Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025

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Juíza se exalta e grita com testemunha durante audiência em SC



Uma sessão do Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região (TRT-12) viralizou nas redes sociais após uma juíza substituta gritar com uma testemunha por ele não ter a chamado de “Excelência”. A magistrada é Kismara Brustolin, que ganha R$ 33,9 mil mensais na Vara de Xanxerê, no interior de Santa Catarina. Ela será alvo de uma investigação interna e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar irregularidades na sua conduta.

 

A sessão ocorreu no dia 14 de novembro em uma audiência de instrução virtual. Kismara gritou com uma testemunha e desconsiderou o depoimento dela por ter “faltado com a educação”.

 

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“Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos, eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito”, justificou a magistrada ao advogado, que acompanhava a cena em silêncio. “Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação”, disse a juíza em um trecho da sessão.

 

O homem parece confuso. A magistrada, então, manda ele repetir a frase. “O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”, avisa. Kismara ainda o chama de “bocudo”.

 

A testemunha tenta retomar o relato, mas a juíza determina que o homem seja removido da sala de audiência virtual, o que é cumprido por um servidor da Justiça do Trabalho.

 

De acordo com o currículo da magistrada no TRT, Brustolin começou a sua carreira no Judiciário como estagiária na 1º Vara Criminal de Chapecó. Já no tribunal do trabalho de Santa Catarina, ela foi técnica e analista judiciária e trabalhou nas varas do trabalho de São Miguel do Oeste, Xanxerê e Criciúma.

 

Ela se graduou em direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e se especializou em Direito Processual Civil. Passou um período fora de Santa Catarina atuando no Tribunal Regional do Trabalho da 23º Região, em Mato Grosso, também como juíza do trabalho substituta.

 

Juíza recebeu R$ 297 mil em salários e penduricalhos neste ano

 

No TRT, ela recebe R$ 33.925 de salário. Além do valor mensal, ela ganhou, entre janeiro e outubro deste ano, R$ 58.920 mil em benefícios da magistratura, os chamados penduricalhos. Somando salários e esses adicionais, a juíza obteve um rendimento mensal líquido de R$ 297.200.

 

Em setembro deste ano, Kismara Brustolin recebeu, além do salário, R$ 16.863,79 em indenizações e R$ 9.324,39 de vantagens eventuais. Esses penduricalhos são valores que não compõem o salário mensal dos juízes e podem ser pagos acima do teto de R$ 41,6 mil, valor equivalente aos vencimentos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, a renda líquida da magistrada naquele mês foi de R$ 49.500.

 

Juíza foi suspensa e será investigada

 

Após seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB-SC) pediu “providências” ao Tribunal Regional do Trabalho da 12Ð Região. A entidade afirma que a juíza “apresentou atitudes e comportamentos agressivos”.

 

O TRT suspendeu Kismara Brustolin das atividades e instaurou um procedimento para apurar irregularidade na conduta da magistrada. “A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico”, disse o tribunal catarinense.

 

A Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) também instaurou nesta quarta-feira, 29, uma reclamação disciplinar sobre as ações da juíza substituta.

 

A Estadão pediu um posicionamento da magistrada via assessoria de imprensa do TRT, mas não obteve retorno. O espaço está aberto.

Estadão 



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Administração Municipal proporciona aprendizado e qualificação profissional aos jovens, por meio de parcerias


Administração Municipal proporciona aprendizado e qualificação profissional aos jovens, por meio de parcerias

Os 34 jovens aprendizes foram distribuídos em áreas administrativas, principalmente na Secretaria de Saúde do município

Na tarde desta quarta-feira, 30, em cerimônia no Teatro Municipal de Primavera, 34 jovens receberam de forma simbólica, os “coletes de Jovens Aprendizes”, entregues pelo prefeito Sérgio Machnic, secretário de Administração, Carlos Laete, secretária de Saúde, Laura Leandra, representantes do Centro Integração Empresa Escola (CIEE) e Consórcio CRA, responsável pelas obras do terminal da ferrovia da empresa Rumo Logística.

O evento marcou o início oficial da parceria celebrada entre a empresa, a instituição e a prefeitura, permitindo que os jovens iniciem uma jornada de aprendizado mínima de um ano, nas repartições públicas da administração municipal. A grande maioria prestará serviços em áreas administrativas da Secretaria de Saúde e respectivas Unidades.

O prefeito Sérgio Machnic destacou a importância da união de forças entre instituições públicas e privadas para oferecer oportunidades reais de desenvolvimento aos jovens. Ele enfatizou ainda o trabalho que a administração municipal tem feito com o intuito de dar condições de qualificação a todos, principalmente aos jovens do município. “Juntos somos imparáveis e quem sai ganhando com essa parceria é a juventude de Primavera. Espero que mais jovens possam ser beneficiados e que essa parceria, assim como outras, seja duradoura”, afirmou o prefeito.

O secretário de Administração, Carlos Laete, cuja pasta é a responsável direta pela intermediação das oportunidades, bem como distribuição dos jovens aprendizes, utilizou uma comparação para incentivar os selecionados. “Primavera é a terra fértil, e vocês são as sementes. Diante disso tenho certeza de que darão bons frutos”, declarou.

A secretária de Saúde, Laura Leandra, relembrou seu início profissional, também como Jovem Aprendiz e também no serviço público. “Essa oportunidade muda vidas. Vocês estão iniciando algo que vai marcar não só suas carreiras, mas também a vida das pessoas que atenderão no serviço público”, enfatizou.

O gerente Regional do CIEE, Rodrigo Nader, reforçou que o programa não é apenas uma chance de inserção no mercado, mas uma porta para o autoconhecimento. “O primeiro passo na carreira é como o primeiro capítulo de um livro. Vocês vão aprender muito mais do que tarefas: vão descobrir talentos, desenvolver atitudes e enxergar novos horizontes”, disse.

A consultora do CIEE, Sandra Ferro, lembrou que a Prefeitura é grande parceira e um ente voluntário, uma vez que não é obrigada a participar do programa, o que torna a  experiência ainda mais valiosa. “Essa é uma escolha voluntária da gestão municipal, que abraçou a causa com sensibilidade e responsabilidade social, só nos levando a agradecer à administração pelo comprometimento”, afirmou.

Representando o consórcio CRA, o Gestor de Pessoal Eugênio Eiffer explicou o papel das três empresas que compõem o consórcio na construção da ferrovia e ressaltou a importância de os jovens aproveitarem ao máximo essa experiência. Segundo ele “esperamos ainda pelos próximos três anos estar atuando na região e gerando essas oportunidades”, afirmou.

Encerrando a cerimônia, a jovem Ludmilla Isabella, representante dos aprendizes, agradeceu a todos os envolvidos e falou sobre o significado dessa oportunidade. “Não recebemos só uma função ou uniforme, mas recebemos confiança. Essa chance nos traz dignidade, responsabilidade e esperança de um futuro melhor, o que também nos leva a agradecer a todos aqui envolvidos e também aos nossos familiares pelo apoio”, finalizou.

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