Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 11 de Setembro de 2025

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A Palavra - política

Ação movida por servidor exonerado da Câmara Municipal contra vereador Luis Costa é julgada improcedente



A ação que perdurou por quase quatro anos, na qual o ex servidor  Claudemar Gomes da Silva  acusava o vereador Luis Costa (PR), que na época falou em tribuna que vinha sofrendo perseguição e ameaças, o então  servidor do legislativo Claudemar Gomes se sentiu ofendido e buscava ser indenizado com 35 mil reais,  pela fala do  vereador em tribuna e também em  uma reunião interna entre os vereadores e servidores, na época foi revelado uma possível trama para conduzir coercitivamente o vereador na tentativa de manchar sua imagem, assunto tratado internamente, contudo o ex-servidor se sentiu ofendido e entrou na justiça.

O advogado deixou o serviço publico após responder um PAD –  Processo Administrativo Disciplinar na Câmara de Vereadores de Primavera do Leste.

O advogado de defesa Dr. Carlos Victor Alves Trampusch seguiu a linha de garantir os direitos garantidos na Constituição Federal   “Observância, no caso, dos limites previstos no art. 29, VIII, da Constituição: manifestação proferida no exercício do mandato e na circunscrição do Município”.

Na sentença o juiz alegou que as falas foram feitas em decorrência do exercício do mandato, “Nessa seara, entendo que tanto o primeiro pronunciamento do réu ocorrido na tribuna em data de 05/12/2015, como o segundo durante reunião realizada no dia 18/05/2016 se deu em razão e decorrente de pleno exercício do mandato, com críticas voltadas à atuação do Assessor das Comissões Permanentes, fazendo alusão à suposta ameaça sofrida por ele, decorrente de denúncias feitas em razão de supostas irregularidades cometidas no âmbito da Câmara dos Vereadores”.

Confira abaixo a sentença na íntegra

Sentença

PROJETO DE SENTENÇA

Processo n. 8011086-73.2016.8.11.0037

Promovente: CLAUDEMAR GOMES DA SILVA

Promovido: LUIS PEREIRA COSTA

Vistos, etc.

CLAUDEMAR GOMES DA SILVA ajuizou ação indenizatória por
danos morais contra LUIS PEREIRA COSTA, ambos qualificados nos autos.
Narra a inicial que o autor exerce o cargo comissionado de Assessor
das Comissões Permanentes junto à Câmara Municipal de Primavera do Leste/MT, desde 02/02/2015, além de atuar como advogado e ter sido ocupante de diversos cargos políticos.
Asseverou que o requerido, na qualidade de vereador, denunciou na
tribuna e à Polícia Civil que estaria sofrendo perseguição, tendo referida notícia sido veiculada na imprensa local “Jornal o Diário” e no “ClickF5”, em data de 23/03/2016.
Que apesar da denúncia não ter constado o nome do autor, o réu em
reunião realizada na sala da Presidência da Câmara Municipal em data de 18/05/2016, afirmou perante testemunhas que o requerente havia solicitado ao Delegado de Polícia Dr. Adriano Marcos Alencar, via WhatsApp, sua condução coercitiva, para colheita de seu depoimento acerca da matéria veiculada no CliqueF5, onde constou a acusação de que o vereador Josafá
retinha o salário de seus assessores, aduzindo, inclusive, que o autor havia ameaçado a servidora Mônica Cristina Kriese, que negasse tal fato.
Alega que ditas acusações são falsas, e que violam o seu direito de
personalidade, notadamente, em razão da função pública que o autor exerce e o prestígio que possui perante a sociedade local, o que por certo lhe causou intenso sofrimento e profunda mágoa.
Sustentou o direito à indenização por danos morais. Postulou a
condenação da requerida ao pagamento de indenização por dano moral.
Instruiu a inicial com documentos.
Tentada a conciliação, esta restou inexitosa (Id. 8179865).
O requerido ofertou contestação no Id. 8215194, refutando
integralmente as alegações do autor, salientando que na reportagem anexa a inicial não houve qualquer menção do nome do autor. Aludiu que suas opiniões estariam dentro da prerrogativa constitucional dada ao seu mandato, Id. 8215194.
O Requerente impugnou a contestação, rechaçando os argumentos
do Requerido e reiterando a pretensão pela procedência dos pedidos formulados, Id. 8301548.

