Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

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Prefeitura intensifica força-tarefa para remoção de veículos abandonados nas vias públicas



A Prefeitura de Primavera do Leste, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda e com apoio da Coordenadoria Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), intensificou a força-tarefa para notificação e remoção de veículos abandonados em vias públicas. A ação atende a uma demanda recorrente da população e visa garantir segurança, fluidez no trânsito e a preservação da saúde pública.

 

De acordo com o coordenador de Fiscalização de Posturas, Fábio Beraldo, a iniciativa tem sido coordenada em conjunto. “Estamos realizando uma força-tarefa com o apoio da CMTU na notificação dos veículos abandonados nas vias públicas. A legislação municipal proíbe essa prática e nós estamos aqui atendendo ao clamor da população, notificando os proprietários e adesivando aqueles veículos cujos donos não conseguimos localizar”, explica.

 

A legislação mencionada por Fábio é o Código de Posturas do Município, Lei Complementar nº 500/98, que no artigo 183-A determina ser proibido o abandono de veículos, carcaças, chassis, tratores e outros implementos nas vias públicas. Caso o bem permaneça abandonado por mais de 30 dias consecutivos, com sinais de abandono, o proprietário será notificado.

 

Multas podem chegar a R$ 2.600

 

Após a notificação, conforme destaca o coordenador da Fiscalização de Posturas, o proprietário ou detentor do bem terá 15 dias para remover o veículo. “A partir do dia 1º de maio, iniciaremos a remoção dos veículos que não forem retirados das vias pelos proprietários. As multas previstas variam de 50 a 500 UPFs, o que equivale atualmente a R$ 260,00 a R$ 2.600,00, além da remoção do veículo”, explica.

 

Os veículos removidos pela Prefeitura serão levados para um espaço específico e ficarão à disposição do proprietário por até 90 dias. Caso não sejam retirados no prazo, poderão ser levados a leilão público ou inutilizados, conforme a legislação vigente.

 

Apoio da CMTU garante fluidez no trânsito

 

A CMTU participa da operação dando suporte técnico e legal para a retirada dos veículos. Segundo a coordenadora da CMTU, Instrutora Marta, a medida tem como base também o artigo 328 do Código de Trânsito Brasileiro. “Existe a necessidade da desobstrução das vias para garantir segurança e fluidez no tráfego de veículos e pedestres. Além disso, essa ação tem respaldo legal e visa assegurar que as ruas estejam livres de obstruções que prejudiquem a mobilidade urbana.”

 

Além do aspecto urbano, segundo a Instrutura Marta, os veículos abandonados também representam risco à saúde pública. “Esses carros, muitas vezes em forma de sucata, tornam-se criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. É uma questão de saúde coletiva”, reforça Marta.

 

A Prefeitura pede à população que colabore com a força-tarefa, denunciando veículos abandonados por meio da Ouvidoria Municipal. Basta informar o endereço e características do veículo. A equipe de fiscalização irá até o local para averiguar a situação e, se necessário, tomar as providências legais.



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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