Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

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Bandidos morrem em troca de tiros com a polícia no Primavera 3



Dois homens morreram e outros dois ficaram feridos, entre eles um policial militar, após um confronto entre bandidos e Polícia Militar e Civil, no Bairro Padre Onesto Costa, em Primavera do Leste, na madrugada desta quinta-feira (13). De acordo com informações do delegado Regional Rafael Fossari, a Polícia Civil já vinha monitorando os suspeitos, que tinham a intenção de vingar a morte do menor Vitor Gabriel. “As investigações iniciaram logo após a Polícia encontrar o corpo do menor Vitinho há dois dias. A partir da localização do corpo alguns amigos dele se colocaram no direito de querer vingar a morte do menor e ir atrás de pessoas que eles julgaram ser culpadas pela morte. Assim começaram a aterrorizar pessoas do Bairro Primavera III e a entrar em casas em buscas dessas pessoas que eles julgavam serem as culpadas”, explicou Fossari.

Depois de um monitoramento, a Polícia chegou até a uma residência no bairro Padre Onesto Costa, onde estavam cinco pessoas, e devido à alta periculosidade, a Polícia Civil pediu o apoio da Força Tática, que ao chegar a residência foi recebida a tiros, iniciando assim o confronto. Na troca de tiros, morreram Marcos Antônio Vieira de Oliveira – Vulgo Cebola e Luís Victor de Sa Cruz da Silva – Gordinho, um outro suspeito que não foi identificado foi baleado na coxa e encaminhado a Unidade de Pronto Atendimento – UPA . Durante a troca de tiros, um policial militar também foi ferido, mas não corre risco de morte. “Ele foi atingido no peito, mas como estava de colete o ferimento não foi grave”, ressaltou Fossari. O major Emmanuel da Polícia Militar ressaltou que é comum essas parcerias entre Polícia Militar e Civil. “Há tempos a Polícia Militar e Civil vem realizando operações integradas, tivemos presentes no local para fazer a parte da Polícia Judiciária, porém, da forma que fomos recebidos não nos restou outra alternativa”. De acordo com o delegado os homens mortos são considerados de alta periculosidade, integravam uma facção de criminosa e tinham uma extensa ficha criminal.

Informações Clique F5 /Jaqueline Hatamoto



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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