Designada audiência de instrução, oportunidade em que foram
ouvidas as testemunhas arroladas pelo autor, bem como colhido o depoimento pessoal do autor, Id. 13732838.

É o relatório. Fundamento.  Decido.
Os atos praticados no âmbito de atuação do exercício e em
decorrência do mandato eletivo de vereador não ensejam reparação, via de regra, porque constitucionalmente protegido.
Da detida análise dos autos, vislumbra-se que o vereador, ora
requerido, proferiu o seu discurso durante a sessão ordinária realizada na Câmara de Vereadores, portanto, no limite da circunscrição do Município de Primavera do Leste/MT, onde exerce o cargo legislativo.

Igualmente, a segunda manifestação proferida pelo réu em desfavor
do autor se deu no ambiente da Câmara dos Deputados, a saber, na Sala da Presidência, em reunião realizada no dia 18/05/2016.

Nessa seara, entendo que tanto o primeiro pronunciamento do réu
ocorrido na tribuna em data de 05/12/2015, como o segundo durante reunião realizada no dia 18/05/2016 se deu em razão e decorrente de pleno exercício do mandato, com críticas voltadas à atuação do Assessor das Comissões Permanentes, fazendo alusão à suposta ameaça sofrida
por ele, decorrente de denúncias feitas em razão de supostas irregularidades cometidas no âmbito da Câmara dos Vereadores, por parte do vereador afastado à época, Josafá, que exigia dos assessores parlamentares indicados por ele a divisão de salários.

Por mais que tenha havido crítica pessoal, tenho que esta se deu em
razão da função pública exercida pelo autor, não extrapolando o réu o quanto lhe é constitucionalmente garantido a título de prerrogativa pelo munus público exercido, cuja atuação visa a atender à coletividade, sendo este o fim o qual o político deve alcançar no estado democrático de direito.
Igualmente, muito embora os veículos de comunicação tenham
utilizado o discurso proferido pelo vereador, cumpre anotar que as manifestações da política ocorreram dentro da Câmara de Vereadores, em sessão pública, no momento em que estava em tribuna e/ou em reunião na própria Casa de Leis, ou seja, na Sala da Presidência, não podendo o requerido responder pela propagação dada pela mídia.

Aliás, o Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do
Recurso Extraordinário nº 600.063/SP, em regime de repercussão geral (Tema n. 469), firmou entendimento de que “nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência com o exercício do mandato, os vereadores são imunes judicialmente por suas palavras, opiniões e
votos”.

Colhendo-se da ementa do referido julgado:
CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INVIOLABILIDADE CIVIL DAS OPINIÕES, PALAVRAS E VOTOS DE
VEREADORES. PROTEÇÃO ADICIONAL À LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
AFASTAMENTO DA REPRIMENDA JUDICIAL POR OFENSAS MANIFESTADAS
NO EXERCÍCIO DO MANDATO E NA CIRCUNSCRIÇÃO DO MUNICÍPIO.
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Vereador que, em sessão da Câmara, teria se
manifestado de forma a ofender ex-vereador, afirmando que este “apoiou a
corrupção […], a ladroeira, […] a sem-vergonhice”, sendo pessoa sem dignidade e sem moral. 2. Observância, no caso, dos limites previstos no art. 29, VIII, da Constituição: manifestação proferida no exercício do mandato e na circunscrição do Município. 3. A interpretação da locução “no exercício do mandato” deve prestigiar as diferentes vertentes da atuação parlamentar, dentre as quais se destaca a fiscalização dos outros Poderes e o debate político.

