Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 18 de Setembro de 2025

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Brasil

No Dia Mundial contra a Aids, Opas quer ampliar acesso à prevenção



Criado em 1987, o Dia Mundial contra a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é celebrado hoje (1º) e existe para alertar a humanidade para um dos maiores problemas de saúde pública, que já matou mais de 35 milhões de pessoas, 1 milhão delas somente em 2016.

Segundo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado nesta quinta-feira (30), a ampliação do acesso a todas as opções de prevenção ao HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) poderia reduzir o número de novos casos do vírus na América Latina e Caribe, que desde 2010 se mantêm em 120 mil por ano.

As informações do relatório e os dados do Unaids revelam que 64% dos novos casos de HIV na América Latina ocorrem em homens gays, profissionais do sexo e seus clientes, mulheres trans, pessoas que usam drogas injetáveis e nos parceiros dessas populações-chave. Outro fato que chama a atenção é o aumento de infecção entre os jovens: um terço das novas infecções ocorre em pessoas de 15 a 24 anos.

A Unaids avalia que para reduzir as novas infecções entre as populações-chave é preciso adotar ações de prevenção do HIV que sejam específicas e de alto impacto, além de acesso a tratamento para todos.

Em comunicado à imprensa, o diretor regional do Unaids para América Latina e o Caribe, César Núñez, defendeu que é preciso também ter “um compromisso inabalável com o respeito, a igualdade de gênero, a proteção e a promoção de direitos humanos, incluindo o direito à saúde”.

O diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé, destacou a importância de garantir o acesso à saúde a todos para enfrentar a doença. “Mesmo com todos os sucessos, a Aids ainda não acabou. Mas, se assegurarmos que todas as pessoas, em todos os lugares, tenham acesso ao seu direito à saúde, a Aids pode acabar”, disse.

Quase 21 milhões de pessoas portadoras do HIV estão em tratamento no mundo e o número de novas infecções e mortes relacionadas à Aids está em declínio em vários países. Na Europa Oriental e Ásia Central, no entanto, o número de novas infecções aumentou 60% desde 2010 e as mortes relacionadas à Aids cresceram 27%.

Na África Ocidental e Central, duas em cada três pessoas estão sem acesso ao tratamento. “Não podemos ter uma abordagem de dois pesos e duas medidas com para acabar com a epidemia de Aids”, avalia Sidibé.

O infectologista Pablo Sebastian Velho trabalha há dez anos com pacientes soropositivos na Secretaria de Saúde de Santa Catarina e destacou que o programa brasileiro de tratamento de HIV é uma referência mundial. “Temos hoje os melhores medicamentos do mundo para oferecer aos pacientes, e gratuitamente.” Uma evolução no tratamento brasileiro, obtida ao longo dos anos, é a possibilidade de ser iniciado o tratamento já na primeira consulta.

HIV é um vírus que se espalha através de fluídos corporais

O HIV é um vírus que se espalha através de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico, conhecidas como células CD4 ou células T. Atualmente, não há cura efetiva e segura, mas o HIV pode ser controlado com medicamentos.

Muitos não sabem, mas ser portador do vírus HIV e ter Aids são duas coisas bem diferentes. “O vírus HIV é o causador da Aids, mas isso não significa que todas as pessoas que têm o vírus vão desenvolver a Aids. E isso se deve, e muito, aos medicamentos que temos disponíveis no país”, disse o especialista Pablo Velho.

O infectologista explica que a única maneira de evitar que a Aids se desenvolva é fazer o tratamento adequado. “Se nada for feito para interromper o processo de evolução natural da doença, ela vai chegar. Em alguns indivíduos isso acontece de forma muito rápida, e eles podem desenvolver a Aids em até dois anos após o contágio. Na outra ponta, há algumas pessoas que podem levar mais de dez anos. Na média, são sete anos, mas não se pode confiar nisso porque varia de pessoa para pessoa e não faz sentido esperar a pessoa ficar mal para começar o tratamento”, explicou.

O tratamento pode deixar o paciente com uma carga viral indetectável e, assim, o vírus se torna intransmissível na relação sexual, desde que não existam outros fatores que aumentam o risco de transmissão, como, por exemplo, ter sífilis, o que causa lesões que aumentam o risco de contaminação.

