Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 12 de Dezembro de 2025

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Futuro presidente terá de enfrentar financiamento do SUS



A revitalização do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo atendimento exclusivo de cerca de 75% da população brasileira, hoje estimada em 208,5 milhões de pessoas, está entre os principais desafios do próximo presidente da República, juntamente com a segurança pública e a geração de empregos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS é um dos maiores sistemas de saúde do mundo: em 2017 foram realizados 3,9 bilhões de atendimentos na rede credenciada.

Entre os procedimentos mais frequentes, ao longo do ano passado, estão, por exemplo, consulta médica em atenção básica e especializada, visita domiciliar, administração de medicamentos em atenção básica e especializada, aferição de pressão arterial e atendimento médico em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A estrutura do SUS em todo o Brasil envolve 42.606 unidades básicas de saúde e o mesmo número de equipes do programa Saúde da Família, 596 UPAs, 2.552 centros de atenção psicossocial (Caps), 1.355 hospitais psiquiátricos, 436.887 leitos, 3.307 ambulâncias, 219 bancos de leite humano e 4.705 hospitais conveniados (públicos, filantrópicos e privados).

 

Info sus 2018
Info sus 2018 – EBC

Para financiar essa rede de atendimento, a pasta da Saúde tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. Em 2018, a previsão no Orçamento Geral da União é de R$ 130,2 bilhões, sendo R$ 119,3 bilhões para ações e serviços públicos. Quem está na ponta do sistema, no entanto, reclama de subfinanciamento da saúde pública.

Diagnóstico

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela, as verbas federais são “absolutamente insuficientes” para custear o sistema público, o que vem obrigando os estados e os municípios a ampliarem sua participação. Isso, conforme Vilela, resulta em hospitais privados conveniados quebrando, filantrópicos endividados e atendimento precário nos hospitais públicos. “Se o próximo presidente não resolver a questão do financiamento, o sistema vai entrar em colapso”, afirmou.

O diagnóstico do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, segue a mesma linha. “Os repasses federais vêm caindo nos últimos tempos. Não levam em conta aumento da população, nem o aumento do desemprego que joga mais pessoas no SUS, nem o envelhecimento da população, com consequente aumento das doenças crônicas. Também não considera os avanços tecnológicos, que custam caro”, argumentou.

Cálculos feitos pelos dois conselhos, com base em dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, mostram uma linha decrescente no fluxo de recursos federais para financiamento da saúde pública. Em 1993, a participação da União era de 72%, dos municípios, 16%; e dos estados, 12%. Em 2002, a União entrou com 52,4% das verbas, os municípios, com 25,5%; e os estados, com 22,1%.

No ano passado, a União aplicou R$ 115,3 bilhões em saúde, o que representa 43,4% do total de recursos públicos investidos no SUS. Os municípios entraram com R$ 81,8 bilhões (30,8%), e os estados com R$ 68,3 bilhões (25,8%).

Os dois secretários reconhecem a necessidade de melhorar a gestão do sistema público, por meio do treinamento e capacitação de gestores dos hospitais e unidades de saúde, mas argumentam que, ainda assim, a verba é insuficiente para atender a demanda da população. Segundo Vilela, a crise econômica, além de reduzir a arrecadação de impostos, colocou no sistema os trabalhadores desempregados que perderam planos de saúde, sobrecarregando ainda mais a rede pública. “Até para melhorar a gestão precisamos de mais recursos, pois um dos caminhos, a informatização, custa dinheiro”, disse.

Para o Conasems, um dos caminhos para ampliar o financiamento da saúde pública é a revisão da política de isenções fiscais concedidas a setores produtivos. “As desonerações representam mais do que o dobro do orçamento do Ministério da Saúde”, afirmou. Além disso, os conselhos defendem revisão das competências dos três entes da Federação e da repartição da arrecadação, bem como de leis que engessam a administração pública, refletindo diretamente na gestão do sistema de saúde.

Referência

Apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde vê no SUS áreas de referência mundial. São bons exemplos a terapia antirretroviral, o sistema público de transplantes, o programa de imunizações, o banco de leite materno e a assistência farmacêutica. O SUS fornece 22 antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas, para o tratamento de portadores do HIV em todo o país. A organização do banco de leite humano brasileiro é referência para 40 países, sendo que 23 têm cooperação internacional com o Brasil para utilização do modelo.

Doação de leite materno
SUS é referência em banco de leite humano – Elza Fiúza/Arquivo/Agência
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Segundo o Ministério da Saúde, o SUS mantém o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, servindo de referência para outros países. No Brasil, 87% dos transplantes de órgãos sólidos são feitos no SUS, cujo paciente tem acesso à assistência integral – exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplantes.

