Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025

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Brasil

Debatedores sugerem ampliação de campanha contra o abandono de animais



A ampliação do escopo do PL 6.404/2019, que institui a campanha Dezembro Verde, contra o abandono de animais, foi uma das principais sugestões dos especialistas que participaram de audiência pública sobre o projeto nesta quinta-feira (9). Na audiência, feita pela Comissão de Educação (CE), integrantes do governo sugeriram que a campanha passe também a tratar de outros temas relacionados aos animais, não só os domésticos.

O projeto de lei, apresentado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), tem o objetivo de conscientizar sobre o crime de abandono de animais. Na justificativa do texto, o senador, que é médico veterinário, lembrou que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30 milhões de gatos e cães vivem em situação de desamparo no Brasil.

A relatora do texto na comissão é a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que pediu a reunião. Ela explicou que as audiências públicas sobre esse tipo de projeto são uma exigência do Regimento Interno do Senado.

— Nenhuma lei que trate de sobre datas comemorativas, de um mês comemorativo, pode ser aprovado sem ouvir os segmentos envolvidos. E é esta Comissão de Educação que discute a instituição de datas comemorativas nesse sentido — esclareceu a senadora.

Ampliação

O diretor do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, elogiou a iniciativa e disse que o fato de o Senado analisar um projeto de lei voltado para a inclusão da diversidade da vida e a obrigação dos seres humanos de tratarem bem os demais seres é motivo de alegria.

Sorrentino lembrou que já existe a Campanha Junho Verde, voltada para a conscientização ambiental nas escolas e disse que pode haver uma confusão com o dezembro verde. Ele sugeriu, ainda, que haja uma reflexão sobre a ampliação do escopo da campanha prevista no projeto.

— A sugestão do departamento é ampliar o escopo da proteção aos animais abandonados para a proteção de toda a diversidade de animais com os quais a gente compartilha o planeta: os animais silvestres, os animais submetidos aos maus tratos nas cadeias produtivas da carne, dos ovos etc., para que o bem-estar animal esteja no foco dessa nova sensibilidade.

O diretor lembra que, enquanto os animais abandonados nas ruas revelam uma desatenção, uma falta de acolhimento à vida mais próxima de nós, a mesma falta de acolhimento se manifesta quando ignoramos as queimadas e o avanço das monoculturas, que ameaçam a biodiversidade. Para ele é possível chamar a tenção das pessoas por meio dos animais de rua, mas sem esquecer esse outro lado.

O coordenador-geral substituto de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade do Ministério da Educação, Alexandre Falcão de Araújo, concorda com a sugestão de ampliar o escopo da campanha.

— Eu questiono se haveria essa possibilidade de agregar esforços com um mês que nós já temos, com o Junho Verde, destacando também a questão específica dos direitos animais, tanto dos animais domésticos quanto dos animais da biodiversidade em geral, da biodiversidade nativa, e também os animais que eventualmente sejam usados ​​com fins econômicos, pensando sempre na questão do bem-estar animal — sugeriu Araújo.

O senador Wellington Fagundes disse que está aberto a todas as sugestões que posam melhorar o projeto, inclusive a ampliação do escopo.

— Com relação a todas as sugestões, eu quero aqui dizer, senadora Damares, que aceito inclusive um substitutivo, não tem nenhuma necessidade de ter o carimbo pessoal. O importante é que a gente valorize essa questão da relação do ser humano com os animais.

Mês

O coordenador Ministério da Educação também ponderou que a escolha do mês de dezembro se justifica pelo fato de haver mais abandono de animais nos períodos em que as famílias viajam, mas o mês acaba dificultando ações nas escolas. Ele lembrou que dezembro é um mês de redução de algumas atividades, de avaliações finais e início das férias.

A diretora-geral da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (ProAnima), Valéria Sokal, disse ser favorável à manutenção do mês de dezembro para a campanha, principalmente porque muitas famílias ainda têm o hábito de tratar animais de estimação como presentes de natal.

