Primavera do Leste / MT - Domingo, 06 de Julho de 2025

HOME / NOTÍCIAS

Brasil

Futuro presidente terá de enfrentar financiamento do SUS



A revitalização do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo atendimento exclusivo de cerca de 75% da população brasileira, hoje estimada em 208,5 milhões de pessoas, está entre os principais desafios do próximo presidente da República, juntamente com a segurança pública e a geração de empregos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS é um dos maiores sistemas de saúde do mundo: em 2017 foram realizados 3,9 bilhões de atendimentos na rede credenciada.

Entre os procedimentos mais frequentes, ao longo do ano passado, estão, por exemplo, consulta médica em atenção básica e especializada, visita domiciliar, administração de medicamentos em atenção básica e especializada, aferição de pressão arterial e atendimento médico em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A estrutura do SUS em todo o Brasil envolve 42.606 unidades básicas de saúde e o mesmo número de equipes do programa Saúde da Família, 596 UPAs, 2.552 centros de atenção psicossocial (Caps), 1.355 hospitais psiquiátricos, 436.887 leitos, 3.307 ambulâncias, 219 bancos de leite humano e 4.705 hospitais conveniados (públicos, filantrópicos e privados).

 

Info sus 2018
Info sus 2018 – EBC

Para financiar essa rede de atendimento, a pasta da Saúde tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. Em 2018, a previsão no Orçamento Geral da União é de R$ 130,2 bilhões, sendo R$ 119,3 bilhões para ações e serviços públicos. Quem está na ponta do sistema, no entanto, reclama de subfinanciamento da saúde pública.

Diagnóstico

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela, as verbas federais são “absolutamente insuficientes” para custear o sistema público, o que vem obrigando os estados e os municípios a ampliarem sua participação. Isso, conforme Vilela, resulta em hospitais privados conveniados quebrando, filantrópicos endividados e atendimento precário nos hospitais públicos. “Se o próximo presidente não resolver a questão do financiamento, o sistema vai entrar em colapso”, afirmou.

O diagnóstico do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, segue a mesma linha. “Os repasses federais vêm caindo nos últimos tempos. Não levam em conta aumento da população, nem o aumento do desemprego que joga mais pessoas no SUS, nem o envelhecimento da população, com consequente aumento das doenças crônicas. Também não considera os avanços tecnológicos, que custam caro”, argumentou.

Cálculos feitos pelos dois conselhos, com base em dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, mostram uma linha decrescente no fluxo de recursos federais para financiamento da saúde pública. Em 1993, a participação da União era de 72%, dos municípios, 16%; e dos estados, 12%. Em 2002, a União entrou com 52,4% das verbas, os municípios, com 25,5%; e os estados, com 22,1%.

No ano passado, a União aplicou R$ 115,3 bilhões em saúde, o que representa 43,4% do total de recursos públicos investidos no SUS. Os municípios entraram com R$ 81,8 bilhões (30,8%), e os estados com R$ 68,3 bilhões (25,8%).

Os dois secretários reconhecem a necessidade de melhorar a gestão do sistema público, por meio do treinamento e capacitação de gestores dos hospitais e unidades de saúde, mas argumentam que, ainda assim, a verba é insuficiente para atender a demanda da população. Segundo Vilela, a crise econômica, além de reduzir a arrecadação de impostos, colocou no sistema os trabalhadores desempregados que perderam planos de saúde, sobrecarregando ainda mais a rede pública. “Até para melhorar a gestão precisamos de mais recursos, pois um dos caminhos, a informatização, custa dinheiro”, disse.

Para o Conasems, um dos caminhos para ampliar o financiamento da saúde pública é a revisão da política de isenções fiscais concedidas a setores produtivos. “As desonerações representam mais do que o dobro do orçamento do Ministério da Saúde”, afirmou. Além disso, os conselhos defendem revisão das competências dos três entes da Federação e da repartição da arrecadação, bem como de leis que engessam a administração pública, refletindo diretamente na gestão do sistema de saúde.

Referência

Apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde vê no SUS áreas de referência mundial. São bons exemplos a terapia antirretroviral, o sistema público de transplantes, o programa de imunizações, o banco de leite materno e a assistência farmacêutica. O SUS fornece 22 antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas, para o tratamento de portadores do HIV em todo o país. A organização do banco de leite humano brasileiro é referência para 40 países, sendo que 23 têm cooperação internacional com o Brasil para utilização do modelo.