4. Embora
indesejáveis, as ofensas pessoais proferidas no âmbito da discussão política,
respeitados os limites trazidos pela própria Constituição, não são passíveis de reprimenda judicial. Imunidade que se caracteriza como proteção adicional à liberdade de expressão, visando a assegurar a fluência do debate público e, em última análise, a própria democracia. 5. A ausência de controle judicial não imuniza completamente as manifestações dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo Legislativo. 6. Provimento do recurso, com fixação, em repercussão geral, da seguinte tese: nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência com o exercício do mandato, os vereadores são imunes judicialmente por suas palavras, opiniões e votos. (RE 600063, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 25/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL
– MÉRITO DJe-090 DIVULG 14-05-2015 PUBLIC 15-05-2015).
E nas elucidações do douto Ministro do STJ, Luis Felipe Salomão,
quando do julgamento do REsp 1338010/SP, oportunamente manifestou:
Todavia, o mencionado artigo da Constituição Federal – art. 29, VIII –
é de clareza hialina no sentido de que a imunidade material dos vereadores não abrange as manifestações divorciadas do exercício do mandato, mas apenas aquelas que guardem conexão com o desempenho da função legislativa (prática in officio) ou tenham sido proferidas em razão dela (prática propter officium ), tendo o constituinte pretendido “garantir não só os ‘juízos de valor’ (opiniões), mas a violenta emoção exteriorizada nas ‘palavras’, afastando a configuração de eventuais crimes de difamação caluniosa ou atentado à honra e à imagem de outros políticos”
(MARTINS, Ives Gandra da Silva. A inviolabilidade dos vereadores em suas
opiniões. Boletim de direito municipal. São Paulo: Ned. NDJ Ltda., n. 9, setembro de 1997, p. 507).
Na mesma linha é a jurisprudência do E. TJ/RS, in verbis:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VEREADOR.
IMUNIDADE MATERIAL CONFIGURADA. INVIOLABILIDADE NO EXERCÍCIO DO MANDATO. ART. 29, VIII, CF/88. DANO MORAL. NÃO OCORRÊNCIA. Atos no âmbito de atuação do exercício e em decorrência do mandato eletivo de
vereador não ensejam reparação porque constitucionalmente protegido.
Entendimento sufragado pelo Pretório Excelso, no Recurso Extraordinário nº 600.063/SP, em repercussão geral (tema 469). Hipótese dos autos em que a situação examinada não autoriza direito à reparação moral, uma vez que verificado o nexo entre o exercício do mandato e as palavras proferidas pelo vereador, devendo prevalecer a inviolabilidade. Eventual excesso praticado pelo parlamentar deve ser submetido à jurisdição censória da respectiva Casa legislativa. Sentença reformada.
Precedentes jurisprudenciais. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível Nº
70073821217, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Tasso Caubi Soares Delabary, Julgado em 12/07/2017).
No julgamento do HC impetrado em favor de vereador piauiense,
decidiu o Supremo Tribunal Federal pelo reconhecimento da garantia constitucional da inviolabilidade, mesmo fora da tribuna da Câmara, vejamos:
HABEAS CORPUS. VEREADOR. JULGAMENTO. OFENSA AO
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA: TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. IMUNIDADE PARLAMENTAR. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE ENTRE O EXERCÍCIO DO MANDATO NA CIRCUNSCRIÇÃO DO RESPECTIVO MUNICÍPIO E AS OPINIÕES E PALAVRAS DO VEREADOR. PRECEDENTES DO STF. ORDEM CONCEDIDA. I – A Constituição do Estado do Piaui – à vista do que lhe concede a Carta da Republica (art. 125-§ 1º) – é expressa no dizer que compete ao tribunal de justiça processar e julgar, originalmente, nos crimes comuns e de responsabilidade, os vereadores (art. 123-III-d – 4). Julgamento em primeira instância ofende a garantia do juiz competente (art. 5º-LIII). A decisão em grau de recurso não redime o vício. II – A prerrogativa constitucional da imunidade parlamentar em sentido material protege o congressista em todas as manifestações que tenham relação com o exercício do mandato, ainda que produzidas fora do recinto da casa legislativa.
Precedentes do STF. Presente o necessário nexo entre o exercício do mandato e a manifestação do vereador, há de preponderar a inviolabilidade constitucionalmente assegurada (art. 29 – VIII da CF/88). Habeas corpus concedido para trancar a ação penal a que responde a paciente. (STF – HC: 74125 PI, Relator: FRANCISCO
REZEK, Data de Julgamento: 03/09/1996, Segunda Turma, Data de Publicação: DJ 11-04-1997 PP-12186 EMENT VOL-01864-04 PP-00819).
No julgamento de caso oriundo do estado de Mato Grosso do Sul,
por maioria, a Suprema Corte, prestigiou a garantia da inviolabilidade, remetendo a questão do excesso à apreciação da própria Câmara de Vereadores, nos termos do seu Regimento Interno.
A seguir a jurisprudência transcrita:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. VEREADOR. INVIOLABILIDADE
POR SUAS MANIFESTAÇÕES NO EXERCÍCIO DO MANDATO E NA
CIRCUNSCRIÇÃO DO MUNICÍPIO. IMUNIDADE MATERIAL ABSOLUTA.
INTERPRETAÇÃO DO INCISO VI DO ARTIGO 29 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1. Parlamentar. Inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos. Imunidade de ordem material. Garantia constitucional que obsta sua submissão a processo penal por atos que se caracterizam como delitos contra a honra, em decorrência de manifestações havidas no exercício das funções inerentes ao mandato e nos limites da circunscrição do Município que representa. 2. Excessos cometidos pelo vereador em suas opiniões, palavras e votos, no âmbito do município e no exercício do mandato. Questão a ser submetida à Casa Legislativa, nos termos das disposições regimentais. Recurso extraordinário conhecido e provido. (STF – RE: 140867 MS, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 03/06/1996, TRIBUNAL PLENO, Data de Publicação: DJ 04-05-2001 PP-00035 EMENT VOL-02029-04 PP-00817).
Nessa toada, tem-se que a imunidade material representa um
instrumento vital destinado a viabilizar o exercício independente do mandato representativo.
Assim, a improcedência do pedido indenizatório é de rigor.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado na
inicial, na forma do artigo 487, I, do Código de Processo Civil.
Sem custas nem honorários, em conformidade com o art.54 e art.55,
ambos da Lei 9.099/95. 

