Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 2025

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A Palavra

Obra da Câmara: Escrevendo e criando charge até ser cancelado pela Câmara.



Coluna Política Opinativa
Luis Costa/Palavra Afiada

Escrevendo e criando charge até ser cancelado pela Câmara.

A Câmara Municipal de Primavera do Leste, famosa pela sua constante “reinvenção”, agora se dedica a uma reforma de peso — literalmente. Com um valor de contrato beirando os R$ 7,7 milhões, o novo acordo, que foi publicado no Diário Oficial da cidade em agosto deste ano, promete transformar o velho prédio em um templo de modernidade. Ou talvez não. Porque, vamos ser francos: 7 milhões em reforma de Câmara Municipal? De que tipo de transformação estamos falando aqui? Será que a estrutura que vai se erguer será digna de ser chamada de “palácio” ou uma pintura nova nas paredes e um tapete decente já vão nos bastar?

Não podemos deixar de admirar a arte da burocracia. A tão falada “adesão à ata de registro de preços”, que, sinceramente, parece mais com um movimento para garantir que as reformas estejam sempre em dia, é uma fórmula mágica que garante que a verba seja utilizada sem muito questionamento. A empresa escolhida para executar essa obra, a FVB Construções e Sinalizações de Trânsito LTDA, terá a honrosa tarefa de garantir que os prédios da cidade estejam em conformidade com as normas e, quem sabe, consiga deixar algo além de um simples tapume e cimento.

O valor total de R$ 7.667.289,13 (um número impressionante, não podemos negar) vai cobrir “serviços de manutenção preventiva e corretiva” — ou seja, estamos comprando segurança estrutural por um preço que daria para construir uma cidade inteira em outro canto do Brasil. E tudo isso, claro, com o “maior desconto a ser aplicado” conforme as planilhas da SINAPI, que, entre nós, é o tipo de detalhe que só os matemáticos do governo conseguem entender.

Enquanto isso, o povo de Primavera do Leste segue com seus olhares atentos ao novo prédio da Câmara Municipal, esperando que as obras não se percam no limbo das promessas vazias e que, ao menos, o prédio possa se manter em pé e servir para algo além de abrigar mais e mais atas de registro de preços.

Agora, o que realmente chama a atenção é a reação dos vereadores. A proposta de gastar um valor tão alto em reformas – especialmente com a escassez de recursos em outras áreas essenciais da cidade – gerou um verdadeiro alvoroço entre eles. As críticas começaram a surgir rapidamente, principalmente sobre a transparência do processo de escolha da empresa, o valor do contrato e a falta de um debate mais amplo com a população sobre como esse dinheiro poderia ser melhor utilizado. Alguns vereadores, que antes estavam em silêncio sobre o assunto, agora começaram a questionar a necessidade de tanto gasto em um prédio cuja funcionalidade parece estar longe de ser a prioridade para os moradores de Primavera.

O ambiente político se aqueceu. A pressão popular não tardou a chegar, e as minhas redes sociais ficaram repletas de críticas e sugestões para que o dinheiro fosse melhor alocado em áreas como saúde, educação e infraestrutura urbana. A palavra “imprópria” passou a ser citada por muitos, e em um momento tenso, alguns vereadores questionam a adesão à ata. O pedido ganhou força, com uma parte significativa da câmara, ameaçando uma reavaliação completa do contrato, conversas de bastidores, ok.

Ao final, o que parecia ser uma simples reforma acabou se tornando um imbróglio político que, dependendo da sequência dos acontecimentos, poderá levar à revisão não apenas das obras, mas da própria gestão pública. As palavras de quem, até então, apoiava a reforma, agora ecoam como uma reflexão de um erro que pode custar caro à imagem de todos os envolvidos.



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Brasil

Em vídeo, turistas agredidos refutam ambulantes; ‘merecem cadeia’


Os turistas Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, agredidos na praia de Porto de Galinhas, retornaram a Cuiabá nesta terça-feira (30) e negaram todas as acusações feitas por donos de barracas suspeitos de envolvimento na violência. Em vídeo gravado ainda no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, o casal mostrou o comprovante de pagamento pelo aluguel dos acessórios praianos e disseram que os empreendedores merecem “cadeia”.

O espancamento ocorreu no último fim de semana, enquanto os mato-grossenses estavam de férias na praia pernambucana. Segundo eles, o desentendimento ocorreu por conta do valor divergente cobrado pela locação.

Por outro lado, ambulantes alegaram que ambos estavam alterados, se negaram a pagar pelo serviço e teriam agredido um dos comerciantes. 14 envolvidos foram identificados pela polícia da cidade e as barracas interditadas por uma semana.
Diante da repercussão de mais um capítulo do caso, o personal trainer, com rosto machucado, fez o vídeo desmentindo as acusações.

“Nós não chegamos alterados, não estávamos bêbados, não levados dois litros de whisky para a barraca de vocês. Sim, nós levamos meio livro de whisky porque não iríamos consumir a caipirinha de vocês porque estavam muito caras”, explicou a vítima.

Ele ainda diz que bebeu duas doses da bebida e foi para a água, logo em seguida houve a briga generalizada.

“Não nos negamos pagar, tanto é que está aqui o comprovante. Pagamos R$ 80 que nos cobraram e mais duas águas de coco, no valor de R$ 94”, descreve e expõe o comprovante de transferência. “Todos têm que ir para a cadeia, que é o lugar de vocês”, finalizou ao lado do companheiro, que reforçou o que foi dito.

 

A situação ganhou notoriedade nacional e muitos turistas relataram ter sofrido o mesmo abuso por parte dos ambulantes. O casal já anunciou que irá acionar a Justiça contra os envolvidos.

O caso
Os mato-grossenses Johnny Andrade e Cleiton Zanatta passavam férias em Porto de Galinhas quando houve o desentendimento na praia, uma das mais famosas do país.

 

Ambos chegaram ao local onde passariam o dia e logo foram abordados por trabalhadores das barracas de locação de cadeiras, mesas e guarda-sol. Foi acertado um valor, mas, segundo as vítimas, na hora de pagar o preço cobrado foi outro.

Ambos se sentiram lesados e disseram que não era aquele o combinado e que não pagariam o montante extra. Neste momento, foram agredidos por um grupo de ambulantes.

 

Os turistas só conseguiram sair da briga generalizada ao serem socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, os suspeitos avançaram sobre eles e foram contidos pelos militares. O boletim de ocorrência foi lavrado e as vítimas passaram por exames para dar prosseguimento à investigação.

Diante da violência, ambos encerraram as férias antes e retornam a Cuiabá.

GD


Antenado News