Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 22 de Abril de 2025

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Brasil

Apresentador Marcelo Rezende morre aos 65 anos



Em maio, jornalista revelou doença em entrevista ao ‘Domingo Espetacular’, da TV Record

Marcelo Rezende morreu neste sábado (16), em São Paulo, aos 65 anos, em decorrência de complicações de um câncer no pâncreas, que irradiou para o fígado. A informação foi confirmada pela RecordTV durante apresentação do programa “Cidade Alerta”, que já foi comandado pelo apresentador. O jornalista, que abandonou o tratamento com a medicina tradicional, chegou a ficar internado com pneumonia grave em um hospital na capital paulista, onde foi acompanhado por uma equipe médica. Diagnosticado em maio de 2017, após se sentir cansado, indisposto e sem apetite, o estado de saúde do apresentador se agravou bastante. O âncora do “Cidade Alerta” decidiu fazer um retiro espiritual de sete dias enquanto lutava contra a doença.

Jornalista manteve pensamento positivo e acreditou em sua cura

Em suas postagens nas redes sociais, Marcelo dizia que já se sentia curado, graças à fé. Ele, inclusive, falou em vídeo sobre sua recuperação. “Muita gente vive de boato, e no meu caso até entendo, porque não é toda hora que temos uma informação. O câncer que eu tenho tem altos e baixos, é como uma montanha-russa, mas o importante é que eu estou firme. E aí a cura vai chegar. eu tenho certeza dela, porque Deus está comigo, Deus está contigo”, comentou na ocasião. Nascido em 12 de novembro de 1951 no Rio de Janeiro, Rezende, além de ter cogitado voltar ao trabalho, fez planos para o futuro: “Cada momento que estou vivendo é um desafio. Tem horas que estou bem, tem horas que estou mal. Mas quando estou mal coloco minha cabeça em Deus. E eu tenho um objetivo. Na hora que eu superar, com a ajuda de Deus, tudo que estou passando, sei o que vou fazer da minha vida: ajudar cada vez mais aqueles que precisam, que não tem esperança, que buscam a cura e mostrar que o Espírito Santo está sempre presente na nossa vida. E nosso Pai há de cuidar de cada um. E é preciso ter fé.”

Apresentador morou com namorada após descobrir doença

Sempre muito discreto no que dizia respeito a sua vida pessoal, Rezende assumiu publicamente o namoro com Luciana Lacerda em junho deste ano. O casal, no entanto, estava junto desde fevereiro de 2016. Pai de quatro filhas e um filho, fruto de cinco relacionamentos diferentes, Marcelo passou a morar com a carioca, por quem foi homenageado com uma tatuagem, depois que descobriu a doença. Mãe da pequena Giovanna, ela mostrou apoio ao repórter, que ganhou também mensagens positivas de Geraldo Luís e Milton Neves.

Lembre a trajetória de Marcelo

Marcelo Luiz Rezende Fernandes iniciou sua carreira nos anos 70. Com mais de 40 anos de experiência, o jornalista trabalhou no “Jornal dos Sports” e, em seguida, conseguiu uma recolocação, na “Rádio Globo”. Logo depois, em 1972, o repórter foi convidado para trabalhar como copidesque no jornal “O Globo”, onde ficou sete anos. Marcelo passou ainda pela revista paulistana “Placar”, da Editora Abril. Lá, ele ficou oito anos e meio. Registro raro é sua participação no programa “Roda Viva”, da TV Cultura. Em 1987, Rezende chegou à televisão, na área de esportes da Rede Globo. Em 1999, no “Linha Direta”, horário nobre do canal, ele iniciou seu percurso como apresentador. No ano de 2010, na TV Bandeirantes, Rezende comandou o “Tribunal na TV”. Depois de deixar a TV Globo, em 2002, passou por três emissoras: Record, Band e RedeTV, onde apresentou o telejornal “RedeTV! News”. No “Cidade Alerta”, da Record, ele conseguiu se manter na TV e popularizar-se com bordões como “Corta pra mim!” e “Bota exclusivo, minha filha, dá trabalho pra fazer”. Por reestruturação na programação da emissora paulista, a primeira passagem dele pelo programa foi curta, entre 2004 e 2005. A segunda iniciou em junho de 2012. Desde então, ao lado do colega comentarista Percival de Souza, ele deu um novo tom ao formato.