— Sobre o fato de ser dezembro, eu não achei a ideia ruim. Achei boa porque dezembro é mês de Natal e muita gente acha que animal é presente. Animal não é presente, animal é responsabilidade. Muitas pessoas dão um animalzinho de presente e amanhã ou depois ele deixa de ser novidade e é abandonado, largado, ignorado. É é muito importante essa conscientização — lamentou a diretora.

Ela lembrou a dificuldade que muitos protetores e organizações enfrentam, porque os espaços de ajuda aos animais, em vez de ajuda, recebem mais animais abandonados. A Proanima faz um trabalho voluntário e sobrevive de doações. Ela informou que quem quiser ajudar como voluntário, parceiro ou doador pode entrar em contato com a associação.

Tanto ela como os outros convidados defenderam políticas públicas de castração e de hospitais públicos veterinários, tendo em vista que muitas vezes o abandono acontece porque a pessoa não tem dinheiro para tratar um animal doente ou para castrar seus animais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado



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esporte

Confederação Brasileira de Beach Soccer visita Primavera do Leste e realiza estudo técnico para viabilizar futuros investimentos, projetos e eventos na cidade


Segundo destaca o representante da entidade a visita ao município possibilitou conhecer de perto o potencial para ser referência esportiva no Centro-Oeste

Autor: Coordenadoria de Comunicação

 

Legenda: Representante da Confederação se reuniu com o prefeito Sérgio Machnic e representantes da gestão e do Legislativo

Na manhã desta quarta-feira, 30, o prefeito Sérgio Machnic, o secretário de Esportes, Márcio Lélis, o vereador Herbert Viana e assessores, receberam o representante da Confederação de Beach Soccer do Brasil (CBSB), Peter Júlio de Oliveira, que atua nas áreas de marketing e viabilidade de novas instalações esportivas. A finalidade da visita a Primavera do Leste foi avaliar o potencial da cidade para receber projetos esportivos, dentre uma dezena de cidades no país.

 

São projetos que contemplam a instalação de estruturas, núcleos de iniciação esportiva e a possibilidade de sediar eventos nacionais e internacionais. De acordo com o prefeito Sérgio Machnic “a vinda de pessoas que representam entidades e instituições esportivas nacionais à nossa cidade, com o intuito de investir e promover ainda mais as atividades em diferentes modalidades nos mostra que estamos no caminho certo, investindo em projetos sociais e promovendo não apenas o esporte, mas a cidadania das nossas crianças e jovens”.

 

A respeito disso, Peter fez questão de deixar claro que a visita a Primavera ocorre porque a cidade “vem se destacando no cenário estadual e nacional, revelando grandes talentos e conquistando medalhas através do esporte. Além disso a cidade conta com uma excelente rede hoteleira e infraestrutura gastronômica, o que favorece a realização de grandes eventos”, destacou Peter.

 

A avaliação inicial da CBSB é muito positiva e segundo o representante da Confederação, a hospitalidade local e o apoio do poder público são determinantes para o desenvolvimento do esporte. “Agradecemos o apoio da Secretaria de Esportes, através do secretário Márcio Lelis, e do prefeito Sérgio, que prontamente nos recebeu. Esses elementos farão parte do relatório visando futuras implantações de projetos locais”, acrescentou.

 

O secretário de Esportes Márcio Lélis reforçou que a gestão “Primavera para Todos” tem como prioridade o fortalecimento das políticas públicas esportivas, apostando no esporte como fomento ao desenvolvimento econômico, inclusão social e valorização da cidade. “Queremos que eventos de grande porte tragam ainda mais reconhecimento à nossa cidade, tanto nacional quanto internacionalmente”, afirmou.

 

O vereador Herbert Viana, celebrou a iniciativa e destacou a importância de bons projetos. “São propostas que ao serem concretizadas virão para abrilhantar ainda mais a nossa cidade, que já é bastante frequentada nos ambientes que possui e nos eventos que realiza. Isso fomenta as atividades do lazer e do esporte, além é claro da economia e são marcos que a cada dia melhoram ainda mais a qualidade de vida da população”, frisou”.


