Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025

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Neri aposta em guinada de Pivetta e sugere aliança com Jayme



O ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal Neri Geller (Republicanos) defende que o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, busque o apoio do senador Jayme Campos (União Brasil) para compor um arco de aliança na disputa ao governo do Estado em 2026.

Apesar do congressista também mirar numa candidatura ao Executivo Estadual, Neri ponderou que o apoio de lideranças históricas como Jayme pode ser decisivo na consolidação de um projeto de continuidade da atual gestão estadual.

 

“O Pivetta tem que saber se comunicar com a sociedade durante o período eleitoral e construir um arco de aliança forte. Precisa conversar com lideranças importantes como o senador Jayme Campos… Eu tenho um grande respeito por ele, por tudo que ele fez por Mato Grosso e por tudo que ajudou o governador Mauro Mendes. Ele é um parlamentar respeitado e tem um histórico muito forte”, afirmou ao programa Roda de Entrevista (TV Vila Real, canal 10.1).

A declaração ocorre em meio aos primeiros movimentos de bastidores que já projetam possíveis nomes para a sucessão do governador Mauro Mendes, que conclui seu segundo mandato em 2026.

 

Neri reforçou que Pivetta possui experiência de gestão e trajetória política sólida, apesar das críticas sobre falta de carisma e popularidade. Segundo ele, esse tipo de avaliação costuma mudar durante as campanhas. “A hora que ele for para uma campanha eleitoral, eu não tenho dúvida de que ele tem condições de ganhar a eleição. E mais do que isso, tem condições de fazer uma grande gestão pelo Estado de Mato Grosso”, disse.

Embora defenda a aliança entre os dois, Neri também reconheceu a legitimidade de Jayme em pleitear uma candidatura ao governo, mas reforçou que a união será essencial para evitar fragmentação do grupo político. “Se não tiver a base toda alinhada, pode ter segundo turno. O Jayme tem legitimidade, mas acredito que vão conversar e chegar numa grande aliança”, concluiu.

GD



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TCE fará auditoria para saber se “emendas pix” foram benéficas à população de Mato Grosso


Presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, em reunião com o vice-presidente do TCU, ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira [Foto – Tony Ribeiro]
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai auditar os repasses federais feitos ao estado por meio das emendas parlamentares individuais de transferência especial, as chamadas “emendas pix”. A auditoria foi anunciada pelo presidente da instituição, conselheiro Sérgio Ricardo, durante a visita do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira (25), e integra uma força-tarefa nacional articulada com o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Sérgio Ricardo, em Mato Grosso, são 75 emendas que totalizam R$ 209 milhões. A apuração começa por três delas. “O TCU pediu ao TCE-MT que audite as emendas Pix e vamos fazer isso com independência e responsabilidade, porque a sociedade tem o direito de saber onde foi parar esse dinheiro. Nesse primeiro momento vamos apurar três transferências estimadas em R$ 33,2 milhões.”

Os recursos das emendas Pix, que somam bilhões de reais em todo o país, estão no centro de uma investigação nacional determinada pelo STF, que aponta a falta de critérios transparentes na destinação e aplicação das verbas. “As emendas têm valores significativos. Vamos saber para onde foram e o que resultou lá de benefício para a sociedade”, acrescentou o presidente.

Na ocasião, o vice-presidente do TCU destacou a importância da fiscalização em rede e da adaptação dos tribunais ao novo fluxo de tramitação das emendas. “Já é um trabalho feito pelos tribunais de contas, que continuarão exercendo seu papel de controle, se adaptando a esse novo fluxo de tramitação de recursos públicos, quer seja da esfera da União ou quando transferidos para os estados e municípios”, disse Jorge de Oliveira.

Transparência em foco

Sérgio Ricardo lembrou que desde 2024 o Tribunal já acompanha os debates sobre a transparência desses repasses por meio de iniciativas nacionais voltadas ao aprimoramento do controle externo. O órgão integra o Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), que avalia a publicação e a rastreabilidade das emendas parlamentares em todo o país, incluindo as chamadas transferências especiais.

“A decisão do Supremo reforça uma preocupação que já era nossa: garantir que a sociedade consiga acompanhar a destinação de cada centavo das emendas. A transparência não pode ser opcional quando se trata do poder público”, pontuou.

A expectativa é que os resultados da auditoria sejam encaminhados ao TCU nos próximos meses. A Controladoria-Geral da União (CGU) também foi acionada para auditar R$ 469 milhões em emendas parlamentares liberadas em 2024, e a Procuradoria-Geral da República deve apurar eventuais responsabilidades em caso de omissões, como a falta de cadastro dos planos de trabalho.

Emendas Pix

Em agosto de 2024, o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu a execução de emendas parlamentares, buscando sanar a falta de transparência e garantir a rastreabilidade no repasse dos recursos. O ministro é relator de quatro ações referentes à falta de transparência nas emendas (ADPF 854, ADIs 7688, 7695 e 7697).

Em fevereiro deste ano, um relatório do TCU apontou que, em todo o país, 81% das transferências feitas por meio das emendas Pix não permitem identificar com precisão o autor e o beneficiário final dos recursos. Diante disso, Dino determinou ao TCU uma nova rodada de auditorias sobre as transferências entre 2020 e 2024.

Uma das principais falhas identificadas é a ausência de cadastro dos planos de trabalho, condição básica para a liberação dos recursos. Mais de 6 mil emendas foram liberadas sem que estados e municípios registrassem o uso pretendido do dinheiro na plataforma Transfere.gov.br, o que compromete a transparência e a responsabilização dos gestores. Em abril, foi anunciado prazo de 90 dias para que municípios e estados prestem contas.

 


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