Carlos Fávaro foi exonerado do cargo de ministro de Agricultura e Pecuária do Brasil e deve retornar ao senado federal e assumir a vaga que estava ocupada pela sua suplente Margareth Buzetti. A decisão assinada pelo presidente da república Luis Inácio Lula da Silva foi publicada na edição de segunda-feira (02) do Diário Oficial da União.
Conforme o decreto, a demissão foi a pedido do congressista, que é senador e deve retornar ao posto para participar de votações na Casa de Leis.
Fávaro é filiado ao Partido Social Democrático (PSD) e em 16 de novembro de 2022, foi nomeado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, como coordenador do Grupo Técnico de Trabalho da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Gabinete de Transição Governamental e em dezembro nomeado a ministro da agricultura.
Essa é a segunda vez que o senador pede para ser exonerado para retornar a casa de leis onde tem vários projetos.
Ainda segundo informações, o desentendimento começou após o estudante, que estava pilotando uma moto, invadir a pista contrária, onde os suspeitos estavam.
Um vídeo que está circulando nas redes sociais mostra um estudante de 17 anos sendo agredido por dois homens dentro da Escola Estadual Alda Gawlinski Scopel.
A situação aconteceu na última sexta-feira em Primavera do Leste.
De acordo com as informações da Diretoria Regional de Educação (DRE), os
suspeitos entraram na unidade de ensino sem autorização e começam as
agressões contra o aluno. Os acusados, ambos de 35 anos estavam alcoolizados e seguiram o adolescente nas imediações da unidade.
Assim que perceberam o ataque contra o jovem, servidores da escola separaram os três e prestaram atendimento ao aluno. Após isso, ficaram com o estudante até a chegada do pai do adolescente, que o levou até a delegacia para registrar a ocorrência.
Ainda segundo informações registradas no Boletim de Ocorrência (BO), o
desentendimento começou após o estudante, que estava pilotando uma moto, invadir a pista contrária, onde os suspeitos estavam. O jovem chegou a ser puxado do veículo, mas conseguiu escapar.
Os dois suspeitos seguiram o estudante até a escola, e além dele, agrediram outras pessoas que estavam na instituição.
Criança brincava quando caiu no buraco. Apesar do susto, ela passa bem
Uma bebê, de 1 ano e 9 meses, foi resgatada após cair em buraco de 4 metros de profundidade em uma obra, em Anápolis, na região central do estado de Goiás. O acidente aconteceu na tarde da última segunda-feira (2) em uma área privada onde está sendo construída uma casa no Jardim Itália. Apesar do susto, a menina passa bem.
Criança brincava quando caiu em buraco
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, acionado para atender a ocorrência, a menina estava brincando no local quando caiu no buraco que tem aproximadamente 4 metros de profundidade e 30 cm de diâmetro. Ao chegar no local, os militares verificaram que a menor estava presa, sem poder se mexer. Como a perfuração era muito estreita, não havia a possibilidade de um bombeiro entrar no buraco para retirar a criança.
Após muito esforço, as equipes conseguiram retirar a criança do buraco sem nenhuma lesão, mas chorando bastante. Apesar de ser socorrida consciente e não apresentar ferimentos aparentes, a criança foi encaminhada ao hospital para avaliação médica.
Segundo a corporação, o local estava aberto. Como o nome do responsável pela obra não foi divulgado.
3 pessoas, entre elas um menor de 17 anos, foram detidas por tráfico de drogas, em Primavera do Leste, na noite de sexta-feira (29). Comparsas conseguiram fugir e grande quantidade de droga foi apreendida no local.
Segundo informações da Polícia Militar, com a Operação Tolerância Zero as diligências foram reforçadas na cidade nos últimos dias. Em militares receberam informações do comércio de drogas em uma casa do bairro Vale Verde e realizaram a abordagem.
Com a chegada da polícia, alguns suspeitos conseguiram fugir, mas 3 foram detidos.
