Primavera do Leste / MT - Sábado, 13 de Dezembro de 2025

HOME / NOTÍCIAS

Agro

Irregularidade climática impacta início da safra em Primavera do Leste e Paranatinga



Após percorrer mais de 1200 quilômetros, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) encerrou nesta quarta-feira (10.12) a semana sul da Quarta Temporada do Mato Grosso Clima e Mercado, registrando a situação da safra 2025/26 nos núcleos de Primavera do Leste e Paranatinga. Os relatos mostram lavouras com atraso no desenvolvimento e preocupações com o impacto na produtividade e na segunda safra.

Em Primavera do Leste, o produtor Hildebrando Coradini explicou que o plantio começou com atraso devido à irregularidade das chuvas, que só chegaram em outubro. “No começo deu duas chuvas, a gente ia começar a plantar, mas não deu. Tivemos um atraso de cerca de 15 dias. Iniciamos o plantio somente no dia 17 de outubro, consegui plantar toda a área em seis dias e depois ainda enfrentamos mais 15 dias de sol, mas eu plantei com umidade boa, o que ainda ajudou nesse inicio”, contou.

Segundo o produtor, veranicos consecutivos dificultaram as operações iniciais de manejo. “Teve uns veranicos. Caíam só umas chuvinhas de 3, 4 milímetros e assim foi indo. Quando chegou a hora de fazer a primeira aplicação de fungicida, não consegui fazer tudo porque estava seco. Tive que esperar chover para conseguir finalizar”, explicou.

Com a regularização das chuvas nos últimos dias, Hildebrando relata melhora significativa no estande. “Com essa chuva que começou faz uns dez dias, melhorou bastante. No geral, a lavoura está se desenvolvendo bem”.

Quanto à segunda safra, a expectativa é mais cautelosa. “A safra do milho vai ser menor que ano passado, isso a gente já sabe. A preocupação é na hora da colheita, que vai chover”.

No município de Paranatinga, a situação também foi marcada por atrasos expressivos. O produtor Carlinhos Rodrigues descreveu um início de ciclo bastante irregular. “Mais um ano muito desafiador para nós, foi bem complicado. No final de setembro as chuvas vieram e acreditamos que seriam normais, mas infelizmente isso não se concretizou”.

De acordo com ele, a variação dentro do próprio município dificultou o andamento do plantio. “É um município muito extenso, com várias situações. Teve gente que conseguiu plantar no começo de outubro, mas a maior parte se espichou para o final de outubro”, disse o produtor ao relatar as pausas no plantio, motivadas pela má distribuição das precipitações. “Criamos um cronograma, mas infelizmente nesse caso não teve como seguir, foi conforme as chuvas foram acontecendo.”

Nos últimos dias, a regularidade das precipitações melhorou o aspecto visual das lavouras, mas não eliminou a preocupação do produtor. “A lavoura hoje vem se desenvolvendo, nos últimos dias, em um ritmo melhor. Se a gente não soubesse o ciclo, poderíamos dizer que está perfeita, mas está toda atrasada e no município de um modo geral está assim. Essa soja teria que estar em um porte maior, em um desenvolvimento maior, por conta do atraso no plantio e a falta de chuvas infelizmente não se desenvolveu tão bem como deveria. Acredito que vamos ter uma quebra significativa de produtividade no município. Temos problemas que variam desde estande muito baixo, muito manchado, até muitas áreas de replantio, nunca visto no município”, relatou.

Para Carlinhos, o impacto se estenderá também à segunda safra. “Para nós, o impacto vai chegar também na segunda safra. Aqui no município temos um grande problema por ser um solo siltoso, e isso já traz dificuldade. Com esse atraso no plantio, acreditamos que haverá uma quebra maior em área plantada, sem nem falar ainda da produtividade lá na frente. Em área mesmo, a redução deve ser bem significativa para o município.”

A Aprosoja MT segue acompanhando o avanço da safra com a série Mato Grosso Clima e Mercado Nesta quinta-feira (11.12) a entidade começa a percorrer a região leste, conversando com produtores de Gaúcha do Norte e Canarana.

Fonte: Aprosoja MT


COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

política - Região

Deputado Nininho confirma licitação para pavimentação da MT-326 no Araguaia


Certame licitatório foi publicado no Diário Oficial do Estado; trecho de 31,7 km em Nova Nazaré reduzirá distância em cerca de 40 km e vai ampliar a eficiência logística no Araguaia

A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) publicou na edição de 10 de dezembro do Diário Oficial do Estado o edital de licitação para executar 31,7 quilômetros de pavimentação na MT-326, entre a MT-240 e a BR-158. O certame atende solicitação do deputado estadual Ondanir Bortolini – Nininho (Republicanos). A obra vai melhorar a trafegabilidade da rodovia, apoiar produtores rurais e reduzir custos de transporte na região do Araguaia.

A pavimentação do segmento, conhecido como Estrada do Calcário, vai garantir fluxo permanente de pessoas e mercadorias pela nova rodovia. O trecho é utilizado para o escoamento de calcário proveniente de Cocalinho e produções agrícolas. O novo asfalto, segundo Nininho, vai encurtar em cerca de 40 quilômetros o deslocamento de cargas que seguem aos municípios do Norte Araguaia.

Nininho cita que a licitação é resultado de sua articulação com o governador Mauro Mendes, o vice-governador Otaviano Pivetta e o secretário Marcelo de Oliveira. “A abertura do processo é um passo aguardado pela região. São quase 32 quilômetros que vão melhorar a logística. Para quem transporta calcário de Cocalinho a Canarana, por exemplo, haverá redução de 40 quilômetros, o que beneficia toda a cadeia produtiva”, observa o deputado.

IMPACTO ECONÔMICO

O deputado acrescenta que a obra marca uma reivindicação antiga de produtores e transportadores. “A pavimentação da MT-326 vai impulsionar o desenvolvimento do Araguaia. Agradeço ao governador, ao vice-governador e ao secretário Marcelo pelo atendimento da demanda”, reforça Nininho.

O prefeito de Canarana, Vilson Biguelini, comenta que a confirmação da obra representa avanço esperado pela região. “A pavimentação da MT-326 vai se tornar realidade nos próximos dias. Essa notícia anima produtores e caminhoneiros. O calcário do Araguaia passa praticamente todo por ali. Hoje é preciso ir até Água Boa. A articulação de Nininho junto ao governo fez diferença para Mato Grosso”, relata o gestor.

Redação: Sérgio Ober


Antenado News