Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Campanha Junho Vermelho: Município reforça importância da doação de sangue



Cada doação pode ajudar quatro pacientes diferentes

Coordenadoria de comunicação

O sexto mês do ano foi instituído como Junho Vermelho, um incentivo à doação de sangue. Esse mês foi escolhido por ser uma época que antecede as férias escolares de julho e somado ao clima frio de algumas regiões, acontece uma queda no número de doações.

Além disso, 14 de junho – Dia Mundial do Doador de Sangue – também é a data de nascimento de Karl Landsteiner, cientista que descobriu o Sistema ABO e fator Rh, que possibilitou um avanço para as transfusões sanguíneas.

 

Na Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) de Primavera do Leste, atualmente são coletadas uma média de 200 doações por mês. A coordenadora da UCT, Dayanne Batista de Castro, explica que todos os tipos sanguíneos são necessários devido à alta demanda das UTI’s (adulto, pediátrica e neonatal).

Outro ponto a ser observado é que o Rh negativo costuma ser o estoque mais sensível da Unidade devido ao fato de o receptor O Negativo (O-) só poder receber sangue de outro O Negativo (O-), diminuindo assim as possibilidades. Além disso, o tipo O Negativo é utilizado em situações de emergência, por ser compatível para doação com os demais tipos, sendo considerado um doador universal.

Solidariedade

 

Ainda existem resistências entre pessoas que têm medo de doar por não saberem como funciona o processo de coleta do sangue ou porque pensam que ao doarem uma vez terão a obrigação de doar sangue sempre. Nesses casos, Dayanne ressalta que “o mais importante é vencer o medo do desconhecido e fazer a primeira tentativa, visitar a UCT, ver outras pessoas doando. A doação é voluntária e altruísta, mesmo que um doador seja convocado a doar, não existe obrigação para que ele continue doando sempre”, frisou.

 

Não há substitutos industriais para o sangue, o que faz da doação um ato essencial e que precisa ser incentivado sempre. Através de uma bolsa de sangue total podem ser produzidos quatro tipos de hemocomponentes: Concentrado de hemácia, plaquetas, Crioprecipitado e plasma fresco congelado. E cada doação pode então ajudar quatro pacientes diferentes.

 

Luciano Sobrinho da Silva é o doador de sangue da UCT com o maior número de doações. Ao todo, ele já saiu de casa 60 vezes para ir até a instituição e realizar o gesto de solidariedade.

 

Tudo começou quando Silva ainda era bebê e por problemas de saúde precisou receber sangue. Então em 2002, aos 21 anos, resolveu retribuir o auxílio indispensável que recebeu na infância. Passadas mais de duas décadas da primeira doação, hoje com 43 anos, ele continua a executar o ato que tanto ajuda o próximo.

 

A UCT de Primavera do Leste fica localizada na Avenida São João, nº 30 – Primavera I. O horário de funcionamento é das 7h às 10h e das 13h às 16h. Telefone: (66) 99645-8773.

 



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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