 Terra.com

 



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Polícia

Polícia investiga esquema que já desviou mais de R$ 2 bi do FGTS


Quadrilha sacava dinheiro de trabalhadores com a ajuda de funcionários da Caixa; banco afirma ter devolvido dinheiro às vítimas.

A Polícia Federal descobriu um esquema que já movimentou pelo menos R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos, em todo o país. O golpe contava com a participação de funcionários da Caixa Econômica e tinha como vítimas, beneficiários de programas sociais e pessoas com direito ao FGTS e ao seguro-desemprego.

 

Eles não arrombam portas. Nem usam armas. São bandidos cruéis, que roubam de quem mais precisa. A maioria das vítimas é de beneficiários de programas sociais do governo federal, que fazem as movimentações pelo aplicativo Caixa Tem. Mas a fraude atinge também trabalhadores com saldo no FGTS e valores a receber do seguro-desemprego. Os criminosos ainda fazem deboche com o dinheiro das vítimas.

 

A Polícia Federal não revelou o nome do chefe da quadrilha. O Fantástico apurou que o golpista é conhecido como Careca. Os investigadores afirmam que ele organizava as operações de invasão das contas de beneficiários.

 

Careca foi preso ao lado de um comparsa, no Rio, em 2022, perto de uma agência da Caixa Econômica. A dupla conseguiu responder ao processo em liberdade, mas o notebook apreendido com eles revelou o esquema.

 

Era uma fraude sofisticada, movida por mecanismos digitais e acessos oficiais. A quadrilha só conseguiu aplicar o golpe tantas vezes por tanto tempo porque teve ajuda de gente de dentro.

A investigação mostrou que funcionários da Caixa repassavam dados sigilosos e fundamentais para que os criminosos invadissem o sistema do Caixa Tem e teve servidor envolvido que foi além: sacou dinheiro pessoalmente na boca do caixa a mando do grupo.

 

Pra montar a fraude, os criminosos acessavam – em páginas ilegais na internet – milhares de CPFs e passavam a identificar quem tinha benefícios ativos. Esses dados eram repassados aos funcionários da Caixa envolvidos no crime, que alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo ‘Caixa Tem’, substituindo os e-mails dos beneficiários por outros controlados pela quadrilha.

 

Assim, eles conseguiam gerar novas senhas. Com isso, os criminosos passavam a ter controle total sobre as contas. Faziam transferências por PIX, pagavam boletos ou sacavam o dinheiro.

 

Como os valores dos benefícios não são tão altos, para conseguir mais dinheiro, a quadrilha ficava sempre repetindo o golpe. Precisava acessar o sistema do ‘Caixa Tem’ centenas de vezes por dia. Para isso, usava um software que faz um computador funcionar como se fosse um celular. Neste caso, muitos celulares. O que permitia acessar e controlar muitas contas ao mesmo tempo.

 

Desde 2010, a Polícia Federal tem um serviço especializado no combate a esse tipo de crime. Esta semana, os agentes fizeram uma nova operação em 14 cidades do Rio de Janeiro e apreenderam celulares e computadores. A PF diz que muitas quadrilhas praticam esse golpe em todo o país.

“ A gente acredita que o fortalecimento dos setores de combate à fraude das instituições bancárias, notadamente da Caixa, é fundamental para isso. Esses setores, eles conseguem, de maneira online, identificar as fraudes e as incorreções que estão sendo feitas nas agências”, afirma o delegado da PF-RJ Pedro Bloomfield Gama Silva, que investiga o caso”.

“Nós estamos implementando mais sistemas, tanto de biometria quanto de monitoramento via inteligência artificial também, pra que faça um monitoramento preditivo das ações, pra que se diminua e que a gente possa chegar ao menor número possível de fraudes”, disse Anderson Possa, vice-presidente de Logística, Operações e Segurança da Caixa.

 

A Caixa reconhece que esses criminosos já conseguiram sacar R$ 2 bilhões de beneficiários nos últimos cinco anos e diz que o valor já foi devolvido às vítimas.

 

Quem sofre o golpe pode procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelo telefone de atendimento ao consumidor: 0800 726 0101.

 

Mesmo depois de desviar dinheiro de quem mais precisa, muitos criminosos seguem em liberdade. A Caixa afirma que os funcionários envolvidos no golpe foram demitidos. A polícia disse que eles e o restante da quadrilha estão respondendo em liberdade.

 


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