No ponto de tráfico os policias encontraram 12- Tabletes grandes de substância análoga à maconha, 42 porções de substância análoga à maconha, 16 porções de substância análoga a cloridrato de cocaína, 15 porções de substância análoga a haxixe, 3 tabletes grandes de substância análoga à pasta base de cocaína, além de material para a fabricação das porções, 2 falsas armas de fogo e uma espingarda de pressão.
O grupo foi levado para a delegacia da cidade e vai responder por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, desobediência, resistência e associação para o tráfico.
Autor usou uma marreta e picareta para golpear a vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20), na cidade.
Francisca Pereira da Silva, de 38 anos, foi agredida dentro de casa, no bairro Jardim Vetorasso, no final da noite de quarta-feira, pelo companheiro, Antônio Sousa de Jesus, 57 anos. Ele usou uma marreta e depois uma picareta para desferir os golpes contra Francisca.
A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.
Francisco fugiu em uma motocicleta Honda CG 125, logo após o crime.
A equipe da DHPP está com as diligências para localizar o pedreiro. Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro de Francisco, pode entrar em contato com o disque denúncia da Polícia Civil, pelo 197, ou no telefone da DHPP: (66) 98156-0028.
A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA, a FUNAI e com a Polícia Civil, encerrou, nesta sexta-feira (22/11), uma ação de repressão a crimes ambientais e à ordem econômica nas Terras Indígenas Nambikwara e Vale do Guaporé, em Mato Grosso. A ação visou combater a extração ilegal de ouro e realizar a desintrusão de áreas atingidas pelos garimpeiros, inutilizando instrumentos e maquinários empregados na atividade de garimpagem ilegal.
A operação foi desencadeada a partir de uma informação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), relatando a presença de garimpeiros ilegais na região. Os suspeitos estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro e desmate de madeira.
Ao chegar no local, a equipe policial flagrou caminhões e tratores utilizados para realizar o desmate e transporte da madeira extraída, bem como, grande quantidade de madeira pronta para ser retirada da Terra Indígena.
Durante as ações de repressão à extração ilegal de madeira, foram apreendidos dois tratores, dois caminhões e cinco motos, sendo ainda inutilizados três tratores. Sete pessoas foram autuadas por infração ambiental.
Em continuidade aos trabalhos em campo, as equipes localizaram uma frente de garimpo ilegal no interior da TI Nambikwara. A polícia prendeu em flagrante três pessoas por porte ilegal de arma de fogo, extração ilegal de minério e usurpação de matéria prima da União. Outras 14 pessoas foram autuadas pelo Ibama por infrações ambientais.
Quanto aos instrumentos utilizados pelos criminosos, foram apreendidos seis veículos, uma escavadeira hidráulica e uma arma de fogo. Também foram inutilizadas no local outras quatro escavadeiras hidráulicas.
Após o encerramento das atividades em campo, todos os autuados serão relacionados na investigação em curso, cujo objetivo é identificar os financiadores das atividades ilegais.
Grupo envolvido foi preso na Operação Gomorra. Esse mesmo grupo é investigado por ter contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso.
No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).
Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.
Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT
O que cada integrante fazia:
Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP
De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.
Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.
As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.
A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.
Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.
Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.
Entenda o caso
Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).
Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.
De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.
A investigação
Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.
A análise dos contratos, segundo o Naco, também evidenciou discrepâncias significativas nos valores de contratações semelhantes. Em um dos casos, foi identificado um aumento superior a R$ 9 milhões nas contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.
