Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 15 de Dezembro de 2025

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Alunos dos Cejas em MT temem que unidades sejam fechadas pela Seduc



Alunos dos Centros de Educação de Jovens e Adultos de Mato Grosso (Ceja) estão preocupados com o plano de reordenamento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Eles temem o fechamento dessas escolas, que se tornaram símbolo de inclusão. Os centros, 21 no total, trabalham com jovens, adultos, idosos, pessoas com necessidades especiais e imigrantes.  No Facebook, os estudantes estão gravando depoimentos em apelo pela manutenção das unidades.

A Seduc nega o fechamento de todas as unidades e diz que apenas algumas passarão por realocamento de estrutura, alunos e pessoal.

Em entrevista ao site RD News, o secretário Alan Porto, titular da pasta da educação no Governo, confirmou que pretende desativar algumas unidades do Ceja, mas sem divulgar quais. “Estive em Sorriso, só para citar um exemplo, e encontrei uma unidade onde havia poucos alunos nas salas e o que vamos fazer e remanejar esses alunos para que o prédio possa comportar outras turmas”, explica. Ele garante que não haverá redução de vagas.

Na manhã desta quarta (25), durante sabatina na Assembleia Legislativa (ALMT), Alan também trouxe que a Seduc pensa em “uma nova estrutura escolar para a atender a população de jovens e adultos”. Os estudantes dessas unidades serão transferidos para escola mais próxima. Na sede dos centros funcionará a Escola de Desenvolvimento Integral da Educação Básica (EDIEB).

O imbróglio com o reordenamento da Seduc vem após a determinação de fechamento das Escolas Estaduais Mercedes de Paula Sôda, Miguel Baracat e Hernandy Baracat de Arruda, além do Ceja Lícinio Monteiro da Silva, todas em Várzea Grande.

O plano de reorganização vem desde a gestão da ex-secretária Marioneide Kliemaschewsk, que fechou duas escolas sob o argumento de que estavam sem alunos (demanda) para atendê-los. Uma dessas unidades foi Escola Estadual Nilo Póvoas, com 50 anos de funcionamento e fechada sob forte protesto dos alunos, professores e técnicos. Na ocasião, outras cinco foram “municipalizadas”.

Vida transformada

A estudante Patricia Fontes começou a estudar no Ceja Almira Amorim Silva, na região do CPA, em Cuiabá, após um período trágico na sua vida – o sepultamento de sua filha. Ela disse que recebeu todo o suporte da equipe pedagógica e administrativa e diz que a escola mudou a sua vida. “Não fechem a nossa escola. Não destruam nossos sonhos, porque essa escolha mudou a minha vida”.

Também estudante no Ceja Almira, o deficiente visual Jeferson Lucas também destaca que a escola transformou sua vida. “Foi através do Ceja que voltei a sonhar e a realizar meus sonhos. Foi através do estudo que mudou minha vida”, declara. Ele, que ficou seis anos sem estudar, voltou a estudar em 2018, prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2019 e passou para fisioterapia.

“Eu peço encarecidamente que não feche a escola”, pede o estudante em em seguida questiona, “para quê cortar uma árvore que está dando fruto?”.

Outro depoimento é do imigrante Danilson Cabral Monteiro, natural de Cabo Verde, costa da África, país que também fala português. Desde 2014, ele é estudante no centro Cleonice Miranda da Silva, em Colíder. Ele diz a escola é como uma casa para ele. “Ceja para mim é minha casa, é minha vida. Não tem lugar melhor para gente estar do que aqui”, afirma.

Os Cejas têm como público jovens, adultos e idosos que abandonaram os estudos. Trabalha desde a alfabetização até a finalização do ensino médio, sendo um importante passo para aqueles que ainda sonham com um diploma universitário. É um espaço que também atende imigrantes e pessoas com necessidades especiais. Os estudantes referem a estas unidades com carinho, chamando não de escolas, mas de casas, já que se sentem muito acolhidos.

No escuro

Segundo a professora Samya Karla Lopes de Oliveira, do Ceja Almira, os centros ainda não sabem nada de concreto sobre o plano da Seduc para os centros de educação de jovens e adultos. “Oficialmente não tem nada ainda. O que estamos sabendo é o que está sendo divulgado no site [da secretaria]”, diz ao RD News.

Samya explica que o diferencial do CEJA é que, ao contrário do que se pensa, muitos estudantes jovens e adultos preferem estudar de manhã ou tarde. Eles trabalham nos demais turnos e buscam a escola, quando o sol ainda está a pino, para buscarem a formação escolar.

O mesmo ocorre para os alunos com necessidades especiais. Este é um público que frequenta as aulas do período matutino, já que os outros turnos são dedicados a medicação e acompanhamento médico. Caso contrário, eles podem ficar desassistidos de educação.

A Seduc ficou de apresentar o plano de reordenamento para os gestores dos 21 Cejas em Mato Grosso na tarde da quarta (25) passada, mas a reportagem do site apurou que a reunião foi remarcada para quarta desta semana, no dia 2 de dezembro. Antes do encontro, haverá uma audiência pública. A pasta também ficou de ouvir a comunidade escolar.

