Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025

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Futuro presidente terá de enfrentar financiamento do SUS



A revitalização do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo atendimento exclusivo de cerca de 75% da população brasileira, hoje estimada em 208,5 milhões de pessoas, está entre os principais desafios do próximo presidente da República, juntamente com a segurança pública e a geração de empregos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS é um dos maiores sistemas de saúde do mundo: em 2017 foram realizados 3,9 bilhões de atendimentos na rede credenciada.

Entre os procedimentos mais frequentes, ao longo do ano passado, estão, por exemplo, consulta médica em atenção básica e especializada, visita domiciliar, administração de medicamentos em atenção básica e especializada, aferição de pressão arterial e atendimento médico em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A estrutura do SUS em todo o Brasil envolve 42.606 unidades básicas de saúde e o mesmo número de equipes do programa Saúde da Família, 596 UPAs, 2.552 centros de atenção psicossocial (Caps), 1.355 hospitais psiquiátricos, 436.887 leitos, 3.307 ambulâncias, 219 bancos de leite humano e 4.705 hospitais conveniados (públicos, filantrópicos e privados).

 

Info sus 2018
Info sus 2018 – EBC

Para financiar essa rede de atendimento, a pasta da Saúde tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. Em 2018, a previsão no Orçamento Geral da União é de R$ 130,2 bilhões, sendo R$ 119,3 bilhões para ações e serviços públicos. Quem está na ponta do sistema, no entanto, reclama de subfinanciamento da saúde pública.

Diagnóstico

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela, as verbas federais são “absolutamente insuficientes” para custear o sistema público, o que vem obrigando os estados e os municípios a ampliarem sua participação. Isso, conforme Vilela, resulta em hospitais privados conveniados quebrando, filantrópicos endividados e atendimento precário nos hospitais públicos. “Se o próximo presidente não resolver a questão do financiamento, o sistema vai entrar em colapso”, afirmou.

O diagnóstico do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, segue a mesma linha. “Os repasses federais vêm caindo nos últimos tempos. Não levam em conta aumento da população, nem o aumento do desemprego que joga mais pessoas no SUS, nem o envelhecimento da população, com consequente aumento das doenças crônicas. Também não considera os avanços tecnológicos, que custam caro”, argumentou.

Cálculos feitos pelos dois conselhos, com base em dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, mostram uma linha decrescente no fluxo de recursos federais para financiamento da saúde pública. Em 1993, a participação da União era de 72%, dos municípios, 16%; e dos estados, 12%. Em 2002, a União entrou com 52,4% das verbas, os municípios, com 25,5%; e os estados, com 22,1%.

No ano passado, a União aplicou R$ 115,3 bilhões em saúde, o que representa 43,4% do total de recursos públicos investidos no SUS. Os municípios entraram com R$ 81,8 bilhões (30,8%), e os estados com R$ 68,3 bilhões (25,8%).

Os dois secretários reconhecem a necessidade de melhorar a gestão do sistema público, por meio do treinamento e capacitação de gestores dos hospitais e unidades de saúde, mas argumentam que, ainda assim, a verba é insuficiente para atender a demanda da população. Segundo Vilela, a crise econômica, além de reduzir a arrecadação de impostos, colocou no sistema os trabalhadores desempregados que perderam planos de saúde, sobrecarregando ainda mais a rede pública. “Até para melhorar a gestão precisamos de mais recursos, pois um dos caminhos, a informatização, custa dinheiro”, disse.

Para o Conasems, um dos caminhos para ampliar o financiamento da saúde pública é a revisão da política de isenções fiscais concedidas a setores produtivos. “As desonerações representam mais do que o dobro do orçamento do Ministério da Saúde”, afirmou. Além disso, os conselhos defendem revisão das competências dos três entes da Federação e da repartição da arrecadação, bem como de leis que engessam a administração pública, refletindo diretamente na gestão do sistema de saúde.

Referência

Apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde vê no SUS áreas de referência mundial. São bons exemplos a terapia antirretroviral, o sistema público de transplantes, o programa de imunizações, o banco de leite materno e a assistência farmacêutica. O SUS fornece 22 antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas, para o tratamento de portadores do HIV em todo o país. A organização do banco de leite humano brasileiro é referência para 40 países, sendo que 23 têm cooperação internacional com o Brasil para utilização do modelo.

Doação de leite materno
SUS é referência em banco de leite humano – Elza Fiúza/Arquivo/Agência
Brasil

Segundo o Ministério da Saúde, o SUS mantém o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, servindo de referência para outros países. No Brasil, 87% dos transplantes de órgãos sólidos são feitos no SUS, cujo paciente tem acesso à assistência integral – exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplantes.

