Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025

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Entenda os diferentes tipos de vírus da gripe que circulam pelo Brasil



Este ano, até 7 de abril, o Brasil contabilizou 286 casos de influenza, comumente conhecida como gripe. Desse total, 117 casos e 16 óbitos foram provocados pelo vírus H1N1, responsável pela pandemia de 2009. Já o H3N2, menos conhecido, registrou, até o momento, 71 casos e 12 mortes no país. Há poucos meses, uma mutação desse mesmo vírus provocou a morte de centenas de pessoas no Hemisfério Norte, sobretudo nos Estados Unidos.

Em entrevista à Agência Brasil, o infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, explicou que a principal característica do vírus influenza é sua capacidade de sofrer pequenas mutações e causar epidemias que atingem entre 10% e 15% da população mundial todos os anos. Para o especialista, entretanto, não há motivo para pânico.

Às vésperas do início da temporada de inverno no Brasil, ele alertou para a importância da vacinação, sobretudo para os que integram os chamados grupos de risco. “Assim que a campanha começar, as pessoas devem procurar a vacina e se proteger antes da entrada da estação do vírus”, explicou.

O Ministério da Saúde informou que a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe deve começar na segunda quinzena deste mês. Idosos com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias pós-parto), trabalhadores da área de saúde, professores, detentos, profissionais do sistema prisional e indígenas compõem o público-alvo.

Confira os principais trechos da entrevista com o especialista:

Agência Brasil: Quais vírus do tipo influenza circulam no país neste momento?
Renato Kfouri: Existem dois grandes tipos de vírus influenza que acometem humanos: A e B que, por sua vez, possuem diversos subtipos. Eles sofrem pequenas variações todos os anos e é essa capacidade de fazer mutações leves que os faz chegar, no ano seguinte, causando uma epidemia, como se a população não reconhecesse aquilo como uma doença que já teve e acabe adoecendo novamente.

O Brasil é um país continental e, por essa razão, temos variações em relação aos subtipos de influenza que circulam neste momento. Goiânia, por exemplo, abriu a temporada com predomínio de circulação de H1N1. Já em São Paulo, temos casos confirmados e, inclusive, óbitos relacionados ao H3N2. Há, portanto, dentro de um país tão grande quanto o nosso, variações de regiões onde a epidemia anual pode se dar com mais intensidade por um tipo de vírus ou por outro.

Agência Brasil: A exemplo do Hemisfério Norte, teremos, no Brasil, uma situação fora do comum?
Kfouri: A cada ano, a gente experimenta estações de vírus influenza por vezes mais graves, por vezes mais simples. Este ano, ainda estamos começando nossa temporada. Ainda há poucos casos para se chegar à conclusão de que será uma temporada de predomínio de uma ou de outra variante e com que gravidade.

No Hemisfério Norte, o que circulou na última temporada foi um H3N2 que tinha sofrido uma mutação maior em relação à circulação de anos anteriores e foi, talvez, desde a pandemia de 2009, a pior temporada de influenza que o hemisfério e, especialmente, os Estados Unidos vivenciaram. O que não quer dizer que isso vai se dar também aqui na América Latina. As temporadas dependem muito da migração do vírus, das condições climáticas. Só o acompanhamento da evolução desses casos nos permitirá dizer se essa será uma temporada de predomínio de circulação de H1N1 ou de H3N2.

Agência Brasil: Quais as diferenças entre os dois tipos de vírus e qual pode ser considerado mais grave?
Kfouri: Não há diferença clínica ou uma série histórica de infecções mais graves por um tipo de vírus ou por outro. Isso depende dessa variação que comentamos. Um vírus que muda muito tende a ser muito diferente e a trazer infecções mais sérias porque não encontra uma memória de proteção na população por exposições anteriores.

Depende muito do tipo de vírus que vai circular. Se houver predomínio de um H3N2 ou um H1N1 muito diferente do que vem circulando até então, as chances de encontrar uma população ainda não exposta e fazer doenças mais graves é maior. Isso teremos que acompanhar durante a estação.

Agência Brasil: Como fica a vacinação contra a gripe em meio a todo esse cenário?
Kfouri: Temos casos de influenza registrados durante todo o ano no Brasil, mas a grande concentração se dá agora, final do outono e começo do inverno. Por isso, a vacinação é feita exatamente nessa época que precede a estação do vírus. Vamos vacinar no final de abril esperando que, em maio, a população esteja imunizada. Geralmente, de maio a julho é o período de maior circulação do vírus, mas isso é muito variável de ano para ano. Às vezes, começa um pouco mais cedo, às vezes, um pouco mais tarde. Não é uma coisa matemática.

Não há que se ter pânico. Há sim que se vacinar – especialmente aqueles pertencentes a grupos de risco, onde a vulnerabilidade os torna casos com maiores chances de evoluir com gravidade. Assim que a campanha começar, as pessoas devem procurar a vacina e se proteger antes da entrada da estação do vírus. Para os que não pertencem aos grupos de risco e não têm a vacina gratuita, a orientação é procurar os serviços particulares e já se imunizar.