MUNICÍPIOS E VALORES DOS CONTRATOS EM INVESTIGAÇÃO
MUNICÍPIOS
VALORES
Prefeitura Municipal de Colniza
R$ 20,3 milhões
Prefeitura Municipal de Peixoto de Azevedo
R$ 17,1 milhões
Prefeitura Municipal de Diamantino
R$ 16,7 milhões
Prefeitura Municipal de Água Boa
R$ 16,6 milhões
Prefeitura Municipal de Primavera do Leste
R$ 15,9 milhões
Prefeitura Municipal de Campo Novo do Parecis
R$ 14,4 milhões
Prefeitura Municipal de Barra do Garças
R$ 13,1 milhões
Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães
R$ 10,7 milhões
Prefeitura Municipal de Novo São Joaquim
R$ 10 milhões
Prefeitura Municipal de Colíder
R$ 9,5 milhões
Prefeitura Municipal de Várzea Grande
R$ 9,3 milhões
Prefeitura Municipal de Brasnorte
R$ 9,2 milhões
Prefeitura Municipal de Campinápolis
R$ 9 milhões
Prefeitura Municipal de Barra do Bugres
R$ 8,6 milhões
Prefeitura Municipal de Rosário Oeste
R$ 8,3 milhões
Prefeitura Municipal de Poxoréu
R$ 8,1 milhões
Prefeitura Municipal de Vila Rica
R$ 7,8 milhões
Prefeitura Municipal de Poconé
R$ 6,6 milhões
Prefeitura Municipal de Jaciara
R$ 6,5 milhões
Prefeitura Municipal de Confresa
R$ 6,2 milhões
Prefeitura Municipal de Querência
R$ 5,9 milhões
Prefeitura Municipal de Aripuanã
R$ 5,5 milhões
Prefeitura Municipal de Planalto da Serra
R$ 5,4 milhões
Prefeitura Municipal de Alto Garças
R$ 5,3 milhões
Prefeitura Municipal de Vila Bela Da Santíssima Trindade
R$ 5,2 milhões
Prefeitura Municipal de Ribeirão Cascalheira
R$ 5,2 milhões
Prefeitura Municipal de Jangada
R$ 4,8 milhões
Prefeitura Municipal de Nova Xavantina
R$ 4,3 milhões
Prefeitura Municipal de Guarantã Do Norte
R$ 4,1 milhões
Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Leste
R$ 4,1 milhões
Prefeitura Municipal de Alto Boa Vista
R$ 4 milhões
Prefeitura Municipal de Luciara
R$ 3,7 milhões
Prefeitura Municipal de Ipiranga do Norte
R$ 3,6 milhões
Prefeitura Municipal de Bom Jesus do Araguaia
R$ 3,6 milhões
Prefeitura Municipal de Santa Rita do Trivelato
R$ 3,4 milhões
Prefeitura Municipal de Serra Nova Dourada
R$ 3,4 milhões
Prefeitura Municipal de São Pedro da Cipa
R$ 3,3 milhões
Prefeitura Municipal de Novo Santo Antônio
R$ 3,1 milhões
Prefeitura Municipal de São José do Rio Claro
R$ 2,8 milhões
Prefeitura Municipal de Barão de Melgaço
R$ 2,8 milhões
Prefeitura Municipal de Juscimeira
R$ 2,5 milhões
Prefeitura Municipal de União do Sul
R$ 2,5 milhões
Prefeitura Municipal de Pontal do Araguaia
R$ 2,5 milhões
Prefeitura Municipal de Santa Terezinha
R$ 2,4 milhões
Prefeitura Municipal de Nobres
R$ 2,4 milhões
Prefeitura Municipal de Pedra Preta
R$ 2,1 milhões
Prefeitura Municipal de Alta Floresta
R$ 2,1 milhões
Serviço de Saneamento Ambiental de Águas do Pantanal
R$ 2 milhões
Prefeitura Municipal de Juruena
R$ 2 milhões
Prefeitura Municipal de Dom Aquino
R$ 1,7 milhões
Prefeitura Municipal de Lambari D’oeste
R$ 1,6 milhões
Prefeitura Municipal de Matupá
R$ 1,6 milhões
Prefeitura Municipal de Juara
R$ 1,5 milhões
Prefeitura Municipal de Nova Santa Helena
R$ 1,5 milhões
Prefeitura Municipal de Itaúba
R$ 1,5 milhões
Prefeitura Municipal de Nossa Senhora do Livramento
R$ 1,4 milhões
Prefeitura Municipal de Novo Mundo
R$ 1,3 milhões
Prefeitura Municipal de Figueirópolis D’oeste
R$ 1,3 milhões
Prefeitura Municipal de Juína
R$ 1,2 milhões
Câmara Municipal de Cuiabá
R$ 1,1 milhões
Prefeitura Municipal de Porto Alegre do Norte
R$ 1,1 milhões
Prefeitura Municipal de Araputanga
R$ 1,1 milhões
Prefeitura Municipal de Alto Taquari
R$ 1,1 milhões
Prefeitura Municipal de Paranatinga
R$ 1 milhão
Prefeitura Municipal de Araguainha
R$ 1 milhão
Prefeitura Municipal de Nova Ubiratã
R$ 1 milhão
