Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 15 de Dezembro de 2025

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Ex-governador de MT pede pagamento imediato de R$ 2,2 milhões em atrasados de pensão vitalícia



Moisés Feltrin

O ex-governador de Mato Grosso, Moisés Feltrin, ingressou com um agravo regimental no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja reconhecido seu direito ao recebimento imediato de R$ 2.283.669,42 em valores retroativos de sua pensão vitalícia, suspensa entre outubro de 2018 e setembro de 2024.

 

O recurso contesta decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, proferida em 17 de março, que restabeleceu o pagamento do benefício com reajustes legais acumulados durante a suspensão, mas não se manifestou quanto à expedição de precatório para quitação dos valores atrasados.

 

Feltrin, que governou Mato Grosso por 33 dias em 1991, teve a pensão suspensa em 2018 após decisão do STF considerar inconstitucional o pagamento de pensões vitalícias a ex-governadores. Em setembro de 2024, no entanto, a Segunda Turma da Corte decidiu, por maioria, restabelecer o benefício em seu caso específico, citando sua idade avançada (83 anos) e a impossibilidade de reinserção no mercado de trabalho.

 

No novo pedido, o ex-governador argumenta que o valor devido já foi calculado com os devidos reajustes legais e que a verba tem natureza alimentar, o que justifica seu pagamento com prioridade, inclusive sem necessidade de seguir a ordem cronológica comum dos precatórios, conforme entendimento do próprio STF (Súmula 655).

 

 

A defesa afirma ainda que a omissão do despacho do relator impede o cumprimento integral da decisão transitada em julgado, que determinou tanto o restabelecimento da pensão quanto o pagamento dos valores retroativos. Por isso, solicita a homologação do cálculo apresentado e a imediata expedição do precatório.

 

O agravo ainda será analisado pelo Supremo. A defesa também pediu para ser intimada com antecedência da data de julgamento, a fim de realizar sustentação oral.

Fonte VG



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Zambelli renuncia após decisão do STF, e Câmara convoca suplente para assumir mandato


A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário

A Câmara dos Deputados oficializou neste domingo (14) a saída de Carla Zambelli (PL-SP) do Parlamento. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou que a deputada apresentou renúncia ao mandato, o que levou à convocação imediata do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga.

A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário que havia mantido Zambelli no cargo. O entendimento de Moraes, posteriormente confirmado por unanimidade pela Primeira Turma do STF, reafirmou a cassação do mandato, conforme já havia sido decidido anteriormente pela Corte.

Em nota oficial, a Câmara informou que a deputada comunicou formalmente sua renúncia à Secretaria-Geral da Mesa neste domingo. Diante disso, Hugo Motta determinou os trâmites administrativos para a posse do suplente.

Ao justificar sua decisão, Alexandre de Moraes classificou a deliberação do plenário da Câmara como inconstitucional, afirmando que houve violação aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, além de desvio de finalidade. Para o ministro, a Constituição é clara ao atribuir ao Poder Judiciário a competência para decretar a perda de mandato de parlamentares condenados criminalmente com trânsito em julgado.

Segundo o magistrado, nesses casos, cabe à Mesa Diretora apenas formalizar a perda do mandato, sem margem para decisão política. Moraes também ressaltou que o STF mantém esse entendimento há mais de uma década, desde o julgamento do mensalão, em 2012.


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