Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 2025

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Em 160 dias foram registrados pela Polícia Civil de Primavera do Leste 10 homicídios



Os dados foram registrados entre 1º de janeiro até dia 9 de junho deste ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, as estatísticas continuam a mesma. As motivações que levam ao crime de homicídio também não mudaram a maioria ainda é acerto de contas em relação ao tráfico de drogas. Ainda falando de Primavera do Leste, em relação a mortes até o período dito acima, foram registrados 12 ocorrências, sendo que duas foram latrocínio (roubo seguido de morte).
Primavera do Leste é polo regional da Polícia Civil (PC) e atende os municípios de Paranatinga, Poxoréu, Santo Antônio do Leste, Campo Verde, Gaúcha do Norte e distrito de Santiago do Norte. No período também de 1 de janeiro até 9 de junho, foram registrados 20 homicídios em toda regional, no ano passado no mesmo período foram 26 homicídios, uma queda nos números.
De acordo como delegado da Delegacia Municipal, Rafael Diniz Garcia, mais da metade dos homicídios cometidos já foi constada a autoria, mas o que impede a conclusão rápida dos casos, é a burocracia. “O nosso maior problema é desenrolar os processos, tudo é muito burocrático e lento, às vezes demora até anos para resolver, porque temos que ouvir testemunhas e todos envolvidos, mas para isso dependemos das decisões judiciais que são demoradas para sair”. Menciona o delegado.
O delegado aponta ainda que a maioria dos crimes é praticado por menores, e o estado de Mato Grosso não tem estrutura nos poucos Socioeducativos para receber tantos menores infratores. “Hoje 98% dos menores infratores são liberados depois de cinco dias apreendido na Delegacia. Eles cometem o crime e infelizmente não existe uma medida rápida punitiva para esses menores infratores e assim eles voltam para as ruas”. Afirma Diniz.
Na tentativa de dar mais agilidade aos trabalhos a Polícia Civil na cidade e nos municípios que compõem a regional, os delegados decidiram trabalhar em conjunto, para dar mais andamento nos processos.
“Em 2013 e 2014 só em Primavera do Leste foram mais de 45 homicídios por ano, e naquela época ainda não estava aqui. Quando eu cheguei para trabalhar na cidade, juntamente com os delegados Rafael Fossari, que hoje é delegado regional de Primavera do Leste e o Adriano Alencar que é atualmente delegado em Barra do Garças, decidimos traçar um plano de ação, uma estratégia, para que assim conseguíssemos diminuir os índices e desenvolver um bom trabalho para comunidade”. Pontua o delegado Diniz.
O trabalho de inteligência e investigação deu certo porque no ano seguinte os números caíram pela metade. Além da parceria entre as Delegacias Municipal, De Roubos e Furtos (DERF) e Regional, os delegados na época decidiram voltar com o plantão de homicídios.
“O plantão de homicídios faz toda a diferença para uma investigação, antigamente existia, mas foi extinto, não sabemos o motivo, mas o importante é que hoje funciona muito bem. Quando acontece um homicídio e nossa equipe chega ao local do fato imediatamente, conseguimos apurar com as testemunhas os fatos e também acompanhamos a perícia e isso é um diferencial para concluir o caso depois”. Ressalta o delegado.
Outro ponto dito pelo delegado Diniz, é em relação à estrutura física e de pessoal que melhorou muito nestes últimos anos. “Quando cheguei a Primavera do Leste, em dezembro de 2014 eu trabalhei segurando três Delegacias com um investigador, uma viatura da Polícia Militar e dois soldados militares, hoje a nossa estrutura faz diferença no combate ao crime organizado”. Explica Diniz.
Em 2016 a Polícia Civil recebeu novos investigadores e escrivãs, e a Polícia Militar recebeu mais soldados. Todos estes policiais estavam em formação e treinamento e muitos vieram para Primavera do Leste. Hoje também a Delegacia Municipal funciona em um novo prédio que fica na Avenida Rio de Janeiro e é considerado um dos melhores do estado, tem uma estrutura adequada ao atendimento policial.
Homicídios registrados em Primavera do Leste
1-O primeiro homicídio do ano registrado foi no dia 3 de março, na Avenida Florianópolis no bairro Centro Leste. Paulo Henrique de 18 anos, conhecido como Paulinho da BH, foi morto com três tiros disparados pelo corpo da vítima. Um dos tiros acertou sua cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
2-No dia 12 de março, Lucas Oliveira Santos de 17 anos foi encontrado morto na Rua Amoreira que fica no bairro Buritis. Lucas estava andando de bicicleta na noite anterior quando foi cercado por alguns homens que dispararam sete tiros. Lucas morreu no local.
3- O terceiro homicídio do ano foi registrado no dia 21 de março. Leandro de Souza Araujo, de 20 anos, foi morto com três tiros no Bairro Primavera III. Segundo informações ele teria brigado com o primo dias antes. Mesmo depois, o primo pulou o muro da casa da vítima e realizou os disparos. Leandro morreu no local.
4-O quarto homicídio do ano aconteceu no dia 24 de março, na Avenida Belo Horizonte. Robson Souza Santos, de 27 anos, foi atingido por quatro disparos de arma de fogo. Dois tiros nas costas e dois na cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Ele teria saído da Cadeia Pública há quatro dias.
5- No dia 24 de abril, Gustavo Pereira da Silva de 16 anos foi morto no Bairro Primavera III. A vítima estava em uma das ruas quando passou um motoqueiro e efetuou vários disparos de arma de fogo. A vítima foi atingida com dois tiros no braço esquerdo, um no tórax e outro na clavícula. O menor morreu no local.
6- Neuci Rocha Tomazi, conhecido como Russinho, de 31 anos, foi morto com quatro tiros no Bairro Gnoato. Segundo populares, houve uma queda de energia na região, e neste momento um motoqueiro passou pelas ruas, e realizou os disparos. Neuci não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
7-No dia 2 de maio foi registrado mais um homicídio, na Rua Manjericão no bairro Pioneiro. Hélio de Souza Brito, de 35 anos, estava sentado na calçada quando dois homens em uma moto dispararam três tiros contra a vítima, um na cabeça e dois nas mãos. A vítima foi atendida pelo Samu e encaminhada para UPA, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
8- Renato Rodrigues Crutznann, de 27 anos, foi encontrado morto na beira do Rio das Mortes, 37 Km de Primavera do Leste, sentido Paranatinga, no dia 6 de maio. Segundo a perícia, a vítima foi morta com três tiros de espingarda calibre 12, e cortes profundos na região da barriga e tórax.
9- Um moço de 19 anos, conhecido como Misterjhon Delmom, foi morto no bairro Gnoato por disparo de arma de fogo. O homicídio aconteceu no dia 17 de maio. O jovem morreu no local.
10- No dia 4 de junho, Flavio da Silva Santos, de 24 anos foi morto com um tiro na cabeça que atravessou o olho esquerdo. A Vítima estava em uma chácara próxima da cidade quando um veículo chegou com um suspeito e efetuou o disparo. A vítima morreu no local.



