Coluna Política – Com quem será que o Bira vai ficar?

Vai depender… vai depender… vai depender de quem o pastor quiser.
Foto/Charge: Os pastores Ary Dantas e Fernando vereador Vado. Prefeito Sergio (PL) Bira, vereadora Gislaine e senador Welligton (PL), demostra a articulação em nome do Bira a busca de um partido e conversas com vários grupos políticos.
O empresário Ubiratan Ferreira, o Bira, surge como “ungido” para disputar uma cadeira de deputado estadual. Não foi fruto de militância política, nem de trajetória partidária sólida — mas de uma escolha feita no altar da Assembleia de Deus Madureira, comandada pelo pastor Ary Dantas, mestre na arte de articular bastidores, com apoio do presidente da igreja em Mato Grosso.
E aqui está o ponto incômodo: culto não é palanque. A lei é clara. Só que, na prática, a Madureira transformou a fé em instrumento de poder político. A ordem vem de cima: em Brasília, em Cuiabá, em Primavera. Pastores escolhem, a membresia aplaude e a conta vira “obediência espiritual”. Não se trata de livre escolha, mas de voto de cabresto com verniz religioso.
Quanto ao destino de Bira, Republicanos, Podemos ou PL estão no radar. A boa amizade com o senador Wellington Fagundes deve pesar. Mas não nos enganemos: a decisão não será do próprio Bira. Quem escolhe é o grupo, e o grupo tem dono.
Nos bastidores, o caldo engrossou. Vado, eleito graças ao pastor Ary, não pretende apoiar Bira. Está atrelado a Léo, que já cobrou sua fatura política. Afinal, em política não existe almoço grátis — e dizem que a discussão foi de portas batidas e vozes elevadas.
O curioso é que Bira até poderia ser um bom nome. Tem perfil de empresário, discurso de renovação e poderia representar a cidade com autonomia. Mas essa autonomia não existe quando o mandato nasce no púlpito. E aí fica a pergunta que não quer calar: se eleito, Bira será deputado da sociedade ou apenas mais um representante da vontade dos pastores?
E há mais: se a vereadora Gislaine Yamashita (PL) anda sonhando em pegar carona nos votos do Bira e da Madureira em Mato Grosso, pode acordar. Os pastores Fernandes e Dantas já enxergaram que essa candidatura não empolga nem em Primavera do Leste. Ou seja: para quem esperava embarcar de graça, a porta da condução já foi fechada.
Por enquanto, só uma certeza: o pedido do líder segue firme, disfarçado de bênção.

“Rouba, mas faz”

“Rouba, mas faz” é um bordão político brasileiro que se refere ao governante que, embora sendo corrupto (e reconhecido pela opinião pública como tal), também é visto como um bom feitor, alguém que ajudou a população. A expressão foi cunhada por Paulo Duarte em depreciação ao seu adversário político e ex-governador de São Paulo Ademar de Barros, cujos cabos eleitorais respondiam às acusações de corrupção reiterando suas obras, tendo ele a usado informalmente.  Com o tempo outros políticos receberam o estigma, como o ex-governador Paulo Maluf e o ex-presidente Lula.

Nem a NASA conseguira entender o brasileiro, só mesmo estudando algumas pessoas para quem sabe termos uma definição deste dito, “rouba, mas faz”, políticos de estimação ainda são venerados por parte do povo que não importam quanto custou a obra, de onde veio, ou para onde foi o dinheiro público, que em grande partes são gastos para interesses do grupo político que está no poder, e com dinheiro de todos, beneficia os “amigos da corte” e ainda usa para desqualificar quem eles julgam ser adversários políticos, e o povo ainda falam, “Rouba, mas faz”, “nunca antes na história desta cidade teve alguém que fez tantas obras”, porém ao verificar quem ganhou a licitação da obra e os valores, podemos nos assustar com custo que todos nós pagamos e nem sempre todos vão usufruir, já ficou comprovado o apadrinhamento em obras públicas onde todos levam sua parte, espere ai, todos os envolvidos, não toda a população, porém para os bajuladores que levam a imagem do político bonitinho, legal, bem intencionado que até gosta de pobres e reforçam o coro, “rouba, mas faz”.

As últimas eleições no Brasil demonstrou a insatisfação do brasileiro com roubos e esquemas a nível de Brasil que alimenta este sistema há anos, contudo parece que a mesma sensação de justiça não chega nos municípios, pois o adesivo, “Bolsonaro” está no veículo e este mesmo cidadão descumpres leis, como por exemplo beber e dirigir, violência doméstica e em seus municípios apoiam políticos que o partido a nível de Brasil, fez um estrago na nação para alimentar o sistema que saqueia todos.

Será que o cidadão da ponta gostaria de ter uma obra de encher os olhos, ou gostaria de ter direito a saúde, educação, cirurgias, uma cesta básica ou simplesmente o básico que significaria o papel e dever do poder público para atender todos e não os amigos do rei.

O sistema é usado sem dó para atender os interesses das gestões pelo país a fora e me assusta e causa revolta, enquanto alguns que se alimentam do nosso dinheiro suado pagos através dos impostos, que não vemos voltar quase nunca em benefícios para todos, e sim para quem está próximo ao chefe, com um só objetivo, também obter os benefícios do poder.

Devemos lutar contra as grandes e pequenas corrupções, que tenhamos sede de justiça para que cumpra em todo território onde quem praticar crimes contra nosso povo, vá para cadeia. E o povo, mude este frase “Rouba, mas faz”, ou seja faz por todos e para todos sem roubar.

 

Texto opinião coluna Com A Palavra

Luis Costa