Prevenção é o melhor remédio

A principal arma existente hoje contra a transmissão de HIV no Brasil, considerando que a transmissão em larga escala é sexual, é o uso de preservativo. Mas o infectologista Pablo Velho esclarece que há uma outra alternativa disponível na rede pública de saúde para evitar a contaminação em caso de exposição ao vírus.

“Existe uma forma, semelhante à pilula do dia seguinte em relação à gestação, que é, depois de ter uma exposição sexual de risco, receber um medicamento que diminui a chance de se contaminar pelo HIV em unidades de saúde”, explicou.

Essa estratégia é chamada de Profilaxia Pós-Exposição, usada para casos de violência sexual ou de exposição de risco ocasional. “Se bebeu demais, nem lembra se usou preservativo ou sabe que não usou, procure uma unidade que você tem o direito à prevenção”, explica o especialista. Para funcionar, a medicação deve ser administrada em até 72 horas após a relação desprotegida e precisa ser tomada durante 28 dias. “Quanto antes, mais eficaz” afirma.

Este mês, o Brasil vai adotar uma nova estratégia, a profilaxia pré-exposição. Pessoas que têm um risco aumentado de infecção – como, por exemplo, os profissionais do sexo e pessoas soronegativas que são casadas com pessoas soropositivas, entre outros – vão poder receber um medicamento que diminui o risco de contaminação quando expostas.

O especialista ressaltou que as profilaxias não excluem a necessidade de uso do preservativo, que continua sendo a melhor forma de evitar a contaminação tanto pelo HIV como pelas outras doenças sexualmente transmissíveis.

Outro fator importante para a queda no número de transmissões é a oferta de testes para que as pessoas contaminadas pelo HIV saibam da sua condição e possam iniciar o tratamento. Na América Latina, duas em cada 10 pessoas vivendo com HIV, e 4 em cada 10 no Caribe não sabem que têm o vírus.

Fonte: Agência Brasil



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Polícia

Alunas se agridem em escola após ataques no Instagram e confusão para na polícia em Primavera


Uma briga entre duas alunas da Escola Estadual Maria Sebastiana de Souza, em Primavera do Leste (234 km de Cuiabá), terminou em confusão generalizada e ganhou repercussão nas redes sociais nesta terça-feira (16).

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra as adolescentes no chão, trocando puxões de cabelo e chutes. Enquanto isso, outros estudantes aparecem nas imagens tentando separar ou conter o confronto.

Após o episódio, a mãe de uma das meninas, de 15 anos, registrou boletim de ocorrência. No documento, ela relatou que a filha sofreu arranhões durante a briga e citou os crimes de injúria, difamação e lesão corporal. A jovem contou ainda que vinha sendo alvo de publicações ofensivas no Instagram feitas pela colega. Ela afirmou ter informado a coordenação da escola e, em seguida, tentou conversar com a autora das postagens, mas a situação evoluiu para agressões físicas.

Nota da Seduc

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) informou que, assim que soube da ocorrência, determinou que a equipe gestora e psicossocial da Diretoria Regional de Educação prestasse atendimento às envolvidas. O objetivo é oferecer acolhimento e apoio às estudantes e suas famílias.

A Seduc afirmou também que medidas disciplinares foram aplicadas de acordo com o Regimento Escolar e destacou que providências firmes estão sendo adotadas para evitar novos episódios semelhantes.

Conteúdo/ODOC


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cidade

Farmácia Municipal e de Alto Custo de Primavera do Leste é reinaugurada após ampliação e revitalização


O espaço agora oferece mais conforto, tanto aos servidores quanto à população que precisa dos medicamentos

Fonte: Coordenadoria de Comunicação  Autor: Vilmar Kaizer

Cerimônia contou com a presença do prefeito, secretários municipais, vereadores e servidores da Saúde, que destacaram os avanços na assistência farmacêutica do município
Na manhã desta quarta-feira, 17, a Prefeitura de Primavera do Leste, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, reinaugurou oficialmente a Farmácia Municipal e de Alto Custo, localizada na Avenida Campo Grande. O espaço passou por obras de ampliação e revitalização para melhorar o atendimento à população e oferecer mais condições de trabalho aos servidores.

