Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 15 de Julho de 2025

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Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT



Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.



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Região

Doação de bens inservíveis: Judiciário promove sustentabilidade e apoio social em Primavera do Leste


A Comarca de Primavera do Leste realizou a doação de 95 armários escaninhos (nichos), beneficiando três escolas, quatro creches e a cadeia pública do município. A iniciativa, que atende à pauta da sustentabilidade e economia circular, transformou bens inservíveis para o Judiciário em recursos úteis para a comunidade.

Os armários, que antes eram utilizados na Comarca para armazenar processos físicos, perderam sua utilidade com a plena implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe). A digitalização dos processos não apenas otimizou o trabalho e ampliou o espaço para os servidores, tornando o ambiente mais amplo e aconchegante, como abriu caminho para essa importante ação de reuso.

A doação ocorreu por meio do Edital 05/2025-DF, que convocou, em junho, diversas instituições, incluindo órgãos municipais, estaduais, federais, entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, reconhecidas de utilidade pública pelo Estado, e organizações da sociedade civil de interesse público, a manifestarem interesse em receber móveis e equipamentos não mais utilizáveis no âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso. A autorização para a doação dos bens inservíveis foi concedida nos autos do Pedido de Doação de Bens Inservíveis 118/2024.

Para a gestora-geral do Fórum da Comarca de Primavera do Leste, Ângela Borges de Oliveira, a ação demonstra o compromisso do Judiciário com a comunidade e o meio ambiente. “É gratificante ver que os armários, que não serviam mais para o Judiciário devido à transição para o PJe, agora estão guardando livros e materiais em escolas e creches, sendo de grande utilidade para as crianças e para a organização desses espaços. Essa iniciativa reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e o reuso, contribuindo para a economia circular e demonstrando que o que não tem mais uso para nós pode ser um recurso valioso para outros”, afirmou Ângela.

A medida não só contribui para a política de descarte consciente e reuso do Poder Judiciário, mas também fortalece a parceria com as instituições de ensino e segurança pública, gerando um impacto positivo direto na vida dos cidadãos de Primavera do Leste.

Cynara Gonçalves Santos é a diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Dione Pavin, e afirmou que os 21 armários destinados à instituição serão de grande utilidade para a organização dos materiais pedagógicos das crianças e também possibilitarão a criação de um espaço coletivo de leitura, o ‘Cantinho da Leitura’.

“Agradecemos ao juiz Alexandre Delicato Pampado e o Poder Judiciário por esta valiosa doação. Tivemos a felicidade de ter nosso requerimento atendido e os armários serão muito úteis para os materiais didáticos e para o nosso Cantinho da Leitura, que visa promover o acesso a diversos gêneros literários e estimular o gosto pela leitura desde cedo. Aproveitamos o ensejo para parabenizar a prática de doação implantada pela instituição. Bens que poderiam ficar ociosos hoje fazem a diferença na organização das salas de nossa unidade escolar e na criação de novos espaços, proporcionando ambientes mais acolhedores e colaborando diretamente com a nossa missão de bem servir a comunidade escolar”, declarou Cynara.

A diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Galileia, Lingli Giani Nunes, contou que sua instituição recebeu dez armários. Os móveis chegaram em boa hora e vão ajudar na organização dos materiais pedagógicos das crianças e na brinquedoteca. “Vamos colocar um armário em cada uma das dez salas de aula. Os demais serão destinados à brinquedoteca, onde criaremos um ‘Cantinho da Leitura’ e organizaremos os brinquedos que hoje estão em caixas. Isso vai proporcionar um ambiente mais organizado e acolhedor, pois antes não tínhamos armários suficientes para o volume de materiais e nem para organizar a brinquedoteca, um espaço que conseguimos este ano. Ficamos muito felizes quando a Ângela nos avisou sobre a doação, e toda a equipe da escola está contente com a utilidade que esses armários trarão”, afirmou.

Bens inservíveis no serviço público – são todos aqueles que não são mais usados, estão irrecuperáveis ou são antieconômicos. Para o Poder Judiciário de Mato Grosso (PJMT), armários e estantes são bens ociosos desde a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe), que aboliu todos os processos físicos. Por isso, as unidades judiciais ainda estão adequando seus ambientes de trabalho e por meio de editais públicos convocam instituições, órgãos municipal, estadual, federal, entidade pública ou privada, sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública pelo Estado e organização da sociedade civil de interesse público, para doar móveis e equipamentos não utilizáveis no âmbito do PJMT.

Por meio do Edital 05/2025-DF, foram distribuídos 95 armários e estantes para a Cadeia Pública, Escola Municipal de Ensino Fundamental Mauro Wendelino Weis, Escola Municipal de Ensino Fundamental Novo Horizonte, Escola Estadual Militar Tiradentes, Creche Municipal de Educação Infantil Sonho de Criança, Creche Municipal de Educação Infantil Dione Pavin, Creche Municipal de Educação Infantil Galileia e Creche Municipal de Educação Infantil Eliene Macedo dos Santos.

Marcia Marafon / Coordenadoria de Comunicação do TJMT


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