Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 12 de Novembro de 2025

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Max cita ‘máfia da saúde’ e crê em avanço com OSS no Hospital Central



O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), declarou que existe uma “máfia dentro da saúde” e que, por conta disso, muitas coisas não avançam no setor. O parlamentar acredita que a vinda da Organização Social de Saúde (OSS) Albert Einstein para administrar o Hospital Central em Cuiabá pode ser a solução para problemas enfrentados há décadas em mato-grossense, em especial para desafogar atendimentos que vêm do interior para a Capital.

 

“Com o Hospital Central e demais hospitais que estão sendo construídos não vem o pessoal para Cuiabá, serão atendidos no interior. Isso é um sistema. Organizar melhor esse sistema de saúde do estado, fazer regulação, onde vai fazer procedimentos, organizar esse gasto. Existe uma máfia dentro da saúde, infelizmente, que não deixa muitas coisas avançarem, nós precisamos quebrar isso”, disse à imprensa na quarta-feira (16).

 

Na quarta, os deputados estaduais aprovaram, o projeto de Lei que autoriza a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein atuar como Organização Social de Saúde (OSS) na gestão Hospital Central, em Cuiabá. A previsão é de que o valor do contrato fique em R$ 34 milhões menais e o início do atendimento é esperado para setembro deste ano. Russi entende que o papel da Casa de Leis diante da vinda da OSS Albert Einstein para a capital deve ser de fiscalização e indicar rompimento de contrato, caso as exigências não sejam atendidas.

 

“A vinda do Einstein vai trazer qualidade, ajudar os nossos profissionais com qualificação. Nós precisamos, e a imprensa também tem esse papel, é de fiscalizar, acompanhar e fazer com que dê certo, fazer que se realize um serviço de excelência. Se não realizar, do jeito que está vindo, volta”, alertou.

 

Em relação à Santa Casa, o deputado avaliou que “o fechamento por parte do estado é um caminho sem volta” e vê a situação com preocupação, em especial pela unidade ser referência no atendimento pediátrico.

 

Contudo, garantiu que a ALMT dará apoio por meio da Assembleia Financeira e está à disposição para que a gestão municipal tenha suporte caso reivindique o papel de gerir a Santa Casa. Ele ainda mencionou que se o prefeito Abilio Brunini tiver um bom projeto e decida assumir o espaço, terá seu apoio, já que a medida também refletirá não só na Capital como nos municípios do interior.

 

“Já passou da hora de Cuiabá ter um atendimento para as nossas crianças. Eu recebo reclamação de mães que procuram atendimento e não encontram. E nada é pior para um pai, um avô, quando você vê o seu filho, seu neto, com dor. Você procurar uma unidade de saúde, não saber onde é que você vai. Quanto menos condição a pessoa tem, mais difícil se torna isso”, externou.

GD



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A Palavra

Obra da Câmara: Escrevendo e criando charge até ser cancelado pela Câmara.


Coluna Política Opinativa
Luis Costa/Palavra Afiada

Escrevendo e criando charge até ser cancelado pela Câmara.

A Câmara Municipal de Primavera do Leste, famosa pela sua constante “reinvenção”, agora se dedica a uma reforma de peso — literalmente. Com um valor de contrato beirando os R$ 7,7 milhões, o novo acordo, que foi publicado no Diário Oficial da cidade em agosto deste ano, promete transformar o velho prédio em um templo de modernidade. Ou talvez não. Porque, vamos ser francos: 7 milhões em reforma de Câmara Municipal? De que tipo de transformação estamos falando aqui? Será que a estrutura que vai se erguer será digna de ser chamada de “palácio” ou uma pintura nova nas paredes e um tapete decente já vão nos bastar?

Não podemos deixar de admirar a arte da burocracia. A tão falada “adesão à ata de registro de preços”, que, sinceramente, parece mais com um movimento para garantir que as reformas estejam sempre em dia, é uma fórmula mágica que garante que a verba seja utilizada sem muito questionamento. A empresa escolhida para executar essa obra, a FVB Construções e Sinalizações de Trânsito LTDA, terá a honrosa tarefa de garantir que os prédios da cidade estejam em conformidade com as normas e, quem sabe, consiga deixar algo além de um simples tapume e cimento.

O valor total de R$ 7.667.289,13 (um número impressionante, não podemos negar) vai cobrir “serviços de manutenção preventiva e corretiva” — ou seja, estamos comprando segurança estrutural por um preço que daria para construir uma cidade inteira em outro canto do Brasil. E tudo isso, claro, com o “maior desconto a ser aplicado” conforme as planilhas da SINAPI, que, entre nós, é o tipo de detalhe que só os matemáticos do governo conseguem entender.

Enquanto isso, o povo de Primavera do Leste segue com seus olhares atentos ao novo prédio da Câmara Municipal, esperando que as obras não se percam no limbo das promessas vazias e que, ao menos, o prédio possa se manter em pé e servir para algo além de abrigar mais e mais atas de registro de preços.

Agora, o que realmente chama a atenção é a reação dos vereadores. A proposta de gastar um valor tão alto em reformas – especialmente com a escassez de recursos em outras áreas essenciais da cidade – gerou um verdadeiro alvoroço entre eles. As críticas começaram a surgir rapidamente, principalmente sobre a transparência do processo de escolha da empresa, o valor do contrato e a falta de um debate mais amplo com a população sobre como esse dinheiro poderia ser melhor utilizado. Alguns vereadores, que antes estavam em silêncio sobre o assunto, agora começaram a questionar a necessidade de tanto gasto em um prédio cuja funcionalidade parece estar longe de ser a prioridade para os moradores de Primavera.

O ambiente político se aqueceu. A pressão popular não tardou a chegar, e as minhas redes sociais ficaram repletas de críticas e sugestões para que o dinheiro fosse melhor alocado em áreas como saúde, educação e infraestrutura urbana. A palavra “imprópria” passou a ser citada por muitos, e em um momento tenso, alguns vereadores questionam a adesão à ata. O pedido ganhou força, com uma parte significativa da câmara, ameaçando uma reavaliação completa do contrato, conversas de bastidores, ok.

Ao final, o que parecia ser uma simples reforma acabou se tornando um imbróglio político que, dependendo da sequência dos acontecimentos, poderá levar à revisão não apenas das obras, mas da própria gestão pública. As palavras de quem, até então, apoiava a reforma, agora ecoam como uma reflexão de um erro que pode custar caro à imagem de todos os envolvidos.


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