Com a obra concluída, a Farmácia Municipal de Primavera do Leste passa a contar com espaço mais amplo, atendimento preferencial, equipe reforçada e perspectiva de descentralização. Para a administração municipal, a reinauguração simboliza um avanço importante para acompanhar o crescimento populacional da cidade, que projeta chegar a 200 mil habitantes nos próximos anos.

O prefeito Sérgio Machnic ressaltou a importância da obra e os desafios de gestão diante do crescimento acelerado do município. “Hoje é um dia de festa para a Saúde. Eu já fui vereador em Primavera, quando a cidade ainda era pequena. Desde aquela época, a população sempre cobrava melhorias. Agora, como prefeito, tenho a responsabilidade de ouvir a população, os vereadores e atender, dentro das possibilidades da lei, às demandas que chegam”, afirmou.

Machnic também ressaltou os avanços obtidos na saúde municipal. “Se não temos saúde, não temos nada e mesmo dentro de toda a burocracia da administração pública, temos feito o melhor possível em todas as áreas para atender quem precisa. A revitalização da farmácia é resultado de pedidos da população, dos vereadores e também do olhar atento dos servidores que identificam onde precisamos melhorar”, concluiu.

A secretária de Saúde, Laura Leandra, destacou que a nova estrutura garante mais comodidade tanto para pacientes quanto para os colaboradores. Ela relembrou as dificuldades enfrentadas anteriormente: “Há poucos dias, os pacientes aguardavam atendimento ao ar livre. Dentro da farmácia, a sala era muito pequena e cheia de caixas empilhadas. O prefeito nos deu autonomia para reorganizar o espaço e priorizar o conforto dos usuários e dos servidores”, disse.

Segundo a secretária, além da ampliação física, a equipe também foi reforçada. “Dobramos o número de farmacêuticos e assistentes, o que vai garantir agilidade no atendimento. A parte da frente ficará destinada ao componente municipal e, no fundo, funcionará o componente especializado, com acesso lateral”, explicou.

A coordenadora da Saúde Farmacêutica, Heloise Madeira, frisou a respeito da importância da obra para a humanização do atendimento. “Antes não havia sequer um espaço adequado para atendimento preferencial e hoje celebramos não só uma mudança física, mas um avanço no cuidado, no respeito e na dignidade dos pacientes e servidores”, afirmou.

Ela agradeceu o apoio da gestão municipal e da Câmara de Vereadores. “Essa conquista só foi possível graças ao comprometimento do prefeito Sérgio Machnic, da vice-prefeita Iva Viana e da secretária Laura Leandra, além das indicações de vereadores que sempre estiveram atentos às necessidades da farmácia”, destacou.

O presidente da Câmara, Marco Aurélio Salles, ressaltou que Primavera do Leste é um polo regional em saúde e economia, o que amplia as responsabilidades do município. “Atendemos pacientes de várias cidades da região. Esta obra é um de muitas que estão sendo realizadas, pensando no desenvolvimento e na expansão da nossa rede de saúde, o que com certeza passa também pela indicação dos vereadores”, disse.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Eraldo Fortes, lembrou que o espaço da farmácia fora construído como projeto de manipulação, mas acabou sendo adaptado para outras demandas. Ele elogiou a atual gestão pela decisão de retirar o Núcleo de Saúde Mental para outro espaço e ampliar a estrutura da farmácia. “O que um prefeito não conseguiu fazer, outro vem e faz, e vai fazendo melhor. O importante é manter o que é bom e melhorar o que for necessário”, afirmou.

Já a vereadora Mariana Carvalho, autora da indicação para a ampliação da farmácia, ressaltou que a iniciativa nasceu da necessidade ao ver as condições oferecidas anteriormente às pessoas. “O espaço precisava ser melhorando para os servidores e para os pacientes. Hoje vemos uma realidade completamente diferente, fruto de um olhar humano e de resultados concretos”, finalizou.


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