Primavera do Leste / MT - Sábado, 23 de Novembro de 2024

HOME / NOTÍCIAS

cidade

Alunos dos Cejas em MT temem que unidades sejam fechadas pela Seduc



Alunos dos Centros de Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso (Ceja) estão preocupados com o plano de reordenamento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Eles temem o fechamento dessas escolas, que se tornaram símbolo de inclusão. Os centros, 21 no total, trabalham com jovens, adultos, idosos, pessoas com necessidades especiais e imigrantes.  No Facebook, os estudantes estão gravando depoimentos em apelo pela manutenção das unidades.

A Seduc nega o fechamento de todas as unidades e diz que apenas algumas passarão por realocamento de estrutura, alunos e pessoal.

Em entrevista ao site RD News, o secretário Alan Porto, titular da pasta da educação no Governo, confirmou que pretende desativar algumas unidades do Ceja, mas sem divulgar quais. “Estive em Sorriso, só para citar um exemplo, e encontrei uma unidade onde havia poucos alunos nas salas e o que vamos fazer e remanejar esses alunos para que o prédio possa comportar outras turmas”, explica. Ele garante que não haverá redução de vagas.

Na manhã desta quarta (25), durante sabatina na Assembleia Legislativa (ALMT), Alan também trouxe que a Seduc pensa em “uma nova estrutura escolar para a atender a população de jovens e adultos”. Os estudantes dessas unidades serão transferidos para escola mais próxima. Na sede dos centros funcionará a Escola de Desenvolvimento Integral da Educação Básica (EDIEB).

O imbróglio com o reordenamento da Seduc vem após a determinação de fechamento das Escolas Estaduais Mercedes de Paula Sôda, Miguel Baracat e Hernandy Baracat de Arruda, além do Ceja Lícinio Monteiro da Silva, todas em Várzea Grande.

O plano de reorganização vem desde a gestão da ex-secretária Marioneide Kliemaschewsk, que fechou duas escolas sob o argumento de que estavam sem alunos (demanda) para atendê-los. Uma dessas unidades foi Escola Estadual Nilo Póvoas, com 50 anos de funcionamento e fechada sob forte protesto dos alunos, professores e técnicos. Na ocasião, outras cinco foram “municipalizadas”.

Vida transformada

A estudante Patricia Fontes começou a estudar no Ceja Almira Amorim Silva, na região do CPA, em Cuiabá, após um período trágico na sua vida – o sepultamento de sua filha. Ela disse que recebeu todo o suporte da equipe pedagógica e administrativa e diz que a escola mudou a sua vida. “Não fechem a nossa escola. Não destruam nossos sonhos, porque essa escolha mudou a minha vida”.

Também estudante no Ceja Almira, o deficiente visual Jeferson Lucas também destaca que a escola transformou sua vida. “Foi através do Ceja que voltei a sonhar e a realizar meus sonhos. Foi através do estudo que mudou minha vida”, declara. Ele, que ficou seis anos sem estudar, voltou a estudar em 2018, prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2019 e passou para fisioterapia.

“Eu peço encarecidamente que não feche a escola”, pede o estudante em em seguida questiona, “para quê cortar uma árvore que está dando fruto?”.

Outro depoimento é do imigrante Danilson Cabral Monteiro, natural de Cabo Verde, costa da África, país que também fala português. Desde 2014, ele é estudante no centro Cleonice Miranda da Silva, em Colíder. Ele diz a escola é como uma casa para ele. “Ceja para mim é minha casa, é minha vida. Não tem lugar melhor para gente estar do que aqui”, afirma.

Os Cejas têm como público jovens, adultos e idosos que abandonaram os estudos. Trabalha desde a alfabetização até a finalização do ensino médio, sendo um importante passo para aqueles que ainda sonham com um diploma universitário. É um espaço que também atende imigrantes e pessoas com necessidades especiais. Os estudantes referem a estas unidades com carinho, chamando não de escolas, mas de casas, já que se sentem muito acolhidos.

No escuro

Segundo a professora Samya Karla Lopes de Oliveira, do Ceja Almira, os centros ainda não sabem nada de concreto sobre o plano da Seduc para os centros de educação de jovens e adultos. “Oficialmente não tem nada ainda. O que estamos sabendo é o que está sendo divulgado no site [da secretaria]”, diz ao RD News.