A rede brasileira tem centrais de transplantes nas 27 unidades da Federação e conta com 13 câmaras técnicas nacionais, além de 494 estabelecimentos que realizam transplantes e 1.244 equipes habilitadas. Há também 70 organizações de busca de órgãos e 62 bancos de tecidos.

FONTE: Agência Brasil



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Polícia

PolíciaArmas de faccionados são encontradas dentro de poço em chácara


Diversas munições e 4 armas de fogo foram encontradas em um poço na tarde desta terça-feira (20), na zona rural de Rondonópolis (212 km ao sul), próximo à Rodovia do Peixe. O material estava coberto por pedras e um homem foi preso em flagrante por porte ilegal.

 

A busca ocorreu durante um patrulhamento com apoio da Rede de Enfrentamento Tático Contra as Facções Criminosas (REFAC). A equipe recebeu informações de que uma organização criminosa estaria com drogas e armas escondidas no local, uma área chamada de “Volta Grande”.

 

Após a localização do imóvel, um homem foi detido em flagrante na cozinha da residência. À PM, ele afirmou que era o caseiro e confirmou as informações da denúncia.

 

O homem revelou aos policiais um pequeno poço coberto por pedras, que escondia as armas de fogo, munições e outros apetrechos dos armamentos. Os policiais ainda encontraram três rádios comunicadores utilizados pelos integrantes da facção.

 

Todo material apreendido pelos policiais militares, bem como o suspeito, foram levados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.


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cidade

CMTU leva emissão de carteiras de idosos e pessoas com deficiência para Feira da Lua


 

No local foram confeccionadas Carteiras de Estacionamento para pessoas idosas e PCDs, documento necessário para que possam estacionar seus veículos nas vagas especiais

Coordenadoria de Comunicação –

A Coordenadoria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (CMTU) montou uma banca na Feira da Lua para levar seus serviços para a população que frequenta o espaço. No local foram confeccionadas Carteiras de Estacionamento para pessoas idosas e Pessoas Portadoras de Deficiência (PCDs), documento necessário para que possam estacionar seus veículos nas vagas especiais destinadas a elas sem correrem o risco de sofrerem alguma sanção e também foram esclarecidas dúvidas e dadas orientações a respeito da questão do trânsito.

 

 

 

Conforme explica a Agente de Trânsito Adriana Lopes, o objetivo é principalmente levar os serviços para perto da população e facilitar a vida de quem precisa das Carteiras de Estacionamento. “Nós estamos aqui fazendo Carteiras de Estacionamento tanto para idosos quanto para PCDs que são válidos aqui e no Brasil inteiro. Sem essa carteira a pessoa está sujeita a uma autuação, uma multa, e em alguns lugares pode até ter o veículo guinchado. Nós começamos agora, mas vamos estar presentes em todas as Feiras da Lua durante o ano. Essa carteira é muito importante e a procura aqui tem sido muito grande”, contou.

 

 

 

Ela conta também que além da confecção do documento, os agentes de trânsito aproveitaram para orientar a população sobre a legislação e esclarecer dúvidas sobre multas e outras situações. “É importante dizer também que aquelas pessoas que não puderem vir até a Feira podem ir até a CMTU, que fica na Rua do Comércio, 2333, entre as 7 horas da manhã até as 17 horas de segunda a sexta-feira. Nós não fechamos para o almoço e estamos a disposição para esclarecer quaisquer dúvidas”, completou Adriana Lopes.

 

 

 

A importância de levar o serviço de emissão da Carteira de Estacionamento para a Feira da Lua foi ressaltada pelo senhor Sena Queribe Alves de Oliveira, 62 anos, de morador do bairro Bela Vista. “Para mim é muito importante, porque eu ainda não tinha essa carteirinha e é uma segurança para nós. Evita da gente tomar uma multa e assim a gente anda certinho, dentro da lei. Eu nunca tomei uma multa na vida e sempre procurei andar certo, não faço coisa errada para evitar ter problemas depois. Tenho dois filhos e sempre ensinei eles andarem direitos”, externou.

 

 

 

Outro que aproveitou para emitir a sua Carteira foi o senhor Amarildo Boldrin, 63 anos, morador do bairro Pioneiros, e ele aproveitou para elogiar a iniciativa. “Isso deles virem aqui é ótimo, é a melhor coisa que fizeram. Eu também não tinha, mas a muito tempo queria ter essa carteirinha. E já aproveitei a oportunidade e agora vou andar certinho. Eu também nunca tomei uma multa na vida e nunca bati o carro, porque sempre procurei andar certinho”, contou.


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