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política

TCE fará auditoria para saber se “emendas pix” foram benéficas à população de Mato Grosso


Presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, em reunião com o vice-presidente do TCU, ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira [Foto – Tony Ribeiro]
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai auditar os repasses federais feitos ao estado por meio das emendas parlamentares individuais de transferência especial, as chamadas “emendas pix”. A auditoria foi anunciada pelo presidente da instituição, conselheiro Sérgio Ricardo, durante a visita do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Jorge de Oliveira, na última sexta-feira (25), e integra uma força-tarefa nacional articulada com o Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com Sérgio Ricardo, em Mato Grosso, são 75 emendas que totalizam R$ 209 milhões. A apuração começa por três delas. “O TCU pediu ao TCE-MT que audite as emendas Pix e vamos fazer isso com independência e responsabilidade, porque a sociedade tem o direito de saber onde foi parar esse dinheiro. Nesse primeiro momento vamos apurar três transferências estimadas em R$ 33,2 milhões.”

Os recursos das emendas Pix, que somam bilhões de reais em todo o país, estão no centro de uma investigação nacional determinada pelo STF, que aponta a falta de critérios transparentes na destinação e aplicação das verbas. “As emendas têm valores significativos. Vamos saber para onde foram e o que resultou lá de benefício para a sociedade”, acrescentou o presidente.

Na ocasião, o vice-presidente do TCU destacou a importância da fiscalização em rede e da adaptação dos tribunais ao novo fluxo de tramitação das emendas. “Já é um trabalho feito pelos tribunais de contas, que continuarão exercendo seu papel de controle, se adaptando a esse novo fluxo de tramitação de recursos públicos, quer seja da esfera da União ou quando transferidos para os estados e municípios”, disse Jorge de Oliveira.

Transparência em foco

Sérgio Ricardo lembrou que desde 2024 o Tribunal já acompanha os debates sobre a transparência desses repasses por meio de iniciativas nacionais voltadas ao aprimoramento do controle externo. O órgão integra o Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), que avalia a publicação e a rastreabilidade das emendas parlamentares em todo o país, incluindo as chamadas transferências especiais.

“A decisão do Supremo reforça uma preocupação que já era nossa: garantir que a sociedade consiga acompanhar a destinação de cada centavo das emendas. A transparência não pode ser opcional quando se trata do poder público”, pontuou.

A expectativa é que os resultados da auditoria sejam encaminhados ao TCU nos próximos meses. A Controladoria-Geral da União (CGU) também foi acionada para auditar R$ 469 milhões em emendas parlamentares liberadas em 2024, e a Procuradoria-Geral da República deve apurar eventuais responsabilidades em caso de omissões, como a falta de cadastro dos planos de trabalho.

Emendas Pix

Em agosto de 2024, o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu a execução de emendas parlamentares, buscando sanar a falta de transparência e garantir a rastreabilidade no repasse dos recursos. O ministro é relator de quatro ações referentes à falta de transparência nas emendas (ADPF 854, ADIs 7688, 7695 e 7697).

Em fevereiro deste ano, um relatório do TCU apontou que, em todo o país, 81% das transferências feitas por meio das emendas Pix não permitem identificar com precisão o autor e o beneficiário final dos recursos. Diante disso, Dino determinou ao TCU uma nova rodada de auditorias sobre as transferências entre 2020 e 2024.

Uma das principais falhas identificadas é a ausência de cadastro dos planos de trabalho, condição básica para a liberação dos recursos. Mais de 6 mil emendas foram liberadas sem que estados e municípios registrassem o uso pretendido do dinheiro na plataforma Transfere.gov.br, o que compromete a transparência e a responsabilização dos gestores. Em abril, foi anunciado prazo de 90 dias para que municípios e estados prestem contas.

 


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