RD News



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Administração Sérgio Machnic promove maior campanha de regularização fundiária de Primavera e transforma realidade de famílias da Vila União


Segundo o gestor, o resultado é fruto de um trabalho coletivo e comprometido que vem sendo realizado de modo ímpar pelas equipes

O prefeito também ressaltou que outras melhorias seguem no planejamento da gestão, tanto para a comunidade quanto em outras área

O domingo (14) ficará marcado na história da Vila União como o dia em que um sonho aguardado por mais de quatro décadas se tornou realidade. A Prefeitura de Primavera do Leste realizou a entrega de 23 títulos de posse definitiva por meio da regularização fundiária, garantindo às famílias da comunidade documentação oficial, segurança jurídica e tranquilidade para quem construiu sua vida no local ao longo de muitos anos.

 

A ação integra o amplo programa de regularização fundiária desenvolvido pela administração do prefeito Sérgio Machnic e da vice-prefeita Iva Viana, que vem avançando em diferentes regiões do município com o objetivo de assegurar dignidade, cidadania e o direito à moradia regularizada. O ato contou com a presença de vereadores, secretários municipais, defensor público, conselheiro da OAB, servidores públicos, moradores da comunidade e o doador da área, Miguel do Lago, foi representado pelo irmão, Daniel.

 

O prefeito Sérgio Machnic destacou que o momento simboliza muito mais do que a entrega de documentos.“Hoje, mais do que papéis, estamos entregando direitos. Estamos entregando segurança jurídica, tranquilidade e a realização de um sonho antigo dessa comunidade. Recebam o nosso respeito, a nossa alegria e a certeza de que a Vila União representa muito para esta gestão”, afirmou.

 

Segundo o gestor, o resultado é fruto de um trabalho coletivo e comprometido. “Esse avanço só foi possível porque temos um time presente e comprometido, que vai a campo, escuta a população e resolve. Aqui não tem enrolação: o que precisa ser feito, a gente faz. É assim que as coisas acontecem”, completou.

 

O prefeito também ressaltou que outras melhorias seguem no planejamento da gestão, tanto para a comunidade quanto em outras áreas. “Temos muito a fazer ainda nas áreas da saúde, pavimentação, iluminação e infraestrutura. Não se faz tudo de uma vez, mas se faz com planejamento, organização, diálogo e transparência com a população”, destacou.

 

A vice-prefeita Iva Viana reforçou que o foco da administração municipal é atender às reais necessidades da população. “Quando há organização, prevenção e compromisso, as ações acontecem. Hoje estamos garantindo dignidade com a entrega dos documentos e o direito à moradia, que é o que as pessoas precisam. Governar é cuidar das pessoas e fazer o bem todos os dias”, pontuou.

 

A secretária de Assistência Social, Alexssandra Ziliotto, destacou o empenho das equipes e o apoio da gestão municipal. “Esse é o resultado de um trabalho coletivo, construído com dedicação, persistência e diálogo com a comunidade. Nada disso seria possível sem a confiança e a liberdade que o prefeito Sérgio dá para que as equipes busquem soluções e entreguem resultados”, afirmou.

 

O secretário de Governo, Valfredo Rodrigues, ressaltou que a entrega dos títulos é resultado de um esforço contínuo da gestão municipal para atender uma demanda histórica da Vila União. Ele explicou que o processo exigiu o cumprimento de critérios legais e o trabalho conjunto de diversos setores. Valfredo agradeceu às equipes técnicas, à engenharia, ao apoio jurídico e aos vereadores, destacando que todos os apontamentos do cartório foram sanados e que a união entre os poderes foi fundamental para a conclusão do processo, garantindo segurança jurídica e dignidade às famílias beneficiadas.

 

O superintendente de Habitação, Everaldo Cabral, também enfatizou o significado da entrega. “Regularização fundiária é gratidão e justiça social. É garantir que essas famílias tenham o direito reconhecido sobre aquilo que sempre foi delas. Hoje estamos cumprindo um compromisso assumido com a comunidade”, declarou.

 

O líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Eraldo Fortes, destacou a importância do momento vivido pela comunidade da Vila União, ressaltando que a entrega dos títulos representa mais do que documentos, simbolizando dignidade, segurança e tranquilidade para as famílias. Eraldo parabenizou o prefeito Sérgio Machnic e toda a gestão municipal pela conclusão do processo de regularização fundiária, destacando o compromisso com a valorização das pessoas e o respeito à comunidade.

 

O Defensor Público, Rafael Cardoso ressaltou que a entrega dos títulos representa um momento histórico para a Vila União, pois o documento registra definitivamente a história e a luta da comunidade. Segundo ele, a regularização garante moradia digna, segurança jurídica e a possibilidade de realizar melhorias nos imóveis, além de assegurar que o patrimônio permaneça com as famílias e seus herdeiros. O defensor parabenizou a gestão municipal pela iniciativa.


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