A rede brasileira tem centrais de transplantes nas 27 unidades da Federação e conta com 13 câmaras técnicas nacionais, além de 494 estabelecimentos que realizam transplantes e 1.244 equipes habilitadas. Há também 70 organizações de busca de órgãos e 62 bancos de tecidos.

FONTE: Agência Brasil



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Gestão Sérgio Machnic lança oficialmente a obra do Laboratório Central: investimento de mais de R$ 2,3 milhões


A nova estrutura chega para descentralizar demandas, ampliar a capacidade de atendimento e dar mais eficiência ao sistema

: O investimento total é de R$ 2.389.254,30 (dois milhões trezentos e oitenta e nove mil), com entrega prevista para dezembro de 2026

A Administração Municipal de Primavera do Leste, por meio da Secretaria Municipal de Saúde oficializou, nesta quarta-feira (10), o lançamento da obra do Laboratório Central, que já começou a ser construído em área anexa à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O novo espaço representa um avanço significativo na estrutura da saúde pública municipal e marca mais um passo estratégico na ampliação dos serviços ofertados à população.

O investimento total é de R$ 2.389.254,30 (dois milhões trezentos e oitenta e nove mil), com entrega prevista para dezembro de 2026. A obra é resultado de uma parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a DF Incorporadora e Imobiliária, responsável pela contrapartida, e a Prencon Incorporadora, que executará a construção.

O prefeito Sérgio Machnic destacou que o Laboratório Central simboliza um salto importante na consolidação da rede municipal de saúde. “Nós temos que investir muito em todas as secretarias, mas na saúde, principalmente. Modificamos, reformamos e lançamos obras importantes, e vamos lançar mais. Primavera está em pleno crescimento e precisa de estrutura para atender sua população. Parabenizo toda a equipe da saúde por caminhar à frente, porque sem saúde ninguém consegue seguir o dia. Este laboratório representa um avanço enorme para o município.”

O gestor também fez referência ao trabalho conjunto entre Executivo, Legislativo e equipes técnicas. “Eu fico muito orgulhoso de ver os 15 vereadores e demais pessoas envolvidas: cada um trabalha do seu jeito, mas todos estão comprometidos com o crescimento da cidade. Esse é o papel do vereador: ajudar a administrar. Hoje, especialmente, parabenizo a secretária Laura e toda a equipe da Saúde, que tem feito um trabalho extraordinário.”

A secretária de Saúde, Laura Leandra, reforçou que o novo laboratório representa uma entrega histórica para servidores e usuários. “É mais um momento importante para a saúde pública. Agradeço ao prefeito Sérgio e à dona Iva por priorizarem as ações de saúde e por confiar na nossa equipe. Este laboratório vai transformar a rotina dos nossos profissionais e, principalmente, a vida dos nossos usuários. É uma entrega esperada há muitos anos, construída a muitas mãos”.

Ela também agradeceu às incorporadoras envolvidas. “Agradeço à DF Incorporadora, que compreendeu a importância de destinar essa contrapartida para a saúde, e à Prencon, que garantiu que entregará a obra antes do prazo. Este laboratório será um marco para Primavera do Leste, atendendo tanto o laboratório municipal quanto a urgência e emergência da UPA”.

O secretário de Governo, Valfredo Silva, ressaltou o esforço integrado entre as equipes e empresas. “Lançar uma obra não é simples. Envolve projetos estruturais, arquitetônicos, elétricos. Mas conseguimos. Agradeço à DF Incorporadora, à Prencon e ao time da Saúde, que não desiste nunca. Estamos muito felizes por esse início e já preparando novas entregas para os próximos meses”.

O vereador Marcondes Martignago, representando o Legislativo, também enfatizou a satisfação em ver o início de mais uma obra estruturante. “É uma vitória para toda a população de Primavera. Fico muito feliz ao ver uma placa indicando o início de uma construção. É isso que queremos ver sempre. E, no que depender dos vereadores, o senhor pode contar com todos os 15. Estamos juntos em busca de projetos, recursos e novidades para nossa cidade. É trabalho de gestão: unidos por uma Primavera melhor para todos”.

O líder do governo na Câmara, vereador Eraldo Fortes, destacou a importância da continuidade administrativa. “Este projeto foi sonhado, discutido e planejado desde 2023. Ver o início das obras é motivo de grande orgulho. A continuidade dos projetos é essencial, porque nada se constrói sozinho. Quem ganha com isso é a população”.

A vereadora Karla da Saúde, responsável pela indicação que deu origem à construção do Laboratório Central frisou que “é uma conquista para toda a população e nós vereadores nos sentimos muito contentes por ver mais um lançamento de obra pública que irá atender a todos”.

Também participaram do disposito e receberam os agradecimentos, os representantes da DF Imobiliária e da Prencon Construtora e Incorporadora.


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