Agência Brasil: Há outros cuidados a serem tomados na prevenção de casos de gripe?
Kfouri: Além da vacinação, as maneiras importantes de prevenção do vírus da gripe incluem a lavagem frequente de mãos; se estiver doente, evitar ambientes aglomerados e o contágio para outras pessoas; usar sempre lenços descartáveis e desprezar esses lenços; cobrir a boca quando tossir com o antebraço, evitando, com isso, a disseminação do vírus; na impossibilidade da utilização de água e sabão, usar o álcool em gel, que tem uma boa ação para limpeza das mãos; crianças devem ser amamentadas e, se possível, frequentar creches mais tardiamente; não se expor ao cigarro, seja de forma ativa ou como fumante passivo, já que a fumaça é um irritante das vias aéreas e facilita a entrada dos vírus. Esses cuidados são muito importantes também para a prevenção da gripe.

Fonte: Agência Brasil



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Polícia

PolíciaArmas de faccionados são encontradas dentro de poço em chácara


Diversas munições e 4 armas de fogo foram encontradas em um poço na tarde desta terça-feira (20), na zona rural de Rondonópolis (212 km ao sul), próximo à Rodovia do Peixe. O material estava coberto por pedras e um homem foi preso em flagrante por porte ilegal.

 

A busca ocorreu durante um patrulhamento com apoio da Rede de Enfrentamento Tático Contra as Facções Criminosas (REFAC). A equipe recebeu informações de que uma organização criminosa estaria com drogas e armas escondidas no local, uma área chamada de “Volta Grande”.

 

Após a localização do imóvel, um homem foi detido em flagrante na cozinha da residência. À PM, ele afirmou que era o caseiro e confirmou as informações da denúncia.

 

O homem revelou aos policiais um pequeno poço coberto por pedras, que escondia as armas de fogo, munições e outros apetrechos dos armamentos. Os policiais ainda encontraram três rádios comunicadores utilizados pelos integrantes da facção.

 

Todo material apreendido pelos policiais militares, bem como o suspeito, foram levados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.


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cidade

CMTU leva emissão de carteiras de idosos e pessoas com deficiência para Feira da Lua


 

No local foram confeccionadas Carteiras de Estacionamento para pessoas idosas e PCDs, documento necessário para que possam estacionar seus veículos nas vagas especiais

Coordenadoria de Comunicação –

A Coordenadoria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (CMTU) montou uma banca na Feira da Lua para levar seus serviços para a população que frequenta o espaço. No local foram confeccionadas Carteiras de Estacionamento para pessoas idosas e Pessoas Portadoras de Deficiência (PCDs), documento necessário para que possam estacionar seus veículos nas vagas especiais destinadas a elas sem correrem o risco de sofrerem alguma sanção e também foram esclarecidas dúvidas e dadas orientações a respeito da questão do trânsito.

 

 

 

Conforme explica a Agente de Trânsito Adriana Lopes, o objetivo é principalmente levar os serviços para perto da população e facilitar a vida de quem precisa das Carteiras de Estacionamento. “Nós estamos aqui fazendo Carteiras de Estacionamento tanto para idosos quanto para PCDs que são válidos aqui e no Brasil inteiro. Sem essa carteira a pessoa está sujeita a uma autuação, uma multa, e em alguns lugares pode até ter o veículo guinchado. Nós começamos agora, mas vamos estar presentes em todas as Feiras da Lua durante o ano. Essa carteira é muito importante e a procura aqui tem sido muito grande”, contou.

 

 

 

Ela conta também que além da confecção do documento, os agentes de trânsito aproveitaram para orientar a população sobre a legislação e esclarecer dúvidas sobre multas e outras situações. “É importante dizer também que aquelas pessoas que não puderem vir até a Feira podem ir até a CMTU, que fica na Rua do Comércio, 2333, entre as 7 horas da manhã até as 17 horas de segunda a sexta-feira. Nós não fechamos para o almoço e estamos a disposição para esclarecer quaisquer dúvidas”, completou Adriana Lopes.

 

 

 

A importância de levar o serviço de emissão da Carteira de Estacionamento para a Feira da Lua foi ressaltada pelo senhor Sena Queribe Alves de Oliveira, 62 anos, de morador do bairro Bela Vista. “Para mim é muito importante, porque eu ainda não tinha essa carteirinha e é uma segurança para nós. Evita da gente tomar uma multa e assim a gente anda certinho, dentro da lei. Eu nunca tomei uma multa na vida e sempre procurei andar certo, não faço coisa errada para evitar ter problemas depois. Tenho dois filhos e sempre ensinei eles andarem direitos”, externou.

 

 

 

Outro que aproveitou para emitir a sua Carteira foi o senhor Amarildo Boldrin, 63 anos, morador do bairro Pioneiros, e ele aproveitou para elogiar a iniciativa. “Isso deles virem aqui é ótimo, é a melhor coisa que fizeram. Eu também não tinha, mas a muito tempo queria ter essa carteirinha. E já aproveitei a oportunidade e agora vou andar certinho. Eu também nunca tomei uma multa na vida e nunca bati o carro, porque sempre procurei andar certinho”, contou.


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