis parecem dispostos a obedecer dessa vez. A paciência anda curta, e a fé política, ainda menor. Yamashita coleciona mágoas dentro do próprio partido, atropela correligionários e desconsidera nomes de peso, como o deputado estadual Cattani. Resultado? Uma política de portas fechadas, alianças quebradas e promessas furadas.

No fim das contas, a cena lembra um baile mal organizado: a orquestra toca, mas a pista está vazia. Gislaine dança sozinha, sem par e sem aplausos. E como diz a velha máxima da política: quem dança sem companhia, dança para fora.

Segue o baile.