Acusado de chamar fotógrafa de MT de ‘crioula maldita’ deve manter distância mínima de 500 metros, diz decisão
A Justiça de Mato Grosso concedeu medida protetiva para a fotógrafa Miran Rosa, de 32 anos, vítima de ataque racista e chamada, entre outros xingamentos, de ‘crioula maldita’. A decisão atende a um pedido formulado pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Com a decisão, o acusado de ser o autor do ataque deverá manter distância mínima de 500 metros da vítima e da família dela.
O homem também fica proibido de manter contato com a vítima por meio telefônico, e-mail, mensagens de texto ou qualquer outro meio direto ou indireto.
Mirian registrou boletim de ocorrência na quarta-feira (2), após receber os áudios na terça-feira (1º).
Ao G1, a fotógrafa afirmou que conheceu o autor das mensagens por meio de um grupo de amigos dela, mas não teve nenhum contato com ele depois dessa reunião.
“Ele saiu com uma amiga em comum e sentamos juntos em um bar. Vi que ele ficou incomodado com a minha presença, mas no dia não passou disso”, contou.
As mensagens racistas chegaram até Mirian depois que ela ignorou um áudio da antiga amiga. No áudio, a mulher criticava o cabelo da fotógrafa.
Em seguida, outros áudios do homem foram encaminhados. Neles, ele chama a fotógrafa de escrava e pergunta qual o preço dela no mercado.
Os ataques e ofensas continuram em outras mensagens recebidas.
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