À consideração do Excelentíssimo Juiz de Direito do Juizado
Especial Cível da Comarca de Primavera do Leste para homologação conforme o artigo 40 da lei 9.099/95.

Após o trânsito em julgado, dê-se baixa nos autos.
Publicado e registrado no PJE.
Primavera do Leste, 22 de maio de 2019.
Janaina Manhani de Carvalho
Juíza Leiga
Vistos, HOMOLOGO, para que surtam seus jurídicos e legais efeitos, o
Projeto de Sentença da lavra do Juiz Leigo deste Juizado Especial.
Intimem-se as partes da sentença.
Primavera do Leste, 22 de maio de 2019.
Eviner Valério
Juiz de Direito



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cidade - esporte

Secretaria de Assitência Social entrega novos uniformes a alunos do Centro de Referência da Juventude (CREJU)


No total, foram 230 novos uniformes entregues, o que demonstra comprometimento da gestão, com atividades sociais e esportivas

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Autor: Vilmar Kaizer

Prefeito Sérgio Machnic e vice-prefeita Iva Viana participaram entregando pessoalmente os uniformes

A Secretaria de Assistência Social do município realizou na manhã desta quarta-feira, 10, na dependências do Centro de Referência da Juventude (Creju), no bairro São José, a entrega de novos uniformes esportivos para 230 crianças e adolescentes que participam das atividades. O prefeito Sérgio Machnic ajudou pessoalmente a entregar os uniformes, acompanhado pela vice-prefeita Iva Viana, secretária de Assistência Social, Tânia Carlotto e vereadores Herbert Vianna e Gislaine Yamashita.

O prefeito parabenizou a todos pela importância do trabalho social realizado no Creju e, falando às crianças reforçou a importância de participarem das atividades, por meio das diversas modalidades esportivas oferecidas. “Estamos fazendo de tudo para dar o melhor para vocês, possibilitando que cresçam da melhor forma possível como aluno, como atleta e como cidadãos. Sintam-se à vontade para virem participar das atividades”, frisou.

Sérgio Machnic alertou ainda sobre a importância da qualidade de vida, que é um dos ingredientes principais quando se pratica esporte e cada aluno só tem a ganhar, seja em meio ao projeto, na escola ou junto aos seus familiares. Ele reforçou o compromisso da gestão de ampliar investimentos para garantir que a juventude primaverense tenha oportunidades no esporte, na educação e na cultura.

