Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 23 de Abril de 2025

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Após quase 4 anos desaparecido, polícia conclui que menino Davi se perdeu na mata e morreu de causas naturais na Bahia



Bahia

Davi Lima sumiu em 2021, enquanto passava férias na casa da avó, em Itiúba. Ossada foi encontrada no ano passado e polícia divulgou resultado do inquérito nesta terça-feira (18).

A Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira (18), que o menino Davi Lima da Silva, que ficou desaparecido por três anos e 10 meses, morreu após se perder na mata. A criança foi vista pela última vez em 28 de março de 2021, enquanto passava férias na casa da avó, na cidade de Itiúba.

 

O g1 acompanha o caso desde 2021. Na época, os pais de Davi organizaram buscas pelo filho na cidade e o procuraram incessantemente em uma área de mata, mas não o encontraram.

 

Além disso, cães farejadores e helicópteros do Corpo de Bombeiros foram usados nas buscas e encontraram apenas uma sandália da criança. Ao longo das investigações, foi deduzido que o calçado foi implantado no local.

 

Durante três anos, não houve novidade sobre o menino desaparecido. Até que em novembro do ano passado, uma ossada foi localizada por vaqueiros em uma área de difícil acesso em um povoado na zona rural da cidade. Em janeiro deste ano, a polícia confirmou que a ossada era de Davi.

Nesta terça-feira, a polícia informou que concluiu o inquérito em 13 de março e divulgou os esclarecimentos sobre o caso.

 

Entenda a conclusão do inquérito

a investigação apontou que não houve indícios de crime no caso, ou seja, não foram encontradas evidências de sequestro, violência ou ação dolosa de terceiros;

como a ossada não tinha sinais de violência e foi achada em um local de difícil acesso, a polícia acredita que o menino se perdeu na mata e morreu por causas naturais ou acidentais.

A polícia ainda destacou que dezenas de testemunhas foram ouvidas e que foram feitas perícias em vestígios deixados no local do desaparecimento.

 

A Delegacia Territorial de Itiúba, a 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Senhor do Bonfim, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) e o Departamento de Polícia do Interior (Depin) participaram da investigação.

 

Após a conclusão, o procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário em 14 de março, para avaliação e manifestação do Ministério Público.

A fotógrafa Lilia Lima e o marido, Edson Alves, pais de Davi, falaram com o g1 em 2023 sobre o desaparecimento do filho. Na época, eles mantinham o quarto do menino intacto, como ele deixou antes de viajar para passar as férias com a avó.

 

“É muito difícil acreditar que ele não está aqui, porque está tudo aqui dele: as roupas, a mochila da escola, tudo está do mesmo jeito. Estou aqui no quarto dele todos os dias, olho as coisas dele todos os dias”, revelou a mãe na época.

Após o desaparecimento do filho, Lilia passou a andar pelas ruas de Itiúba em busca do filho e até dormiu dentro da mata, com medo de Davi ser mordido por algum aninimal.

Edson contou que assistia ao jogo entre Bahia e Altos, pela Copa do Nordeste, quando soube da notícia do desaparecimento do filho e não acreditou. Incialmente, ele pensou que o filho estava se escondendo.

 

“Quando cheguei lá tinham muitas motos e o irmão dela que achou a sandália me disse: ‘seu filho sumiu, mas eu chamei os caçadores’, mas minha ficha não tinha caído ainda”, disse.

Assim como a esposa, Edson nunca mais foi o mesmo após o desaparecimento do filho. Ele contou que sente dificuldade para dormir, se alimentar e até para se concentrar no trabalho.

 

“É um vazio que nada vai preencher”, disse.

G1



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Polícia

Polícia investiga esquema que já desviou mais de R$ 2 bi do FGTS


Quadrilha sacava dinheiro de trabalhadores com a ajuda de funcionários da Caixa; banco afirma ter devolvido dinheiro às vítimas.

A Polícia Federal descobriu um esquema que já movimentou pelo menos R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos, em todo o país. O golpe contava com a participação de funcionários da Caixa Econômica e tinha como vítimas, beneficiários de programas sociais e pessoas com direito ao FGTS e ao seguro-desemprego.