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Brasil

Em vídeo, turistas agredidos refutam ambulantes; ‘merecem cadeia’


Os turistas Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, agredidos na praia de Porto de Galinhas, retornaram a Cuiabá nesta terça-feira (30) e negaram todas as acusações feitas por donos de barracas suspeitos de envolvimento na violência. Em vídeo gravado ainda no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, o casal mostrou o comprovante de pagamento pelo aluguel dos acessórios praianos e disseram que os empreendedores merecem “cadeia”.

O espancamento ocorreu no último fim de semana, enquanto os mato-grossenses estavam de férias na praia pernambucana. Segundo eles, o desentendimento ocorreu por conta do valor divergente cobrado pela locação.

Por outro lado, ambulantes alegaram que ambos estavam alterados, se negaram a pagar pelo serviço e teriam agredido um dos comerciantes. 14 envolvidos foram identificados pela polícia da cidade e as barracas interditadas por uma semana.
Diante da repercussão de mais um capítulo do caso, o personal trainer, com rosto machucado, fez o vídeo desmentindo as acusações.

“Nós não chegamos alterados, não estávamos bêbados, não levados dois litros de whisky para a barraca de vocês. Sim, nós levamos meio livro de whisky porque não iríamos consumir a caipirinha de vocês porque estavam muito caras”, explicou a vítima.

Ele ainda diz que bebeu duas doses da bebida e foi para a água, logo em seguida houve a briga generalizada.

“Não nos negamos pagar, tanto é que está aqui o comprovante. Pagamos R$ 80 que nos cobraram e mais duas águas de coco, no valor de R$ 94”, descreve e expõe o comprovante de transferência. “Todos têm que ir para a cadeia, que é o lugar de vocês”, finalizou ao lado do companheiro, que reforçou o que foi dito.

 

A situação ganhou notoriedade nacional e muitos turistas relataram ter sofrido o mesmo abuso por parte dos ambulantes. O casal já anunciou que irá acionar a Justiça contra os envolvidos.

O caso
Os mato-grossenses Johnny Andrade e Cleiton Zanatta passavam férias em Porto de Galinhas quando houve o desentendimento na praia, uma das mais famosas do país.

 

Ambos chegaram ao local onde passariam o dia e logo foram abordados por trabalhadores das barracas de locação de cadeiras, mesas e guarda-sol. Foi acertado um valor, mas, segundo as vítimas, na hora de pagar o preço cobrado foi outro.

Ambos se sentiram lesados e disseram que não era aquele o combinado e que não pagariam o montante extra. Neste momento, foram agredidos por um grupo de ambulantes.

 

Os turistas só conseguiram sair da briga generalizada ao serem socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, os suspeitos avançaram sobre eles e foram contidos pelos militares. O boletim de ocorrência foi lavrado e as vítimas passaram por exames para dar prosseguimento à investigação.

Diante da violência, ambos encerraram as férias antes e retornam a Cuiabá.

GD


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