Prefeitura Municipal de Conquista D’oeste
R$ 990 mil
Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Xingu
R$ 846 mil
Prefeitura Municipal de Canabrava do Norte
R$ 831 mil
Prefeitura Municipal de Cáceres
R$ 804 mil
Câmara Municipal de Rondonópolis
R$ 708 mil
Prefeitura Municipal de Santo Afonso
R$ 701 mil
Prefeitura Municipal de Porto Esperidião
R$ 648 mil
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Chapada dos Guimarães
R$ 417 mil
Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande
R$ 374 mil
Prefeitura Municipal de Ponte Branca
R$ 315 mil
Prefeitura Municipal de Sapezal
R$ 299 mil
Prefeitura Municipal de Nova Brasilândia
R$ 295 mil
Prefeitura Municipal de Santo Antônio do Leverger
R$ 159 mil
Prefeitura Municipal de São José dos Quatro Marcos
Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.
Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.
A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.
Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.
Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT
Outros crimes eleitorais
Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.
A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.
Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução
Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.
Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, entregou, nesta terça-feira (05.11), 47 aparelhos celulares apreendidos na Penitenciária Central do Estado (PCE) ao Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT).
A doação foi autorizada pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais da capital. Os celulares novos e acessórios foram apreendidos na unidade prisional em agosto de 2022.
Conforme a investigação da GCCO, os aparelhos foram apreendidos em um veículo de uma empresa que estava prestando serviço dentro da penitenciária.
O caminhão era conduzido por um reeducando e foi abordado por policiais penais, que encontraram uma caixa de ferramentas onde estavam escondidos os smartphones, acessórios e chips de telefonia.
Com base na apuração, a GCCO representou ao juízo do Nipo para a doação dos aparelhos, argumentando a origem desconhecida e ilícita. O Ministério Público se manifestou favorável à doação, que foi feita ao projeto de expansão e interiorização da educação superior e inclusão digital e redução de desigualdades conduzido pelo IFMT.
A doação foi entregue nesta terça-feira pela equipe da GCCO ao reitor da instituição federal de ensino, professor Júlio César dos Santos.
O delegado da GCCO, Gustavo Belão, argumenta que os aparelhos passaram por análise da equipe de investigação e não foram encontradas informações úteis, portanto, sendo mais útil a doação para uso, uma vez que com o passar do tempo, os telefones ficam desatualizados, podendo se tornar inservíveis.
“Com grande satisfação, vemos mais um reflexo do trabalho incansável da Polícia Civilque combate diariamente o crime organizado de maneira sistemática e integrada. Estes aparelhos celulares, anteriormente destinados a atividades ilícitas no interior da Penitenciária Central do Estado, agora assumem um novo papel: serão ferramentas de inclusão digital e apoio à educação dos alunos do IFMT. Este é um simbolismo poderoso na nossa luta contra o crime organizado, onde os instrumentos de transgressão são transformados em recursos educacionais, fomentando a inclusão e promovendo a redução das desigualdades sociais”, pontuou o delegado titular da GCCO.
Conforme a coordenação do projeto, os aparelhos celulares serão destinados a atender pessoas em condição de vulnerabilidade social.
