Governo de Mato Grosso instaura processos administrativos para apurar suposta fraude em contrato de concessionária de pedágio
Da Redação
Há quase três anos o vereador Luis Costa (PR), tem denunciado o valor cobrado pela concessionária nas duas praças de pedágio. A concessionária administra o trecho de 112 quilômetros entre Primavera do Leste a Rondonópolis, cobrando R$ 4,50 para motocicletas, R$ 9,00 para veículos de passeio, caminhonetes e furgão e R$ 9,00 para eixo Comercial.
O governo do estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Logística, instaurou dois processos administrativos para apurar suposta fraude na licitação da contratação da Concessionária Morro da Mesa e também o não cumprimento das cláusulas do contrato. A decisão foi publicada no Diário Oficial que circula nesta sexta-feira (7).
Luis Costa entrou com um pedido de cancelamento da concessão no Ministério Público Estadual e também na Procuradoria Geral da República. A ação está em andamento. “Eu enquanto cidadão repudio essa cobrança exorbitante e sendo vereador e representante do povo denuncio-a a justiça. Desde que a empresa ganhou a concessão, sempre achei que tinha algo errado, pois na época o valor que a empresa deveria começar a cobrar era R$3,98, mas começou com R$6,50”. Afirma o Legislador.
Procurada pelo site G1, a assessoria da Concessionária Morro da Mesa afirmou que vai se posicionar nas próximas horas.
A concessionária foi contratada para gerir e explorar a cobrança de pedágio na MT-130, no trecho entre Rondonópolis e Primavera do Leste.
Na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, ele afirmou ter recebido R$ 7 milhões em propina para assinar a concessão da MT-130, entre Rondonópolis e Primavera do Leste, a 218 km e 239 km de Cuiabá. De acordo com o ex-governador, o valor foi negociado com o deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, e um representante da concessionária Morro da Mesa.
O contrato de concessão foi assinado e autorizado por Silval Barbosa, em 2011. Na delação, o ex-governador declarou que foi procurado várias vezes pelo deputado e por um dos diretores da concessionária.
Segundo Silval, eles queriam a concessão para poder cobrar pedágio dos motoristas. Em uma conversa particular com o deputado, Silval teria dito que em troca da concessão precisaria de uma ajuda pra quitar dívidas.
Depois de se reunir com representantes da empresa, de acordo com o ex-governador, o deputado ofereceu o pagamento de R$ 7 milhões de forma parcelada. Silval disse ainda que na época ouviu dizer que o deputado tinha participação na concessionária.
Com informações do G1 Mato Grosso
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