A vice-prefeita Iva Viana, ressaltou a importância do esporte como ferramenta de educação e cidadania. “Vocês têm a oportunidade de aprender valores como disciplina e convivência. O uniforme é mais do que uma roupa, é incentivo ao crescimento pessoal e social. Não fiquem na rua, não fiquem em casa, mas venham participar das atividades que são oferecidas a vocês, com muito carinho”, destacou.

A secretária Tânia Carlotto lembrou que o projeto busca afastar os jovens das ruas, oferecendo atividades esportivas e acompanhamento social. O Creju atende atualmente dezenas de crianças e adolescentes em diferentes modalidades esportivas, fortalecendo o vínculo social e incentivando hábitos saudáveis. “Os uniformes são para que vocês venham participar das atividades do projeto e são uma forma de demonstrar a importância que cada um tem aqui dentro”, pontuou.

A vereadora Gislaine Yamashita compartilhou sua experiência como ex-professora de Educação Física e destacou o trabalho do professor Elias, responsável pelo projeto esportivo.

O vereador Herbert Viana lembrou que também quando criança, estudando na escola recebeu de forma semelhante um uniforme, entregue à época pelo então prefeito do município e reforçou a todos sobre a importância das atividades esportivas.


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Polícia

Réu é condenado a 61 anos por matar e queimar ex com o namorado em Saveiro


Valdinei Silva Santana, autor do femicídio contra a ex-mulher Gleiciane de Souza, 35, e homicídio contra o então namorado dela, Vanderson Alves Ficho, 35, foi condenado a 61 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão por matar e carbonizar os corpos dos dois. O Tribunal do Júri foi realizado na terça-feira (9), na cidade de Jaciara (144 km ao sul de Cuiabá). O caso tramitou em segredo de justiça e o julgamento se deu um ano e 3 dias após o crime.

Além dos crimes de homicídio qualificado contra o casal, que contabilizaram 33 anos pela morte da mulher e 17 anos do homem, somaram as qualificadoras de crime de destruição de cadáver, vilipêndio de cadáver, duplicados em razão de serem duas vítimas, e ainda dano qualificado, crime de incêndio, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e concurso material de crimes. Ao todo a pena chegou a 61 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão e 1 ano, 8 meses e 19 dias de detenção.

 

Os jurados consideraram Valdinei culpado pelos referidos crimes e a sentença, bem como cálculo de pena, foi proferida pelo juiz Ednei Ferreira dos Santos, da Comarca de Jaciara. A sentença será cumprida em regime inicial fechado.

 

Na época do crime, Valdinei chegou a publicar uma série de vídeos pedindo perdão aos filhos e familiares das vítimas pelo crime. Ele matou a tiros e carbonizou os corpos de Gleiciane e Vanderson em 6 de setembro de 2024, no Distrito de Celma, zona rural de Jaciara (144 km ao sul de Cuiabá).

 

Naquela noite, o criminoso foi até a casa da ex-mulher, com quem tem dois filhos e começou as agressões no local. Ela foi arrastada pela rua e baleada várias vezes até morrer ainda no local. Em seguida, ele levou o corpo da mulher até a porta da casa de Vanderson. O réu chamou e, assim que a vítima atendeu a porta, disparou um tiro no rosto. Ele também não resistiu e morreu no local.

 

Depois do crime, arrastou o corpo de Vanderson e colocou sobre o de Gleiciane, disparando mais tiros contra os dois na rua. Os corpos foram colocados numa Saveiro, queimada em seguida. A ação criminosa foi presenciada pelos filhos de Gleiciane, que também são filhos do suspeito. Valdinei fugiu para uma região de mata e foi preso dias depois. Ele afirmou que “foi tomado pela raiva e pelo ódio”.

 

“Cara, nunca imaginei passar por isso, o tanto que a gente conversava, tantos planos que a gente tinha com nossos filhos. Peço perdão a todos vocês, aos familiares, me perdoem do fundo do meu coração”, diz em vídeo. Já em outro vídeo, ele pede perdão diretamente para os filhos. “Bom dia, meus filhos, passando aqui para pedir perdão pelo que o pai fez. Eu amava tanto a sua mãe, vocês não imaginam. Tanta raiva, o pai acabou fazendo essa cagada e se arrepende tanto”, continua.