O ex-procurador da República e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) revelou em suas redes sociais e em seu canal no Youtube que as investigações de venda de sentenças contra ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) devem “acabar em pizza”. Segundo ele, o ministro Cristiano Zanin, que conduz o caso no Supremo Tribunal Federal (STF), já teria comentado nos bastidores que não vê indícios de participação de ministros do STJ nos esquemas de venda de decisões judiciais.
Um possível esquema de venda de sentenças na corte superior surgiu com a apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, morto no dia 5 de dezembro de 2023 quando saía de seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Durante as investigações que poderiam levar a Polícia Civil a chegar aos assassinos, foram descobertos fraudes possivelmente cometida pelo advogado, em conjunto com lobistas, servidores do Judiciário e até magistrados.
Inclusive, a morte do advogado teria como motivação a proximidade do jurista com um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, responsável por julgar um caso de desapropriação de terras no Estado. O celular do advogado foi apreendido e os dados repassados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar eventuais ilícitos cometidos por magistrados.
O aparelho telefônico de Zampieri se tornou uma verdadeira “bomba relógio”. Os dados dele já geraram os afastamentos dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, ambos do TJMT, do juiz Ivan Lúcio do Amarante, da comarca de Vila Rica, e ainda de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Reportagens em âmbito nacional apontam ainda que Zampieri em conluio com lobistas com atuação em Mato Grosso e Brasília teria interferido em decisões de ministros do STJ. Por conta do foro privilegiado, essas investigações foram levadas ao STF, sob relatoria de Cristiano Zanin.
Ontem, reportagem do portal PlatôBR, que tem acompanhado o caso de perto, gerou o comentário de Deltan Dallagnol, que foi o principal procurador da Operação Lava Jato. Ele prevê que o caso, apesar das evidências, não deve gerar qualquer tipo de sanção aos ministros, podendo ser até anulado.
“O mais provável é que esse caso de corrupção do Judiciario seja totlamente anulado. Ou então, seja arquivado em relação aos ministros, que são os poderosos, que são os tubarões, enquanto que aquela arraia miúda, os peixinhos pequenos, que são os assessores dos ministros, vão todos pagar o pato”, falou o ex-procurador, sem citar qualquer nome, além do relator do caso no STF.
Para Dallagnol, essa situação reforça a tese de que o Brasil é o “país da impunidade”, onde ele relembra a Operação Lava Jato, que levou políticos e empresários à cadeia, mas que está sendo praticamente anulada pelo STF.
“A impunidade é regra em casos de corrupção e não a exceção, principalmente em relação aos poderosos. Quanto mais você sobe na escala de poder, menor a probabilidade de que sejam punidos”, ironizou.
Em relação ao caso de venda de sentenças obtidos a partir da apreensão do celular de Zampieri, o ex-procurador admite que não existem provas cabais contra os ministros. Todavia, a expectativa que tem é de que o caso seja arquivado sem sequer er uma investigação aprofundada.
“Até agora não surgiram provas robustas de ministros do STJ no esquema, mas tem alguns indícios preocupantes e que merecem ser investigados, como relatório do Coaf indicando que um ministro do STJ recebeu dinheiro de um dos lobistas do esquema”, pontuou, reforçando que o caso deve ser mais um esquema de corrupção impune no país.
“Quem vai dar a palacra final sobre tudo é claro que é a Justiça. E todos tem que ser considerados inocentes até o trânsito e julgado da condenação criminal, que nunca acontece no Brasil”, acrescentou.
O ex-procurador opinou que é praticamente impossível um esquema de venda de decisões ocorrer numa corte superior se limitando a assessores de gabinete, sem o conhecimento dos ministros.
“Considerando aquilo que a gente escuta nos tribunais, em relação a alguns desembargadores, parece muito improvável que existisse um esquema de corrupção amplo desses no coração do STJ envolvendo a venda de decisões judiciais por cifras milionárias em vários gabinetes, inclusive com entrega de decisões antes delas serem proferidas e depois elas são publicadas exatamente iguais àquelas entregues pelos lobistas sem que nenhum ministro do Tribunal soubesse ou participasse disso. Me parece muito improvável que seja uma coisa só de assessores”, assinalou.