Doação de leite materno
SUS é referência em banco de leite humano – Elza Fiúza/Arquivo/Agência
Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, o SUS mantém o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, servindo de referência para outros países. No Brasil, 87% dos transplantes de órgãos sólidos são feitos no SUS, cujo paciente tem acesso à assistência integral – exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplantes.

A rede brasileira tem centrais de transplantes nas 27 unidades da Federação e conta com 13 câmaras técnicas nacionais, além de 494 estabelecimentos que realizam transplantes e 1.244 equipes habilitadas. Há também 70 organizações de busca de órgãos e 62 bancos de tecidos.

FONTE: Agência Brasil



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

esporte

Primavera do Leste recebe 3ª Etapa do Campeonato Mato-Grossense de Kartcross no fim de semana


Primavera do Leste recebe 3ª Etapa do Campeonato Mato-Grossense de Kartcross no fim de semana

Neste fim de semana Primavera do Leste se destaca no cenário automobilístico nacional ao sediar a 3ª etapa do Campeonato Mato-Grossense de Kartcross. Com o apoio da Prefeitura, por meio das Secretarias de Infraestrutura e Esportes, o evento promete agitar a cidade, trazendo competidores de diversas regiões do Estado.

 

Composto por cinco baterias classificatórias no sábado (05) e provas decisivas no domingo (06), o campeonato posiciona Primavera do Leste como um dos principais polos do kartcross no Brasil. A estrutura montada no Kart Clube tem recebido elogios não apenas pela preparação da pista, mas também pelo boxe asfaltado e pela infraestrutura de apoio que garantem uma experiência segura e agradável para os pilotos e seu público.

 

 

O prefeito Sérgio Machnic (PL), presente no evento, destacou a importância econômica e social da competição. “Cada R$ 1 investido retorna entre R$ 3 a R$ 4 para a economia local, abrangendo gastos com hotéis, restaurantes e comércio. Além disso, é emocionante ver famílias inteiras reunidas, com crianças e adultos torcendo pelos pilotos. Este é o tipo de evento que queremos promover: que movimenta a cidade, valoriza o esporte e traz benefícios para todos,” afirmou.

 

 

 

A secretário Vítor Diniz ressaltou o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Infraestrutura, realizando adequações no terreno, nivelamento, drenagem e asfaltamento dos boxes, garantindo conforto e segurança aos competidores. “Montamos uma estrutura ao nível do Brasileiro. Os elogios que recebemos de competidores de todo o país mostram que estamos no caminho certo”.

 

 

 

O presidente do Kart Clube de Primavera do Leste Fablio Luiz da Silva enfatizou a importância da colaboração com o poder público para o crescimento do evento. “Ano após ano, melhoramos a qualidade da estrutura. Agora, Primavera é uma referência no kartcross”.

 

 

 

O vice-presidente Roberto Vargas acrescentou: “Recebemos total apoio. O prefeito Sérgio nos acolheu como família, e a cidade se tornou uma vitrine nacional para o kartcross”.

 

 

 

Além da estrutura, o evento conta com a participação de pilotos de renome, como o campeão brasileiro de 2022, Jefferson Patrick da Silva, que elogiou a pista: “Das que já conheci no Brasil, esta é uma das melhores, se não a melhor. Está extremamente bem organizada e estruturada”, afirmou.

 

 

 

Outro destaque, José Carlos de Souza Alves, conhecido como Zezinho, bicampeão brasileiro, enfatizou a qualidade das instalações. “A estrutura aqui é de nível nacional. É incrível, com espaço bem planejado, boxe coberto e organização exemplar!”, externou.

 

 

 

O Campeonato Mato-Grossense terá cinco etapas no total: a abertura em Tangará da Serra, a segunda em Tapurah, e as próximas em Sorriso (outubro) e Cuiabá (novembro).

 

 

 

Com esse evento, Primavera do Leste reafirma sua posição como sede de grandes competições esportivas, demonstrando que investimentos em infraestrutura e parcerias resultam em desenvolvimento social e econômico para a região.


Antenado News