Vários pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) precisam de utilizar a bolsa de colostomia para o tratamento de saúde, porém o SUS nem sempre tem disponível, fazendo com que o paciente precise comprar para que seja realizado o tratamento, mas na maioria das vezes, não há recursos financeiros para a aquisição e o tratamento acaba sendo interrompido ou até nem iniciado.
Diante da situação, o vereador Luis Costa (PDT) foi procurado por inúmeros pacientes relatando a dificuldade de realizar um tratamento que exige a bolsa de colostomia, pois o SUS não oferta conforme a necessidade do paciente, existe todo um protocolo a seguir para a solicitação e mesmo assim não há garantias.
“Os procedimentos são realizados por pacientes que recebem atendimento em nosso município e também pelo estado, e vários já me reclamaram que é muito difícil adquirir a bolsa de colostomia e que a maioria acaba sem tratamento porque não tem condições de comprar. Sendo assim, estou indicando a aquisição pelo município da Bolsa de Colostomia, para que os nossos pacientes possam ter acesso e assim conseguirem ter um tratamento de saúde com mais dignidade”. Explica o vereador Luis Costa.
A indicação passou pela última sessão ordinária (22) e já foi enviada ao executivo como também a Secretaria de Saúde. O legislador espera que essa indicação possa ser atendida para que os pacientes que precisam da bolsa possam ter um tratamento eficiente e de qualidade.
Informações sobre a bolsa de colostomia
A bolsa de colostomia é um instrumento médico, normalmente utilizado em pacientes que realizaram a cirurgia de colostomia. Esse procedimento, na maioria dos casos, é realizado em quem sofre de doenças inflamatórias no intestino, câncer intestinal e problemas de saúde que exigem a amputação do reto.
O papel da bolsa é coletar o conteúdo fecal, facilitando o processo de evacuação do paciente e permitindo que as fezes sejam descartadas de maneira prática e higiênica. As bolsas de colostomia podem ser utilizadas de maneira temporária ou permanente, de acordo com a situação de cada paciente e as recomendações dos profissionais de saúde para cada caso.
O uso temporário costuma ser indicado pelos médicos aos pacientes que estão realizando tratamento paliativo de tumores na região colorretal ou para aqueles que possuem obstrução no intestino e não podem realizar a cirurgia definitiva. Em casos de diverticulite aguda grave, a bolsa de colostomia também pode ser útil, assim como para a proteção de anastomoses e controle de fístulas. Já entre as situações que podem exigir o uso permanente da bolsa são os casos de amputação do reto (normalmente provocadas por tumores malignos e avançados e traumas extensos), retocolite aulcerativa ou polipose adenomatosa.
Tipos de bolsa:
•Drenáveis: as bolsas drenáveis apresentam uma abertura na parte inferior, o que permite que a bolsa seja esvaziada sempre que necessário. Sua maior vantagem é a durabilidade, pois ao permitir que a bolsa seja trocada com menos freqüência, diminui o risco de causar lesões e ferimentos na região abdominal, onde a bolsa é conectada.
•Não drenáveis: por serem completamente fechadas, essas bolsas não podem ser esvaziadas, portanto, são descartáveis e precisam ser trocadas toda vez que o conteúdo ocupar 1/3 de sua capacidade. É preciso tomar cuidado para não acabar machucando a pele em volta do estorna ao realizar as trocas desse tipo de bolsa.
•Peça única: quando a bolsa de colostomia e a placa são uma peça só, ela é considerada um modelo de uma peça. Esse tipo tem duração média de três dias e, na maioria dos casos, é uma das opções mais acessíveis do ponto de vista financeiro.
•Duas peças: quando a bolsa coletora é uma peça individual, separada da placa, trata-se de um modelo com duas peças, em que a placa é fixada no abdômen e encaixada ao coletor. Esse modelo oferece mais facilidade na hora de realizar as lavagens da bolsa, o que deve ser feito após desencaixar o coletor da placa. Nada pode ser mais importante do que a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida.
Por isso, espero que nossos pacientes do SUS de Primavera do Leste que necessitar da bolsa de colostomia possa ter acesso de forma gratuita.
Assessoria