Samya explica que o diferencial do CEJA é que, ao contrário do que se pensa, muitos estudantes jovens e adultos preferem estudar de manhã ou tarde. Eles trabalham nos demais turnos e buscam a escola, quando o sol ainda está a pino, para buscarem a formação escolar.

O mesmo ocorre para os alunos com necessidades especiais. Este é um público que frequenta as aulas do período matutino, já que os outros turnos são dedicados a medicação e acompanhamento médico. Caso contrário, eles podem ficar desassistidos de educação.

A Seduc ficou de apresentar o plano de reordenamento para os gestores dos 21 Cejas em Mato Grosso na tarde da quarta (25) passada, mas a reportagem do site apurou que a reunião foi remarcada para quarta desta semana, no dia 2 de dezembro. Antes do encontro, haverá uma audiência pública. A pasta também ficou de ouvir a comunidade escolar.

RD News



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

Região

Polícia ‘caça’ feminicida que matou companheira a golpes de picareta, em Rondonópolis,


Autor usou uma marreta e picareta para golpear a vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos


A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20.11), na cidade | PC-MT
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20), na cidade.

Francisca Pereira da Silva, de 38 anos, foi agredida dentro de casa, no bairro Jardim Vetorasso, no final da noite de quarta-feira, pelo companheiro, Antônio Sousa de Jesus, 57 anos. Ele usou uma marreta e depois uma picareta para desferir os golpes contra Francisca.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.

Francisco fugiu em uma motocicleta Honda CG 125, logo após o crime.

A equipe da DHPP está com as diligências para localizar o pedreiro. Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro de Francisco, pode entrar em contato com o disque denúncia da Polícia Civil, pelo 197, ou no telefone da DHPP: (66) 98156-0028.


HOME / NOTÍCIAS

Polícia

PF prende 3 e destrói máquinas usadas em garimpo ilegal em MT


A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA, a FUNAI e com a Polícia Civil, encerrou, nesta sexta-feira (22/11), uma ação de repressão a crimes ambientais e à ordem econômica nas Terras Indígenas Nambikwara e Vale do Guaporé, em Mato Grosso. A ação visou combater a extração ilegal de ouro e realizar a desintrusão de áreas atingidas pelos garimpeiros, inutilizando instrumentos e maquinários empregados na atividade de garimpagem ilegal.

A operação foi desencadeada a partir de uma informação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), relatando a presença de garimpeiros ilegais na região. Os suspeitos estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro e desmate de madeira.

Ao chegar no local, a equipe policial flagrou caminhões e tratores utilizados para realizar o desmate e transporte da madeira extraída, bem como, grande quantidade de madeira pronta para ser retirada da Terra Indígena.

Durante as ações de repressão à extração ilegal de madeira, foram apreendidos dois tratores, dois caminhões e cinco motos, sendo ainda inutilizados três tratores. Sete pessoas foram autuadas por infração ambiental.

Em continuidade aos trabalhos em campo, as equipes localizaram uma frente de garimpo ilegal no interior da TI Nambikwara. A polícia prendeu em flagrante três pessoas por porte ilegal de arma de fogo, extração ilegal de minério e usurpação de matéria prima da União. Outras 14 pessoas foram autuadas pelo Ibama por infrações ambientais.

Quanto aos instrumentos utilizados pelos criminosos, foram apreendidos seis veículos, uma escavadeira hidráulica e uma arma de fogo. Também foram inutilizadas no local outras quatro escavadeiras hidráulicas.

Após o encerramento das atividades em campo, todos os autuados serão relacionados na investigação em curso, cujo objetivo é identificar os financiadores das atividades ilegais.

Midia Jur


HOME / NOTÍCIAS

política

Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT


Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.


HOME / NOTÍCIAS

cidade

Servidores são alvos de operação que investiga aliciamento de eleitores indígenas para influenciar resultado de eleição em município de MT


Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.

Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.

A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.

Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte - MT

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT

Outros crimes eleitorais

 

Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.

Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.

Fonte: G1 MT


Antenado News