PF desarticula associação criminosa voltada para o tráfico em MT e PI

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (24), a Operação Aereus, com o objetivo de combater o tráfico de drogas interestadual praticado por um grupo criminoso com atuação nos estados de Mato Grosso e Piauí.

Policiais federais cumprem 5 mandados judiciais nos municípios de Teresina/PI e Cáceres/MT, sendo 3 de prisão preventiva (dois em Cáceres e um em Teresina) e dois de busca e apreensão (Cáceres). Todos os mandados foram expedidos pela Central de Inquéritos de Teresina.

A investigação teve início após a prisão de um homem que desembarcou em voo comercial no aeroporto da capital piauiense portando mais de 3 kg de cocaína na bagagem.

Com o avanço do trabalho investigativo, foi identificada uma associação criminosa que atuava no tráfico de drogas pelo modal aéreo entre diversos estados, dentre eles, o itinerário Mato Grosso e Piauí.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e outros que venham a ser identificados no decorrer da investigação.

PF deflagra operação para investigar venda irregular de créditos de carbono

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a Operação Greenwashing, com o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de vender cerca de R$ 180 milhões em crédito de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente.

 

Estão sendo cumpridos 5 mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas, nos estados de Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo.

 

Policiais federais cumprem ainda 108 medidas cautelares diversas da prisão, 8 suspensões do exercício da função pública, 4 suspensões de registro profissional no CREA e 7 bloqueios de emissão de Documento de Origem Florestal (DOF’s), bem como o sequestro de R$ 1,6 bilhão.

 

A operação conta com o apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Receita Federal do Brasil (RFB), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), acadêmicos e profissionais de registro de imóveis.

 

A investigação revelou um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea/AM, envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.

 

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos.

 

Nos últimos 3 anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí/AM e Nova Aripuanã/AM. As irregularidades identificadas incluem a emissão de certidões ideologicamente falsas por servidor da Secretaria de Terras do Estado do Amazonas (SECT/AM), a sobreposição de registros e a apropriação indevida de terras públicas.

 

Entre as atividades ilegais identificadas estão a exploração florestal e a pecuária em áreas protegidas, incluindo a criação de gado “fantasma” para atender áreas com restrições ambientais, a venda de créditos virtuais de madeira e a obtenção de licenças ambientais fraudulentas.

 

De acordo com as investigações, foram explorados ilegalmente mais de um milhão de metros cúbicos de madeira em tora, gerando um dano ambiental estimado em R$ 606 milhões. A operação também revelou que a organização obteve cerca de R$ 820 milhões em terras griladas.

 

Denúncias anônimas sobre os crimes em investigação podem ser encaminhadas por meio do canal https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A PF garante o sigilo absoluto e a proteção da identidade do denunciante.

GD