GD


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geral

Primavera do Leste terá Jornada Municipal de Segurança do Paciente


O evento acontece entre os dias 29 e 30 desse mês e deve contar com palestras e exposições de técnicos da área

O evento tem cunho técnico-científico e tem por objetivo reunir profissionais de saúde da rede pública e privada, gestores, coordenadores, alunos e docentes dos cursos técnicos e superiores

A Prefeitura de Primavera do Leste, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promove a 1ª Jornada Municipal de Segurança do Paciente: Integralidade com Foco no Cuidado Seguro, que irá reunir profissionais de saúde para debater os cuidados com os usuários do sistema público de saúde. O evento acontece entre os dias 29 e 30 desse mês e deve contar com palestras e exposições de técnicos da área.

O coordenador de Educação Permanente e membro do Núcleo de Segurança do Paciente da Secretaria Municipal de Saúde Antônio Marcos Moreira Aguilar explica que o evento tem cunho técnico-científico e tem por objetivo reunir profissionais de saúde da rede pública e privada, gestores, coordenadores, alunos e docentes dos cursos técnicos e superiores do município, para discutir e acompanhar palestras, bem como debater sobre os avanços relacionados a implementação das metas internacionais do cuidado seguro em todos os serviços de saúde.

“Nós temos dentro da Secretaria de Saúde o Núcleo de Segurança do Paciente que faz parte de uma política nacional instituída com a função de implementar as metas internacionais de cuidado seguro aos pacientes, que vão desde a Atenção Primária até os hospitais. A ideia é garantir um atendimento mais qualificado e seguro aos pacientes. E esse encontro tem por objetivo reunir profissionais da saúde dos diferentes segmentos para debatermos e avançarmos no tema”,  afirmou.

“Será um espaço aberto, coletivo, para debatermos o atendimento seguro, protocolos, como garantir uma assistência mais qualificada em todos os serviços de saúde. De ouvirmos e passarmos experiências”, completou.

A 1ª Jornada Municipal de Segurança do Paciente: Integralidade com Foco no Cuidado Seguro acontecerá no auditório do Primacredi e contará com a participação da Diretoria Executiva da Santa Casa de Rondonópolis, da Coordenação do Escritório Regional de Saúde, da Coordenação Estadual da Segurança do Paciente de Cuiabá e do Setor das Redes Assistenciais de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Albert Einstein.


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A Palavra - Opinião

Crônica Política – por Luis Costa: E a pré-candidata Yamashita


Crônica Política – por Luis Costa

Charge politica. Fotos Internet

A candidatura de Gislaine Yamashita continua patinando. Não decola, não empolga e, ao que tudo indica, não vai além do ensaio. E quando a situação já parecia difícil, aparece mais um na pista: o advogado Edmar de Jesus Rodrigues, ex-presidente da OAB de Primavera do Leste, decidiu se lançar pré-candidato a deputado federal. E, para surpresa geral, pelo MDB.

Edmar é amigo do prefeito Sérgio Machinic (PL). Se tivesse escolhido o PL, seria recebido de braços abertos. Mas não: preferiu o MDB e, com isso, senta à mesa ao lado de Léo Bortolin. A política, afinal, é feita dessas ironias — quem poderia estar no time do prefeito, acabou indo reforçar o adversário.

Enquanto isso, Yamashita insiste em acreditar que a proximidade com os Bolsonaro bastaria para garantir votos. Como se o eleitor fosse obrigado a apertar o número dela só porque ela tira foto sorridente ao lado da família presidencial. A realidade, porém, é cruel: o povo não engole discurso vazio. E a candidatura, que já nasceu frágil, agora patina sem freio.

Nos bastidores, comenta-se que ela teria o apoio do pastor Ary. Mas até aí, nada é tão certo: nem os fiéis parecem dispostos a obedecer dessa vez. A paciência anda curta, e a fé política, ainda menor. Yamashita coleciona mágoas dentro do próprio partido, atropela correligionários e desconsidera nomes de peso, como o deputado estadual Cattani. Resultado? Uma política de portas fechadas, alianças quebradas e promessas furadas.

No fim das contas, a cena lembra um baile mal organizado: a orquestra toca, mas a pista está vazia. Gislaine dança sozinha, sem par e sem aplausos. E como diz a velha máxima da política: quem dança sem companhia, dança para fora.

Segue o baile.


Antenado News