 

Eles não arrombam portas. Nem usam armas. São bandidos cruéis, que roubam de quem mais precisa. A maioria das vítimas é de beneficiários de programas sociais do governo federal, que fazem as movimentações pelo aplicativo Caixa Tem. Mas a fraude atinge também trabalhadores com saldo no FGTS e valores a receber do seguro-desemprego. Os criminosos ainda fazem deboche com o dinheiro das vítimas.

 

A Polícia Federal não revelou o nome do chefe da quadrilha. O Fantástico apurou que o golpista é conhecido como Careca. Os investigadores afirmam que ele organizava as operações de invasão das contas de beneficiários.

 

Careca foi preso ao lado de um comparsa, no Rio, em 2022, perto de uma agência da Caixa Econômica. A dupla conseguiu responder ao processo em liberdade, mas o notebook apreendido com eles revelou o esquema.

 

Era uma fraude sofisticada, movida por mecanismos digitais e acessos oficiais. A quadrilha só conseguiu aplicar o golpe tantas vezes por tanto tempo porque teve ajuda de gente de dentro.

A investigação mostrou que funcionários da Caixa repassavam dados sigilosos e fundamentais para que os criminosos invadissem o sistema do Caixa Tem e teve servidor envolvido que foi além: sacou dinheiro pessoalmente na boca do caixa a mando do grupo.

 

Pra montar a fraude, os criminosos acessavam – em páginas ilegais na internet – milhares de CPFs e passavam a identificar quem tinha benefícios ativos. Esses dados eram repassados aos funcionários da Caixa envolvidos no crime, que alteravam os cadastros das vítimas no aplicativo ‘Caixa Tem’, substituindo os e-mails dos beneficiários por outros controlados pela quadrilha.

 

Assim, eles conseguiam gerar novas senhas. Com isso, os criminosos passavam a ter controle total sobre as contas. Faziam transferências por PIX, pagavam boletos ou sacavam o dinheiro.

 

Como os valores dos benefícios não são tão altos, para conseguir mais dinheiro, a quadrilha ficava sempre repetindo o golpe. Precisava acessar o sistema do ‘Caixa Tem’ centenas de vezes por dia. Para isso, usava um software que faz um computador funcionar como se fosse um celular. Neste caso, muitos celulares. O que permitia acessar e controlar muitas contas ao mesmo tempo.

 

Desde 2010, a Polícia Federal tem um serviço especializado no combate a esse tipo de crime. Esta semana, os agentes fizeram uma nova operação em 14 cidades do Rio de Janeiro e apreenderam celulares e computadores. A PF diz que muitas quadrilhas praticam esse golpe em todo o país.

“ A gente acredita que o fortalecimento dos setores de combate à fraude das instituições bancárias, notadamente da Caixa, é fundamental para isso. Esses setores, eles conseguem, de maneira online, identificar as fraudes e as incorreções que estão sendo feitas nas agências”, afirma o delegado da PF-RJ Pedro Bloomfield Gama Silva, que investiga o caso”.

“Nós estamos implementando mais sistemas, tanto de biometria quanto de monitoramento via inteligência artificial também, pra que faça um monitoramento preditivo das ações, pra que se diminua e que a gente possa chegar ao menor número possível de fraudes”, disse Anderson Possa, vice-presidente de Logística, Operações e Segurança da Caixa.

 

A Caixa reconhece que esses criminosos já conseguiram sacar R$ 2 bilhões de beneficiários nos últimos cinco anos e diz que o valor já foi devolvido às vítimas.

 

Quem sofre o golpe pode procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelo telefone de atendimento ao consumidor: 0800 726 0101.

 

Mesmo depois de desviar dinheiro de quem mais precisa, muitos criminosos seguem em liberdade. A Caixa afirma que os funcionários envolvidos no golpe foram demitidos. A polícia disse que eles e o restante da quadrilha estão respondendo em liberdade.

 


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